Capítulo 6

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Eu apenas vou postar esse capítulo como se nada tivesse acontecido e eu nunca tivesse sumido por quase um mês.

IAI como vocês tão?
De boas ou muito putos comigo?
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-Vem Juls- A garota de cabelos castanhos falou, agarrando a mão da mais velha que foi arrastada até a cozinha.

-Juls?- Juliana questionou se mantendo em pé no meio da cozinha, observando a criança se sentar em uma das cadeiras em frente a bancada.

-Sim. Não gostou?- Cecília pegou a caixa de seu cereal preferido, que se resumia em apenas muita açúcar, e praticamente jogou quase tudo em sua tigela- Porque fique sabendo que eu não me importo.

Juliana a olhou e sorriu brevemente, ainda não acreditava no que estava acontecendo. Em um dia lá estava ela, desesperada procurando um emprego e no outro dia ela estava cuidando da filha de uma das herdeiras da grande empresa de comunicação Carvajal. Sim, ela tinha pesquisado sobre a família Carvajal assim que chegará em casa, por ter chego a tão pouco tempo na cidade ela não sabia de nada, ou simplesmente era extremamente desinformada.

-Juls? Você pode pegar o leite para mim na geladeira por favor- A voz preencheu os ouvidos de Juliana que prontamente tratou de se mexer, indo até a geladeira, na qual ela sabia que nunca teria uma daquelas, procurando o leite na mesma.

Ao acha-lo caminhou até a criança, que pegou o leite de suas mãos o jogando praticamente todo na tigela assim como tinha feito com o cereal.

-Então senhorita Valdés, o que aconteceu que motivou o seu atraso?- Juliana pulou do lugar onde estava colocando a mão no coração, devido ao susto que tinha levado quando sua chefe entrou sorrateiramente na cozinha parando logo atrás de si.

-Bem...eu...eu- Juliana engasgou com as palavras, gaguejando incontroláveis vezes.

-Você?- Valentina arqueou uma das sobrancelhas esperando a resposta da morena, se divertindo com a forma que ela tinha se atrapalhado com as palavras e tentava se consertar.

-Eu...bem, eu tive um imprevisto com a minha mãe- Juliana tentou se explicar mechendo no cabelo nervosa.

-O que sua mãe tem?- Cecília perguntou com a boca cheia do cereal que ela recém havia colocado no pote.

-Cecília, pare de ser indelicada e mastigue antes de falar- Valentina falou em tom de autoridade, que havia feito até mesmo Juliana se encolher em seu lugar.

Valentina caminhou lentamente até a bancada pegando um guardanapo e passando no canto da boca da filha, seus olhos no entanto pousaram sobre a recém contratada que se mantinha distraída olhando para toda a extensão da cozinha. Valentina se viu perdida e mau pode se concentrar direito no que estava fazendo. Ela se apoiou sobre a bancada, suspirando pesado assim que viu Juliana finalmente perceber seu olhar sob ela e retribuir, ficando vermelha e envergonhada, porém não conseguindo desviar o olhar.

-Mamãe, está tudo bem?- Cecília olhou para Valentina estalando os dedos em frente ao rosto dela tentando a fazer despertar. A menina olhava de Juliana para Valentina tentando entender o que estava acontecendo em sua frente.

-Ah...sim, sim...eu vou indo, eu já estou atrasada na verdade- Valentina balançou a cabeça mordendo a parte interna da sua bochecha, saindo da cozinha rapidamente.

Ainda dava para ouvir os barulhinhos irritantes do salto de Valentina batendo contra o chão de madeira, quando Juliana soltou todo o ar presente em seus pulmões, a fazendo soltar a respiração que nem ela própria percebia que estava segurando. Deixando seu corpo relaxar Juliana se sentou na cadeira em frente a bancada ao lado de Cecília.

Juliana olhou para a criança ao seu lado que ainda estava a olhando. Cecília estava com uma das suas sobrancelhas arqueadas fazendo um olhar que lembrava o da mãe, seus olhos tinham um brilhos divertido e ela sorria de canto.

-Que?- Juliana olhou para a criança que negou com a cabeça botando uma colher de sue cereal na boca.

-Nada- Ela falou risonha se levantando da cadeira levando o prato a pia- Vem Juls, vamos para o meu quarto.

-Você não deveria ir para a escola?- Juliana perguntou desconfiada, em pouco tempo ela já tinha percebido o quão pestinha a garotinha era e o quão convincente e manipuladora ela poderia ser.

-Sim, mas hoje eu irei mais tarde por conta de uma palestra chata para as turmas maiores. Nada que eu me interesse- Cecília deu de ombros olhando para Juliana que a olhava desconfiada- É sério, vem.

Cecília puxou o braço de Juliana que dessa vez foi arrastada até o corredor que levava até a escada. Seguindo a menina ela chegou até o segundo andar dando de cara com um mulher bonita de cabelos loiros e corpo invejável, ela estava usando um vestido justo e preto que deixava bem marcado suas curvas. Juliana sorriu amigável para a mulher que retribuiu assim que a garotinha a parou no corredor.

-Oi madrinha- Cecília sorriu esticando os braços para a mulher, que se inclinou para a frente dando um beijo na testa da mesma, que sorriu entrelaçando o pescoço dela em um abraço caloroso.

-Oi meu amor- A loira sorriu para a menina que a largou logo em seguida.

-Madrinha essa é a Juls a minha babá. Juls essa é a minha madrinha- Cecília apontou para cada uma respectivamente.

-Lucia, prazer- Lucia sorriu para Juliana que logo a devolveu apertando a mão estendida para a mesma.

-Juliana, o prazer é meu.

-O que a senhora faz aqui madrinha? Veio ver a tia Eva?- Cecília sorriu travessa como se estivesse falando algo que ninguém mais sabia ou deveria saber, Juliana desconfiou que deveria ser exatamente isso quando viu Lucia ficar vermelha como um tomate claramente envergonhada.

-Não, não eu não vim ver a Eva. Eu apenas estava resolvendo negócios- Cecília a olhou arqueando uma das sobrancelhas acusativa- Com o seu avô. Não me olhe desse jeito, parece a sua mãe. Bem eu preciso ir, foi bom te conhecer Juliana, espero te ver mais vezes.

-Igualmente senhorita- Juliana a observou andar em direção a escada.

-Só Lucia por favor. Tchau Ceci, tchau Juliana- Lucia se despediu descendo as escadas  glamourosamente.

-Resolvendo negócios, até parece que essa aí me engana- Cecília falou cruzando os braços.

-O que você falou?

-Nada não. Por que nós ainda estamos paradas aqui? Vamos logo Juls- Cecília a empurrou delicadamente até a porta branca no lado direito do corredor- Você é muito lenta.

-Ei- Juliana protestou e caiu na risada logo depois, talvez percebendo o quão legal seria trabalhar naquele lugar e o quão interessante e perigoso igualmente seria.

CecíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora