Capítulo VI

36 1 0
                                    

Era de madrugada, por volta das três da manhã, Luiz se revirava na cama, não conseguia dormir, ligou a televisão e ficou trocando de canal e parou em um documentário sobre homicídios, até que finalmente adormeceu e entrou num mar de sonhos.

Estava começando a chover, o crepúsculo já tinha dado adeus, e Luiz se encontrava em uma rua vazia, na frente de uma casa antiga com a cor verde desbotada e a grama por cortar, num piscar de olhos a distância em que ele estava da porta da casa diminuiu. Ele entra e está tudo escuro, força a visão para enxergar uma única porta que com muito barulho e ranger se abre, uma pequena fresta de luz aparece no chão, e ele caminha até a porta e ao tocar na maçaneta ele é transportado para uma escadaria de madeira, ao se mover ele cai rolando, levanta e tenta ver em que ambiente está, ainda escuro percebe que o local é uma adega antiga, com algumas garrafas jogadas no chão e outras quebradas, Luiz analisa o local e se assusta com um barulho que vem de sua esquerda, e se alivia ao ver que é apenar as arvores batendo contra a única janela que há no local, está chovendo mais forte agora e ventando muito, ele ouve mais um barulho, e agora vem da frente, então caminha seguindo sua audição e logo pisa em algo gosmento, ele força mais ainda a visão e vê uma mulher amordaçada e acorrentada que se desespera ao vê-lo, ela tenta avisá-lo mas é tarde, ele olha pra trás e é surpreendido com um taco de baseball na cabeça, tudo fica mais escuro ainda, a mulher grita mas parece estar há quilômetros de distância, agora ele só vê um vulto e sente que está sendo arrastado e quando finalmente o suposto dono do taco de baseball fica visível o suficiente para Luiz ver quem é, ele se assusta, o dono do taco não tem rosto. Então Luiz desperta ofegante e se senta na cama, ele vem sonhando a mesma coisa desde que apareceu o misterioso bilhete da suposta morte de Monique, o despertador chama a atenção dele, o sonho foi tão rápido

que nem tinha percebido que já havia passado cinco horas desde que adormeceu, ele pega o celular para desligar e uma ligação atrapalha, é Leila.

— Luiz? — diz Leila.

— Sim, o que houve?

— Preciso de você aqui, agora!

— Ok, dez minutos.

— Ok, tchau.

Então Luiz se levanta ainda atordoado com o sonho, se veste, toma um banho rápido e pega o carro e vai para a delegacia. Ele estranha a movimentação toda, vários policiais em frente à delegacia, mais que o normal, então ele caminha rápido em direção à sala da Leila.

— Bom dia, o que houve? — diz Luiz.

— A Cristina, lembra? Aquela testemunha e etc...

— Sim, o que tem?

— Fomos notificados da morte dela, ela foi assassinada e adivinha? A arma do nosso ex-companheiro Wagner estava jogada ao lado dela.

— Mas o quê?!

— É, Luiz, temos um caso sério. Aliás, dois, não encontramos a Monique e agora temos que achar o idiota do Wagner e sua amiguinha e prender os dois, e eu que achava que o Alex era o núcleo de tudo.

Os dois ficam em silêncio por um momento e Leila interrompe.

— Olá, terra chamando, acorda Luiz! O que está havendo com você?! Estamos com problemas!

— Desculpa, acho que sei oque fazer. — diz Luiz saindo da sala apressado.

— Ei, Luiz! Espera o que vai fazer?!

— Buscar mais pistas!

— Que pistas, meu Deus! Sabemos que foi a Rebekah!

— Volto logo!

O bilheteOnde histórias criam vida. Descubra agora