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Meu Deus do céu

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Meu Deus do céu.

Lábios macios. Língua habilidosa. Aquele gemidinho.

Eu realmente me afastei disso? Dela? Por quê?

Porra, Agatha.

Eu a beijei. Beijei, porque tem sido muito tentador não fazer isso, e então por que não fazer quando eu sabia que ela queria tanto quanto eu? E que se dane, mas agora não quero me afastar. Só quero ficar aqui com essa mulher que é dona de todas as sensações dentro de mim. Aquela mulher cujo sorriso eu era capaz de imaginar mesmo que distante, cuja boca era o paraíso e cujo gosto acho que nunca esqueci. Como poderia?

Uma enorme parte de mim implora para que eu a leve embora dali para poder conferir o que ainda é igual e o que está diferente nela depois de todo esse tempo. Mergulhar entre suas pernas, sentir seu gosto, ouvi-la ofegar o meu nome.

Aprofundo o beijo, seguro-a ainda mais junto de mim e tomo o que quero dela, porque fazer mais do que isso não era uma possibilidade.

Minha razão luta para que volte para a realidade. Me diz que isso não pode acontecer. Agatha é Agatha, com sua vida aqui no Brasil, e eu sou só o idiota que mora em Hollywood com uma vida tão diferente da dela, que iria embora novamente logo mais. Eu só a magoaria mais uma vez. E ela já se machucou o suficiente. Então luto contra a vontade de aprofundar ainda mais aquele beijo, de ceder à minha necessidade. Porque não posso. Isso não é sobre mim. É sobre Agatha e fazer o que é certo. Então dou uma última mordida em seus lábios. Uma última mordida no fruto proibido que quero mais do que pensava, mas agora percebo que não deveria. E termino o beijo.

Mas não a solto ainda. Sei como é difícil me desligar de Agatha. Me lembro da dor no estômago que senti por mais de um ano. Estômago? Era mais como no coração. Então eu a abraço e roubo mais um momento. Respiro um pouco mais do mesmo ar. Deixo minha mente vagar nas lembranças do passado que compartilhamos. Agora eu entendia porque havia comparado todas as mulheres que já beijei com ela. Porque sempre fora impossível esquecê-la. Com o tempo acreditei que eu tinha conseguido, mas agora eu via que Agatha poderia até ter saído por algum momento dos meus pensamentos, mas nem mesmo depois de dez anos, saíra do meu coração.

Observo seus lábios cheios e vejo a confusão em seu olhar. Ela era tão linda! Sexy. Doce. Única. Vê-la agora diante de mim é quase como um tapa na cara e me pergunto como eu pude ter sido tão idiota em me afastar dela.

- Isso foi... – ela suspira, sem conseguir terminar sua fala. Mas eu poderia imaginar o que ela estava pensando.

- Errado. Eu sei, me desculpa. – pedi, enquanto ela me encarou num misto de confusão e... dor? – Eu sei que avancei os limites...

- Eu não te impedi, então considere como culpa minha também. – ela me cortou. – Mas isso não pode acontecer outra vez, Rodrigo. Eu não quero...

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