Capítulo 6

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Kayla

Acordei no domingo quando já eram 16h da tarde, e nao estava nem um pouco afim de levantar, mas fui obrigada quando escutei meu estômago roncar

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Acordei no domingo quando já eram 16h da tarde, e nao estava nem um pouco afim de levantar, mas fui obrigada quando escutei meu estômago roncar. Olho ao meu redor e vejo Kate ainda dormindo.

Volto o olhar para o teto e começo a pensar no que houve na noite passada. Ontem a noite eu estava muito triste com tudo. As palavras que Mason usou me machucaram muito, não posso mentir. Não por terem vindo dele, mas porque era algo muito pessoal e algo com que eu tive que lidar por muito tempo, ainda tenho na verdade.

As atitudes que meu pai tomou ou deixou de tomar, só cabem a mim julgar. Sem contar que meu passado é somente meu. É minha história e meus demônios pessoais, então quem decide quem sabe algo e quem pode dar alguma opinião, sou eu! E sinceramente, já passei da fase de ficar chorando no quarto por pessoas como Mason. A única coisa que consigo sentir, é raiva. Raiva pelas palavras dele terem me afetado, raiva de ele saber algo tão pessoal, raiva de ter chorado e principalmente, raiva dele.

— Bom dia amiga. Como você está hoje? - escuto Kate na cama ao lado.
— Bom dia. Eu to...com raiva. Muita raiva. - digo olhando pra ela.
— Eu imagino...Me conta o que aconteceu de verdade, sei que aconteceu mais alguma coisa pra você ficar daquele jeito. - ela fala vindo até mim e sentando nos pés da minha cama.
— Então, eu não sei o que deu em mim ontem. Eu comecei a beber e estava bem alegre já, então comecei a pensar em algo que ele me disse no esquenta ainda. - digo me sentando na cama pra contar melhor a história. - Ele começou a me dizer que eu precisava ser livre e me soltar, então sendo idiota como eu sou, fiz exatamente isso quando chegamos na balada. - continuo.
— O que você fez? - ela pergunta.
— Não sei se você e a Vanessa viram, mas ele foi atrás de mim para dançar. Eu praticamente me joguei nos braços dele e entrei na brincadeira das provocações. Isso tudo mais a bebida me fez ser sincera demais acho, e acabei falando tudo o que penso dele na cara dura. Em troca ele jogou na minha cara coisas sobre meu pai e ainda me xingou de vadia. Depois disso não aguentei e dei um tapa na cara dele. - falo tudo em fôlego só.
— Eu não acredito nesse babaca! Eu vou quebrar a cara dele! Repulsivo, é isso que ele é. - ela diz contorcendo o rosto em uma feição furiosa.
— Concordo com você, mas tem mais. - digo e ela me olha atenta. – Depois ele me trouxe até aqui né. Ficamos o caminho todo sem falar nada e quando ele abriu a boca pra falar algo, que eu imaginei que fosse um pedido de desculpas, o idiota simplesmente ficou quieto.
— Coragem ele tem de sobra, porque bom senso ta faltando. Eu juro pra você, se ele aprontar mais alguma...- ela diz.
— Fica tranquila, não vou mais baixar minha guarda assim. Toda a tristeza que eu estava sentindo ontem, se transformou em raiva. Eu tenho é pena dele se ele se atrever a chegar perto de mim novamente. - digo.
— Mas você já parou pra se perguntar porque você deixa ele te atingir? Você já passou por essa situação várias vezes com outras pessoas como ele, mas dessa vez parece que foi tão fácil pra ele te atingir amiga...
— Eu sei, não entendo também. Eu sei quem ele é e como ele é desprezível, mas as palavras dele, o jeito como ele fala comigo e o jeito como me olha...Não sei explicar, sabe quando algo te intriga? - respondo com a maior sinceridade que posso.
— Sei sim Kay, mas por mais que te intrigue, você tem que pensar que talvez não tenha mais nada por baixo dessa "superfície" dele. Ele pode ser apenas isso, outra pessoa nojenta e sem escrúpulos, e nesse jogo você pode acabar se machucando de verdade, enquanto ele vai sair ileso. - minha amiga diz com um olhar de preocupação.
— Você ta certa Kate, tenho que ser mais esperta do que ele. Talvez isso tudo seja apenas atração pelo desconhecido, nada mais, e isso eu sei que vai passar.- digo por fim.
— É verdade, gostoso nenhum vale um coração quebrado. Lembre-se disso quando aquele diabo gostoso estiver te provocando viu? - ela diz dando risada e vindo me abraçar.
— Ta bom, vou lembrar. - acompanho sua risada.
— E agora que desabafamos, o que faremos? - ela pergunta.
— Eu to com fome, e você? - digo.
— Morrendo! Vamos pedir uma pizza e ver algum filme? - ela diz.
— Vamos! Vou chamar a Vanessa também, pode ser? - pergunto.
— Claro! Nossa eu tenho tanta coisa pra te contar sobre ontem. - ela diz rindo e ligando pra pizzaria enquanto eu mando uma mensagem pra Vanessa.

FireStorm (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora