— Como assim, Luiz? — Leila Responde.
— Estou saindo do apartamento da Rebekah, ou Jack, nem sei mais! Só confie em mim, eu sei onde está.
— Então diga logo!
— Aquela casa do anúncio do jornal, Leila!
— Mas vocês estiveram lá há uns três ou quatro dias atrás, por que teve essa dedução agora? Não faz sentido!
— Leila, confia em mim, algumas peças se encaixaram agora. — e Luiz desliga sem cerimônia.
Ao desligar a chamada, Leila é surpreendida com o alarme de inocência da delegacia, vários guardas correm em direção as salas e corredores dos presidiários, ela abre a porta de seu escritório e pergunta para alguns que estão perto.
— Ei! Mas que bagunça é essa? O que está acontecendo?
— Parece que um presidiário fugiu, delegada. — Respondeu um dos guardas que passava correndo.
Então Leila segue os guardas e chega nas salas do corredor D e fica boquiaberta com a cena. Um guarda caído no chão com sangue escorrendo do nariz e sem sua arma no coldre, e a fumaça se amenizando por causa dos sprinklers que foram ativados por causa do sistema anti-incêndio, e numa das salas havia restos de um colchão queimado, e vários presidiários gritam palavras ofensivas e alguns tossiam, e vários guardas em volta tentavam ajudar de alguma forma, então ela grita.
— Alguém pode explicar o que houve aqui? — Ela seca o rosto que ficou molhado por causa dos sprinklers. — Meu Deus! Alguém desliga esse alarme, vai acabar alagando aqui!
— Delegada! Delegada! — grita um guarda que se aproxima.
— O que houve?!
— Eu não peguei toda informação por que o Tommy acabou desmaiando, mas ele disse que veio ver de onde vinha o fogo e viu que era daquela sala e quando chegou perto o presidiário da sala puxou-o pra perto e deu um
golpe no rosto dele, e pegou as chaves, aí ele desmaiou. — respondeu o guarda.
Leila verifica a sala que o guarda apontou e fica furiosa, com as duas mãos na cabeça, ela resmunga.
— Mas que merda! Era só o que faltava, o Alex fugiu!
Enquanto Leila tentava agilizar as coisas, Luiz dirige em direção ao bairro Cohab, e com esforço tenta se lembrar do número da tal casa, quando seu celular começa a tocar, é Leila.
— O que houve?
— O inútil do Alex acabou de fugir, não sei como ele conseguiu, ele queimou um colchão e o alarme ativou daí ele conseguiu pegar as chaves, está um inferno aqui! — respondeu Leila.
Luiz resmunga alguns palavrões e responde Leila.
— Temos um grande problema então, parece que combinaram, por que se o Alex foi capaz disso, por não fez antes? — pergunta Luiz.
— Exatamente, eu estou indo aí, vamos acabar com essa merda toda hoje! — responde Leila.
Luiz chega na casa anunciando que é a polícia, de início a porta está trancada e mais uma vez ele tem de arrombar, ela abre no segundo chute. A casa está em silêncio, apenas um rádio tocando na sala, o que a torna sinistra, Luiz tira a arma do coldre e segura com as duas mãos e segue mirando e observando cada centímetro da casa, seu coração começa a palpitar quando do nada, Jack aparece.

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O bilhete
General FictionA vida de Monique mudou quando se casou com Alex Matos, no início era um mar de rosas, até ela começar a sofrer violências domésticas e receber ameaças, então começou a escrever tudo o que passava com seu marido em um diário que, alguns meses depois...