Capítulo IV

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Enquanto Luiz e Wagner direcionam os suspeitos para as últimas celas do corredor, alguns presos começam a assoviar para Rebekah, que, talvez em uma outra vida teria sido uma modelo, suas maçãs do rostos coradas fazem com que ela pareça mais bonita ainda, e então ela olha para Wagner que fica constrangido pois já estava olhando-a.

— Acho um equívoco eu estar aqui, já disse o que aconteceu — Rebekah bufa — e além do mais, Alex é o verdadeiro culpado.

— Quer dizer que, quando uma pessoa confessa que ajudou um cara a fazer um crime, não a faz culpada? — Luiz diz com um sorriso no canto da boca.

— Não é bem isso, mas é que, eu sou uma vítima.  — diz Rebekah.

— Beka não começe com seu teatrinho, que de vítima tu não tem nada! — diz Alex.

— Ei, ei! Parem de mimimi, os dois são culpados — diz Wagner que da uma pausa e olha para Rebekah — e não acho que ficará mais que um dia aqui, Rebekah.

— Nossa que ótimo, tu acha isso, eu não quero ficar aqui no meio desses bandidos que não param de assoviar. — diz Rebekah.

— Se talvez, não tivessem feito nenhum crime, você estaria livre dessa chatice toda. — diz Luiz tirando a chave da cela que ela vai ficar.  E abrindo-a .— Entre logo.

Assim que Alex e Rebekah estão na cela, Rebekah chama Wagner e ele não acompanha Luiz até o escritório de Leila, e volta para ver o que ela quer.

— Sim... — diz Wagner.

— Sabe que eu não fiz tudo aquilo que disse lá no escritório não é? — diz  Rebekah sentada na beira da cama da cela olhando-o de soslaio. — Que fui pressionada a tudo...

— Olha, não posso dizer-lhe nada.

— Ei! O que vocês estão cochichando? — Alex grita do outro lado do corredor.

— Não se meta, que a conversa não chegou aí ainda! — Rebekah rebate, com a voz mais alta.

— Hmmm! Vou contar pra delegada sobre isso ... — diz Alex dando uma risada maléfica.

— Por favor, não cause intrigas desnecessárias seu projetinho de gente! — Wagner fala sem olhar pra Alex na cela atrás dele.

— Ui! Está magoado ainda com seu nariz?! Acho melhor comprar uma base por que vejo que está roxo ainda.

—Alex! Cale a boca. — Rebekah diz.

Alex vira de costas rindo alto e em seguida se esconde na sua cela, deitando na cama.

— Como eu estava falando, você precisa me tirar daqui Wagner, eu sei onde ele escondeu a Monique. — diz Rebekah se aproximando de Wagner.

— Como tenho garantia de que você está falando a verdade?

— Você terá, se me tirar daqui.

— Por que não me diz logo o local e se for verdade, te darei liberdade?

— Você não saberia chegar lá.

— Está me subestimando?

— Não, só estou dizendo que sem mim, não chegará muito longe — Rebekah põe os dedos entre as grades e coloca a mão direita em sua clavícula — você precisa confiar em mim.

— É arriscado, perderia meu emprego se eu te libertasse.

— Não seria se ninguém ver ou saber, vamos lá Wagner, eu sei que você quer isso.

— Defina “isso”.

— Seu bobinho! Sei que quer achar a Monique antes do seu amigo Luiz.

— Tudo bem.

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