Capítulo 7

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  Laura continuou a ler a carta:
"Eu tenho lhe ocultado a verdade esse tempo inteiro. E eu não contei antes por que seria muita informação para você. Não fique brava comigo, por favor, Laura.
Primeiramente, eu não sou exatamente o que você pensa. Eu sou um experimento, como você. Meu número é E1. Sim, apenas disse que existiam os números E2, E3, E4 e E5, você, mas eu sou a original. Eu fui o primeiro experimento. Charles também é um experimento, E3.
Eu também escapei, mas fui a primeira que realizei esse feito. E tive que fazer sozinha. Em um dia normal, o céu começou a ficar vermelho e soaram alarmes por toda a cidade. O único problema era que o motivo disso estava dentro da minha casa. Um dos falsos integrantes da minha falsa família foi assasinado por um erro e logo corri para fora da casa. Quase fui capturada, mas consegui escapar pela mesma passagem no beco.
Eu tive que me adaptar no mundo real, não tive ninguém para me ajudar. Mas descobri, após diversas pesquisas, que o LEEH tinha outros experimentos com humanos, além de mim. Consegui ser a melhor amiga, tia, prima de todos, porém sempre com um rosto diferente. Eu apenas não pude salvar o E2, ele foi capturado antes de conseguir ir para o mundo real. Seu experimento foi catalogado como uma falha, porém sem danos. Não fui rápida o bastante.
Porém, Laura, a única pergunta que eu não consegui responder tão cedo foi: Por que eles fazem experiências com humanos? Por maldade? Por fazer?
Descobri, após alguns anos, que o laboratório faz isso porque, atualmente, no mundo, todas as pessoas têm características únicas uma das outras e todos têm seu jeitinho especial, e eles não aceitam todas essas individualidades, e pensam que sem elas, o mundo seria mais pacífico e não haveria violência. Então, segundo a lógica deles, se todos fossem iguais, o mundo seria melhor, uma coisa que eu e você sabemos que não funciona. Então, nos experimentos, fazem que todos sejam iguais e por isso que quando há algum tipo de violência, acaba o experimento.
Eu sei que isso é muito para processar, mas raciocine primeiro sobre tudo o que eu lhe disse, ou melhor, escrevi, e depois leia o resto."
  Laura não sentiu raiva, tristeza ou alegria depois da carta. Sentiu alívio. Era como tudo o que precisava saber estava escrito lá. Tudo isso era o necessário para seguir a sua vida em paz.

A Grande FugaWhere stories live. Discover now