Capítulo 26 - Paradise

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Então me sentei ao seu lado, esperando que ela falasse algo, esbravece sua raiva comigo, qualquer coisa que não fosse aquela reação, sua falta de palavras, seu olhar atento nos meus, como se já esperasse algo ruim vindo de mim. Por fim ela estendeu a mão para que eu a pegasse como sempre fazia para me acalmar.
— Eu estou tentando entender porque você terminou com o pai do seu filho, quer dizer ele é um bom homem, deve ter ficado chateado?
Seus olhos atentos não se desviam dos meus, era ainda pior saber que lá dentro ela deve estar totalmente decepcionado comigo.
— Eu vou ter essa criança, mas não quero viver em um casamento infeliz e sem amor, também não quero que o Vitor pense que eu sou apaixonado por ele.
Respondi com sinceridade, ela tinha todo o direito de saber o que queria. Manuela deu um sorriso fraco, acariciando minha mão.
— Já imaginei que você estivesse grávida, devido aos seus enjoos, e a Carol estava muito preocupada recentemente com você. Já foi ao médico para ter certeza, para se cuidar e cuidar dessa criança?
Manu colocou suas mãos em minha barriga, sorrindo como se conseguisse sentir algo, fechei os olhos tentando segurar o desespero em meu coração, eu estava ali para dizer que a amo, no entanto não tinha coragem para aquilo, não mais.
— Eu irei, assim como cuidarei dele sozinha, desculpa não ter te contado antes, eu simplesmente não sabia o que fazer, eu estava me cuidando para que algo assim não acontecesse, tenho medo de que seja uma gravidez de risco já que eu estava tomando remédio.
Manu se aproximou dando um beijo em meu rosto, fitando meus olhar passando toda a paz que eu precisava.
— Você vai passar por isto, já passou por coisas piores, não é más uma adolescente. Tudo dará certo Heloisa, eu vou estar com você em todos os momentos.
Não consegui evitar que as lágrimas caíssem, olhar para aquela mulher incrível e saber que ela ainda conseguia ser otimista e paciente era quase surreal. Manu seguro meu rosto, dando um selo em meus lábios, deixando-me confusa, porém sem a menor força para resistir. Sua língua invadiu a minha, sugando com paixão e fulgor, enquanto seus dedos agarravam meus cabelos.
— Eu te amo muito Heloisa, independente de qualquer coisa quero estar com você...
Chorei de emoção ao ouvi-la dizendo aquilo, puxando-a para mim beijando com voracidade, não tinha a menor vontade de resistir aos seus toques, aos seus beijos.
— Desculpas por ter te magoado, por ser essa pessoa horrível que eu fui e tenho sido, eu não mereço você Manuela...
A mesma silenciou-me como se estivesse ouvindo o maior absurdo de todos.
— Você é a mulher mais linda do mundo, a mais doida e confusa, e mesmo assim é tudo o que eu sempre quis. Se você acha que não me merece então faz por merecer, porque eu acho que funcionamos juntas.
— Você disse que não daríamos certo Manuela. — Lembrei da música na qual a mesma me marcou.
— Você ficou comigo, depois com outro, isso me quebrou por dentro. Você não sabe como é difícil te amar e não ter seu amor. — Manuela encarou-me esperando alguma resposta a tudo.
— Tive medo de amar novamente, medo porque cada segundo que passo com você te quero mais. — Deixei as lágrimas caírem, admitindo por fim o quanto não podia mais luta com meus sentimentos.
— Eu te amo a tanto tempo, e a cada dia mais. Você é tudo que eu sempre quis, vamos se dar essa chance nós merecemos Heloisa.
— Manuela com você eu acho que consigo qualquer coisa, superar todas as dificuldades. Eu só quero você, eu quero tentar.
Manuela tomou minha boca, deitando-me no sofá, sem parar com os beijos, suspiro excitando-me, meu corpo respondia se arrepiando por completo, agarro seus cabelos cacheados, a última vez que tive seu corpo junto ao meu só havia medo e insegurança, agora a esperança, mesmo que seja o pior momento para se recomeçar.
Tirei sua blusa, buscando seus seios que cabiam perfeitamente em minhas mãos, a morena suspira, seguindo seus lábios para meu pescoço, descendo para o colo de meus seios, apertando o outro delicadamente. Até ouvirmos o barulho da porta...
— Minha nossa vocês não perdem tempo! — Carol se virou ao notar o que fazíamos.
Manuela começou a rir seguida de mim que estava queimando de vergonha. Peguei minha blusa colocando rapidamente. Arrumando o cabelo de Manu que ainda ria provavelmente da minha cara.
— Pensei que fosse chegar mais tarde. — Manu foi da um beijo em Carol, que riu de nossa cara.
— Eu vou indo, depois a gente se fala Manu.—Procurei minha bolsa mas não encontrava.
— Fica aqui em casa hoje, vou preparar uma carne assada! — Manu veio até mim, juntando as mãos e fazendo uma carinha de cachorro pidão.
Eu simplesmente não sei como nega algo a ela.
— Eu não vou atrapalhar? — Olhei Carol que parecia admirar a situação.
— Não, acho que vou ter que me acostumar com isso. Vou tomar banho lindas, não transem no meu sofá!
A baixinha saiu gritando, deixando-me ainda mais envergonhada. Manuela sorriu puxando-me para si, beijando meus lábios delicadamente. Aquele começo estava sendo especial para nós, olhar em seus olhos e ver aquele brilho era a coisa mais linda do mundo.
— Vem, vou te mostrar meu quarto e te emprestar uma roupa, apesar de você estar linda com esse vestido florido. — A morena me levou até seu quarto, a segui sorrindo igual uma boba. Amava seu jeito carinhoso comigo.
Seu quarto era sua cara por sinal, havia um quadro cheio de fotos, um cheiro único assim como ela, ela era organizada, tinha uma prateleiras de livros, e uma mesa com matérias de trabalho. Ela foi até o grande guarda roupa pegando uma roupa e entregando a mim.
— Eu vou preparar a comida, fica a vontade!
A todo o momento ela sorria, parecia estar vivendo um sonho. A sensação de plenitude era totalmente diferente do pesadelo que eu vivia, eu teria um filho, e uma mulher ao meu lado, que por sinal eu estava completamente apaixonada, e a paz que ela trazia eu não trocaria por nada.
Voltei para a cozinha, vestindo um short e uma blusa preta. Manu estava picando algo, me aproximo abraçando ela por trás. Eu amava senti-la perto de mim, seu corpo seu cheiro, nem preciso dizer que aquilo me deixava louca.
— Quer ajuda? — Questiono notando os pelos de sua nuca se arrepiar.
— Não, já estou terminando. Nossa eu nem acredito que você esteja aqui comigo. — Manuela se vira lançando um olhar encantador em minha direção.
Sorri buscando sua boca, aquilo era o suficiente para acende o desejo, sua boca era meu paraíso que me alucinava fazendo esquecer todos os problemas.
— Manuela, diz para sua irmã parar de me ligar. Eu não sou de ferro, e vou pega ela de jeito se ela não para.
Carol entrou bufando e pisando firme. Manuela riu assim como eu.
— Eu não precisava escutar isso, agora terei pesadelos. — Manu pegou o celular respirando fundo.
— Eu conheci a Tamires, ela é linda,  entendo por que você se apaixonou. — Comentei enquanto sentava na cadeira.
Carol lançou um sorriso travesso, mordendo o lábios.
— Ela é minha perdição. Sabe que eu pensei que vocês não combinassem, mas pelo jeito vocês ficam bem juntas. Queria eu ter essa sorte com a Tamires, eu nunca vi a Manu tão reluzente assim.
Olhei para Manu que voltava sorrindo lindamente.
— Espero fazer ela feliz, assim como ela sempre fez.
O jantar estava muito bom, Manu cozinhava muito bem, ela era uma caixinha de surpresa. Ela Carol eram duas bobas, pareciam duas irmãs, eu estava amando aquele pouco momento de paz.
Ajudei Manu a lavar as louças, conversávamos sobre coisas aleatória do trabalho e coisa sobre nós. Ela achava engraçado minha mania de fumar quando estava nervosa, e também reparou reviravolta os olhos quando estava irritada.
— Pois eu também reparei em algumas coisas em você. — Joguei um pouco de água em seu rosto. Fazendo ela rir.
— Tipo o que, vamos ver se você é mesmo observadora dona nariz empinado.
Arqueiro a sobrancelha incrédula, prendendo a morena contra a pia.
— Eu não tenho nariz empinado. Vamos ver você gagueja quando está nervosa, fica passando a mão nos cabelos a todo o momento. Pressiona os lábios quando não sabe o que fazer... — Mordi o lóbulo de sua orelha, fazendo com que ela suspirasse. – Fica sem palavras quando faço algo que te excita...
Desci para seu pescoço, beijando demoradamente, dando leves chupões. Subindo minha mão por sua barriga. Parando de provocá-la.
— Você é muito má Heloisa, muito má. — Foi só o que ela conseguiu falar.
Depois de terminar com a louça, fomos para seu quarto. Ela não esperou que eu entrasse, me puxando e me prensado na porta. Começando a tortura mais gostosa que se podia imaginar.
— Você não tem noção de como eu quero ser sua Heloisa...
Manu beijava meu pescoço, descendo suas mãos para minha barriga arranhando a mesma com delicadeza. A virei contra a porta, tomando as rédeas da situação. Beijando sua nuca, passeando minhas mãos por seu ventre, descendo para o único lugar que eu queria, encontrando seu sexo úmido e pulsando, esperando para ser tomado por mim.
Massageie sem a menor preocupação em ser rápido. Manu perdia o controle aos poucos, arfando alto, rebolando a cada toque. Invadi seu sexo com facilidade, arrancando um gemido da morena.
— Você está me deixando louca Helo... Eu não vou aguentar...
Ela jogou a cabeça para trás, buscando minha boca, beijando ofegante. Seu sexo aperto meu dedo conforme eu aumentava a pressão, seu rebolado me deixava louca, não demorou muito para ela explodir em um gozo encharcando meu dedo. Segurei seu corpo enquanto ela respirava com dificuldade. Se virando para mim, beijando-me com paixão.
— Onde você aprendeu a fazer isso, foi tão gostoso. — Ela falo ainda me beijando.
— Com você, só para você... — Mordi seu lábio inferior, rindo travessa.
Terminamos aquele noite abraçadas em sua cama, em seus braços o mundo parecia ganhar o brilho que a muito tempo havia perdido.
— Você vai ser uma mãe incrível Heloisa, eu não tenho dúvidas disso. — Manu me abraçou falando em meu ouvido.
Confesso que aquilo acalmou meu coração, aquela segurança que seu amor me trazia era tudo que eu precisava.

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