Saga Eternamente: Misteriosa Atração (LIVRO 1)

Simplesmente sintonia...

Todos deveriam estar em seus lugares, sentados e em silêncio, mas o que se via era exatamente o contrário, com exceção de Breezy, qu estava quieta, olhando para a janela, como sempre. Mabel se sentou ao lado de Leo, em frete a Bree. Os dois mais riam do que conversavam. Breezy respirou fundo e sentiu uma brisa estranha, como se pressentisse que alguém específico estivesse perto, chegando cada vez mais perto. Passou a mãos pelos seus longos cabelos, passando de leve a mão pela nuca e sentindo um arrepio brotar de sua espinha. Como se soubesse, ela olhou para o lado, em direção da porta. Foi quando ele entrou.

Breezy ficou imóvel na carteira, sua garganta havia secado e seus olhos estavam fixos nele. Umedeceu os lábios com a ponta da língua, mas sua saliva estava se esgotando também. Sentiu seu coração acelerar, mas não compreendia o porquê disso. Era a coisa mais estranha que já havia acontecido com ela. Ele se sentou a uma carteira atrás de Mabel, que ficou perplexa com o olhar pesado e incessante de Breezy sobre ele.

Bem nesse instante, o estranho mais lindo do mundo havia a olhado, por um breve segundo. Sentindo-se envergonhada, Breezy se forçou a parar de olhá-lo. Por que observaria alguém que mal a notava? Ela simplesmente poderia gastar esse tempo observando rapazes mais interessados nela... Se é que havia algum. Para falar a verdade, não havia.

Que seja! Iria arranjar alguém para observar, mesmo que tenha que se esforçar ao máximo para que isso aconteça. Ela tirou rapidamente os olhos dele. Voltou sua atenção, ou melhor, seus olhos para a janela, mas a atenção estava toda nele. Que Droga! Por que não podia parar de observá-lo? Respirou fundo. Mexia em uma mecha de cabelo, enquanto tentava não olhar para algo que praticamente puxava sua atenção e desejo. Era como imã. Não havia como não se atrair. Ele era praticamente impossível e... Ela não sabia explicar para si mesma. Só sabia que precisava conhecê-lo... Não custaria nada tentar!

†

Havia algo extremamente tentador e provocante lhe tirando a total atenção e concentração. Não podia acreditar que ela estava novamente na mesma sala, no mesmo lugar e do mesmo modo: Triste, curiosa e... Perfeitamente linda e atraente. Não poderia lidar com isso, não mais uma vez. Estava mais difícil... Antes, só havia a visto mais nova, com quinze, quatorze ou dezesseis anos. Mas essa nova garota o deixava louco. Como? Ainda não havia entendido como e por que ela havia chegado tão longe. Havia algo errado... Havia algo errado em toda essa nova vida dela...

-... Bom dia, quero todos calados! – Dizia a professora de história.

Mas ele nem a notou. Seus pensamentos estão na garota sentada quase ao seu lado, na fileira do canto direito, perto da janela. Ele sabia, ela não tiraria os olhos dele, sabia que ela era curiosa demais para se manter afastada e segura, sabia que ela estava muito mais do que atraída por ele do que antes. Mas agora poderia ser diferente...

O que ele estava pensando? É errado pensar em qualquer possibilidade... Nunca foi possível antes e não seria agora! Ou será que as coisas poderiam ter mudado pela primeira vez, depois de séculos? E será que seria arriscado demais se aproximar, mais uma vez, dela?

†

Breezy se ajeitou na cadeira. Odiava história desde... Sempre. E não seria agora que adoraria gostar, mesmo que o cara estranho e atraente estivesse concentrado demais na professora para prestar atenção nela... Como assim, querendo chances com um estranho? Ela estava completamente sem nexo, juízo ou qualquer porcaria do gênero. Não podia fazer isso, era contra qualquer regra de segurança de sua mãe... Balançou a cabeça, tentando tirar os palavrões de sua cabeça.

Tinha que parar de se irritar com isso, já estava mais do que acostumada. Seus pais pararam de lhe dar atenção a partir do momento em que Angie olhou para Breezy, que quase caiu do penhasco, de tão desesperada que estava, gritando por Corey loucamente. Ela nunca foi capaz de esquecer o rosto de sua mãe, a expressão que ela fizera quando Breezy gritou que Corey havia caído. Desde a tragédia, Breezy nunca teve coragem suficiente para enfrentar seus pais e os olhar bem no fundo de seus olhos. Era uma tarefa, ou melhor, um desafio doloroso. Suspirou.