Eu olhava o céu nebuloso e escutava os trovões indicando uma grande tormenta que se aproximava.
O jardim dos Wayne era lindo coberto com rosas vermelhas e brancas. Estátuas de granito de anjos lutando com demônios se espalhavam por todos os lados e dava uma áurea de lugar mal-assombrado e observador.
- Como está o ombro? – como sempre sorrateiramente, Bruce surgiu por trás de mim e se sentou ao meu lado no banco de mármore em meio ao jardim.
- Acho que está melhor. – falei mexendo o ombro já sem a tipoia.
Ele se arrastou no banco e ficou muito próximo de mim e me tocou. Ele estava paciente e massageava meu ombro com muito cuidado e parecia entender o que estava fazendo. Eu ainda não acreditava que ele era o guardião de Gotham.
- Quando eu faço isso dói? – apertou meu ombro forte me fazendo sentir um pouco de dor. Minha cara não negou. – Fale. De zero a dez qual a escala da dor?
- Hum... Três? – o encarei nervoso, ele me causava essas sensações.
- Não sou eu que está sentido dor, Colin. – falou me dando uma bronca e sorriu de canto me soltando.
Sorrio também e o vejo ficar de pé na minha frente.
- Eu quero voltar a trabalhar, Bruce. – falei o encarando e recebendo um belo de um olhar mal encarado. – Não faz essa cara.
- Não. – disse se virando colocando as mãos no bolso do sobretudo. – Não quero você por aí fora de vista. É perigoso até eu me resolver com o Greeves. – ele ainda não me olhava.
- Você é o Guardião de Gotham, vai me proteger. – falei com um pouco de sarcasmo. – Preciso voltar a ter uma vida normal.
- Você é minha responsabilidade, Colin. – se virou me encarando feio ainda e se aproximou. – Você acha que eu não queria ter uma vida normal?
- Não misture as coisas, Bruce. – agora eu que estava sério.
- Eu disse que era eu era complicado e um poço de escuridão, mesmo assim você quis ficar. – me lembrou. – Entenda, quando isso tudo acabar você estará livre e você tem minha palavra que terá tudo que foi perdido. – eu senti um peso na sua voz rouca, como se aquilo o fizesse mal.
Eu me levantei e caminhei em meio ao jardim e parei próximo a fonte e respirei fundo.
- Mas eu não disse que queria... ham... ir embora. – eu fiquei muito envergonhado de dizer isso e foi uma dificuldade ficar o encarando.
Ele veio em minha direção e parou na minha frente tocando meu rosto com sua mão cheias de hematomas e calejadas.
- O que foi? – perguntei apoiando meu rosto nela.
- Você é tão doce. Você me lembra ao Dic... – disse quando fomos interrompidos.
- Me desculpe, patrão Bruce, mas a Sra. Prince e o Sr. Kent, estão o esperando na sala. – assentiu e saiu.
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MR. WAYNE - CONTO
Short Story"Às vezes a paixão faz um grande homem sair das trevas." - Colin, a paixão desse homem. . Essa história contem todos os direitos reservados. Aviso: Plágio é crime. Está é uma obra de ficção, qualquer semelhanças com nomes, pessoas, fatos ou situaçõ...