Dizem que a melhor forma de superar uma perda é viver um dia de cada vez, com calma pois tudo sempre pode piorar. Pergunto-me se o idiota que inventou essa frase realmente perdeu alguém.
Havia se passado um ano desde que tudo aconteceu, mas quando acordo ainda sinto que o encontrarei ao meu lado.
A melhor forma que encontrei de seguir foi viajar para minha casa na praia em são Paulo, o isolamento acalma minha alma e principalmente evita a piedade dos familiares. Entretanto minhas amigas não concordam com isso. Carol é minha amiga desde a escola, com seu jeito meigo conseguiu inventa uma desculpa para me visitar e eu sei bem aonde isso vai dar...
A casa ficava de frente para o mar , na varanda havia uma rede na qual adorava passar horas escrevendo alguma história passageira, sempre ao som de uma música calma e um bom café. Agora as ideias para as histórias me fugiam a mente, e a casa era grande demais para mim. O barulho da campainha tirou-me das memórias dolorosas. Suspiro incomodada com a situação que viria a seguir.
Abri a porta forçando um sorriso, entretanto me surpreende com a figura parada a minha frente . A moça de olhos castanhos e cabelos negros encaracolado, desajeitadamente tentava segura o vaso que deixou cair.
– Oi ! Desculpa eu não quis quebrar.
Cabisbaixa a moça passou a mão sobre a roupa, continuei fitando aquele mar de ébano sem Reação alguma. Não conseguia lembrar dela porém já havia visto antes.
– Onde está a Carol? Desculpa não estava esperando que ela trouxesse alguém.
Continuei encarando a moça, que ficou visivelmente intimidada.
– Ela está no carro pegando algumas coisas que trouxe para você. Eu me chamo Manuela, você não deve se lembrar de mim. Quer saber deixa para lá .
– Olha só como você está linda Heloisa, meu Deus nem parece que virou índio.
Carol apareceu quebrando o clima pesado que sem querer deixei. Sorri de seu costumeiro bom humor. Abracei fortemente minha amiga, realmente sentia sua falta.
– Entrem, por favor.
Tentei ser gentil, mas era difícil já que estava contando os minutos para ambas irem embora.
– Então Carol, você não me apresentou sua namorada. Manuela certo?
Ambas se entreolharam, foi Manuela quem ruborizou. Ela era uma mulher muito atraente, o corpo magro e em forma destacava as perfeita curvas que se escondiam sobre suas roupas larga. Os olhos castanhos ganhavam uma cor mais clara com a luz do local. Era demasiadamente linda, e expressiva .
– Que isso mulher você não lembra da Manu, ela estudo com a gente na faculdade aquela que te acertou com uma bola lembra?
Carol caiu na gargalhada sentado no sofá segurando a barriga de tanto rir. Manuela arqueou a sobrancelha desconcertada. Eu lembrava dela, somente não reconheci a divina mulher a minha frente.
A morena havia deixado os cabelos soltos caído até metade das costas, trocou os óculos grossos por lentes provavelmente. Porém a timidez ainda era presente.
– Claro que lembro, você quase me fez perder um dente sabia. Pois é, você até me levou para o hospital, como não lembrar.
Sentei no outro sofá, balançando a cabeça e rindo. A morena permaneceu em pé, entortando a boca em um sorriso reservado.
– Senta Manu. Não nós não namoramos dona Heloisa, você não perdeu o costume de deixar qualquer um envergonhado. Enfim diga-me, como você está? Pronta para volta a ativa?
Semicerrei os olhos , passando a mão em meus cabelos. La vem.
– Eu não vou voltar Carol estou bem aqui e...
– Pois eu tenho uma proposta de trabalho para você. Um grande amigo meu irá se casar mês que vem, e precisará de uma fotógrafa, indiquei você claro.
Carol bateu na perna, mordendo os lábios, falava como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Fitei Manuela, que retribuiu o olhar, não queria discutir aquilo na frente de estranhos . No entanto Carol sabia que a presença de outra pessoa iria me intimidar.
– Carol eu não sei no que você acha que isso irá ajudar, mas obrigado por tentar. Eu não tenho interesse.
– Não faz isso Helo, por favor, é só fotógrafa, e outra você não pode ficar aqui para sempre certo? Outra você não irá trabalha sozinha, Manuela irá te auxiliar.
– O que?
Nos pronunciamos juntas ,nossa surpresa com a notícia era visível . O olhar de surpresa e indignação era notável nos olhos de Manu , com certeza Carol decidiu aquilo de repente.
– Gente ele é um grande amigo, confio em vocês. Por favor Manu e Helo, será coisa rápida !
Manu estava de boca aberta, tive vontade de rir com sua expressão de indignação, suas expressões faciais entregava tudo.
– Certo Carol, se eu for você promete dizer a todos que estou bem?
Carol pressionou os lábios, nossa cumplicidade jamais havia mudado. Conhecendo minha amiga como conheço ela faria qualquer coisa somente para me ver longe daquele lugar isolado.
– Prometo que se você melhorar, te deixo em paz!
Lancei um sorriso amigável, tentando disfarçar meu desanimo com tudo.
– Já ia me esquecendo. Trouxe doces!
Carol correu para cozinha, deixa-nos a sós. A morena ainda estava sem palavras.
– Bom parece que teremos tempo suficiente para nos conhecermos melhor não é mesmo heloisa.
– Sim, espero que não demore muito.
Deixei-a sozinha na sala, não sabia explicar exatamente o porquê de não querer proximidade com ela.
Querendo ou não agora não teria escolha.
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Uma preciosa história de amor
RomansTodos nós esperamos um grande amor durante a vida, viver um intenso amor ao lado de alguém que nos entenda. O que não esperamos é conviver com o acaso que a vida é, as surpresa que teremos ao longo da vida pode ser agradável ou não. Perder alguém n...