Capítulo 5

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    Já eram sete da manhã quando Dumbledore acordou para mais um dia de treinamento em busca do Bem Maior, embora ainda não soubesse o que seria tal coisa. Seria algum tesouro ou uma grande quantia de dinheiro? Não fazia a menor ideia. Pegou uma maçã na geladeira e foi direto para o local onde treinaria, situado no segundo andar, em uma "passagem secreta" atrás de um quadro que retratava uma mulher relativamente gorda aos olhos de Dumbledore.
- Dois minutos adiantado - riu Gellert gelidamente - Um ponto positivo para você. Enfim, hoje o treino será de resistência física, psicológica e raciocínio lógico. Obviamente, como sempre, me avise se sentir-se mal e aperfeiçoaremos isso cada vez mais. Teremos primeiro treino de raciocínio lógico, então vamos começar por ele.
Alvo sentou-se em uma poltrona, cara a cara com o outro que disse:
- Haverá apenas uma pergunta, e conforme seu avanço, mais questões teremos. Ok?
O jovem movimentou a cabeça para cima e para baixo em sinal de afirmação.
- Se você estiver em uma competição com três portas e atrás de uma delas há um carro. Você escolhe a porta número um. O apresentador do jogo afirma que a porta três não possui um carro e convida-lhe a mudar de porta. Você muda?
Dumbledore começou a pensar mas não fazia ideia da resposta, já que em sua cabeça, aquilo era apenas um truque de pura sorte, com 50% de chance de acerto.
- Fico na mesma, tenho 50% de chance mesmo - disse o ruivo, certo de que acertaria a questão.
- É aí que se engana, rapaz. No início, quando escolheu a porta número um, havia 1/3 da probabilidade de ganhar o veículo e 2/3 das outras duas portas esconderem o carro. Quando o apresentador revelou não havia carro algum atrás da porta três, a porta dois continuava com seus 2/3 de chance.
    O jovem ficou deslumbrado com a resposta e percebeu que as questões de raciocínio lógico são muito mais difíceis do que aparentam.
    Continuaram com os treinamentos de resistência física que duraram pouco mais de 40 minutos ligados a abdominais, braços e pernas, além de corridas na esteira por volta de 12 Km/h, que aumentavam a cada dia; fizeram uma pausa de 15 minutos.
    - Você está progredindo muito bem - falou Gellert, tocando o ombro esquerdo de Dumbledore - Será que hoje você consegue falar sobre sua família na resistência emocional?
    - Podemos tentar, mas não sei se conseguirei resistir sem chorar pensando na minha irmã... Minha mãe nos criou muito bem apesar das dificuldades financeiras e meu irmão. Ele não aceitava que meus pais tiveram mais uma filha, e a repreendia. Ela sofria muito bullying na escola, e meu irmão achava que era tudo frescura. Nós não tínhamos dinheiro para pagar um psicólogo ou psiquiatra, precisávamos nos virar sozinhos. Logo, meu irmão conseguiu sua independência e foi embora para a Escócia e nunca mais nos falamos. Não sei como ele ganha a vida... Não sei nem se está vivo. Meus pais morreram um ano depois - falava soluçando e afogando-se em lágrimas - assassinados em nossa própria casa, até hoje não sei quem pode ter feito isso com minha família...
    - Já pode parar. - disse Grindelwald, percebendo a aflição de Alvo - Vamos descansar. Meus pais chegarão daqui algumas horas e ficarão durante essa semana.
    Assim, ajeitaram-se para a chegada dos mais velhos.

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