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- Que susto Rodrigo! – ela virou-se, caindo sentada na cama ao tentar se afastar de mim

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- Que susto Rodrigo! – ela virou-se, caindo sentada na cama ao tentar se afastar de mim.

Encontrar Agatha no meu quarto não era algo que eu esperava. Quando voltei do meu banho e a encontrei ali, achei que meus olhos estivessem me traindo. Mas ao me aproximar e sentir o seu perfume, constatei que era realmente ela. Mas o que ela estaria fazendo aqui? Será que finalmente estava disposta a me escutar?

- Você não respondeu a minha pergunta. – insisti. – Estava procurando por mim?

- Não! Eu entrei eu seu quarto por engano.

- Engano, Agatha? Você conhece o caminho de cada cômodo dessa casa, pode até andar de olhos fechados e ainda assim não estaria perdida. Você quer mesmo que eu acredite que você está aqui por engano?

- Você se acha inesquecível, não é? – ela levantou-se da cama para me enfrentar.

- Não estou falando de mim, estou falando do meu quarto.

- O que dá no mesmo! – ela rebateu. – Eu estava procurando o caminho do banheiro e acabei parando aqui. Um mero engano.

- Você está desviando o olhar e quando você faz isso...

- Pare de me analisar Rodrigo, que coisa mais insuportável! – ela se exaltou, me assustando. Então cobriu os olhos com as mãos, afastando-se de mim outra vez. – E componha-se por favor, você está sem camisa.

Ela que agradecesse então por eu estar ao menos usando meus jeans. Pra quem acabara de sair do banho, eu estava até muito vestido.Não sei em que momento ela ficou tão cheia de pudores comigo. Nunca foi preciso que ela me pedisse pra colocar uma roupa. Na verdade, era mais ao contrário. Mas mesmo assim, a obedeci e peguei a camisa que já havia colocado em cima da minha cama.

- Tudo bem, não precisa ficar nervosa. Eu já entendi. Você entrou aqui quando deveria estar a caminho do banheiro. Deve ter ficado impressionada com o fato do quarto estar da mesma forma e se sentiu curiosa. Isso não é nada demais. – falei calmamente, tentando não irrita-la ainda mais.

- Foi exatamente isso. – ela respondeu, enquanto não tirava os olhos da nossa foto, que agora estava em minhas mãos.

- Essa sempre foi minha foto favorita. – falei, sabendo que ela me observava. – Suas sardas...

- Rodrigo...

- ... elas ficam incríveis ao sol. Em sempre te falei isso. E é o que eu realmente acho. – completei minha fala, sem deixar que ela me interrompesse. – Sei que te prometi que não insistiria, que esperaria você querer me ouvir...

- Não quero ouvir porque não me interessa, Rodrigo. – agora é ela quem me interrompe. – Você acha que é confortável pra mim ficar voltando ao passado? A época de procurar respostas passou. Não me importam mais os motivos que te fizeram ir embora. Eu fiquei aqui, precisei juntar os cacos. Mas eu consegui.

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