Não Sou Um Cara Direito, Mas Estou Gostando de Você

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C R I S T I A N O


Eu tava a um dia sem notícias de Danton. Ele sempre me mandava mensagem, mas na quinta e na sexta ele não fez isso e ignorou as minhas mensagens e ligações. Eu tava sentindo falta dele já, tanto que tinha até desanimado de ir pro baile que ia ter na quadra. Tinha vestido meu calção e uma camiseta e tinha me jogado no sofá, assistindo Netflix pela minha TV. Júnio já tinha ligado um porrado de vez, mas eu não atendi nenhuma.

- Bora, Cris. - escutei Júnio gritando na porta da minha casa. Eu me levantei e fui até ele.

- Mano, eu acho que vou não. - disse, passando a mão em minha cabeça.

Júnio estava vestindo uma bermuda preta, uma camiseta de basquete e segurando sua metralhadora mascote. Ele sorria muito de deboche pra mim.

- Claro que tu vai. - disse ele. - Sua convivência com o Danton tá te deixando numa viadagem. Entra logo e vai botar uma roupa direito, porque hoje nós vai foder umas safadas.

- Eu não to afim, caralho. - disse, revirando os olhos.

- Tá bom, lindinha. Vou ligar pro Danton pra ele vir te animar. - disse ele, mas zoando.

- Sai. - disse e ele gargalhou. - Então espera que vou arrumar.

Não podia perder minha moral com o Júnio, então eu tinha que ir nessa porra. Vesti uma bermuda jeans, uma camisa branca e um boné, já que não tava com ânimo pra deixar meu cabelo impecável. Peguei meu revolver, botei na cintura e sai.
A cada beco que a gente entrava mais gente do nosso bando se juntava a nós. Cada um segurava tua arma e seguia Júnio. Ele tava na frente e eu ao teu lado esquerdo. No seu lado direito não tinha ninguém, pois a dona dele a gente tava se aproximando de onde ela morava.

Quando escutou o nosso chamado, Nallu saiu de tua casa linda pra caralho. Um short jeans e uma camiseta vermelha justa e pra cima do umbigo, deixando seu piercing a mostra. Seus peitos tava quase saltando para fora da camiseta e aquilo fez todos ficarem olhando para ela.

- O primeiro que eu ver olhando para os meus peitos ou para a minha bunda leva um tiro na testa. - disse Nallu e todos virou o rosto, pois sabia que ela não era o tipo de mulher de brincadeira.

Ela tomou sua posição e continuamos o nosso trajeto. Quando a gente tava chegando na quadra, geral abriu um espaço e a gente foi passando. Mesmo depois de tempos eu não me acostumava com aquilo tudo. Geral olhando pra mim. Uns com cara de admiração, outros com cara de medo, outros nem olhavam.

Passamos pela multidão e fomos direto pro camarote que tinha ali pra nós. Quando a gente ja tava lá, todo mundo apontou suas armas pra cima e começou a disparar, o que deixou todo mundo lá em baixo aos gritos, mas não de assustados ou de medo. O baile continuou e eu comecei a beber todas. Até que tava bem legal. Beijei pra caralho as minas que tava no camarote e nem lembrei de Danton. Já que ele tava me ignorando eu ia ignorar a existência dele também.

No banheiro coloquei uma morena pra me mamar e ela fez direitinho. Engasgava de vez em quando, mas era normal. Dei leitada na boquinha dela e um belo tapa e botei ela pra correr.

Saí do banheiro e quando olhei pra multidão eu vi a louca mãe do Bené e o pequeno ao lado dela. Ela segurava o moleque pela mão, enquanto fumava um baseado. Eu desci aquelas escadas puto da vida e fui empurrando todo mundo pra ter caminho pra chegar até naquela filha da puta.

- TU FICOU MALUCA? - gritei ao chegar perto dos dois. - ISSO AQUI É LUGAR PRA CRIANÇA?

- Ah! Tava demorando. - disse ela, revirando os olhos. - Vai lá continuar fudendo aquelas putas lá em cima e deixa eu aqui em paz com meu filho.

O Incrível Efeito de Uma Droga Chamada Danton  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora