Me Vejo Em Seus Olhos

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C R I S T I A N O


Ninguém não era nem doido de chegar perto da minha casa e principalmente tentar arrombar a minha porta. Tinha gente grande por trás disso e eu precisava descobrir. Então acalmei Danton e fui até onde tava o cara morto. Tirei a máscara do Chuck que o cara tinha e uma lágrima molhou meu rosto. Não pelo cara morto, mas por quem o mandou.

×××

- JÚNIO. - gritei, enquanto entrava na casa dele. - JÚNIO APARECE AQUI, FILHO DA PUTA.

- Que que tá acontecendo? - perguntou ele.

Eu não disse nada. Apenas joguei a cabeça de Buiú no chão de sua sala. A cabeça do filho da puta foi rolando pelo chão até chegar nos pés de Júnio. Ele olhou pra aquilo e ficou sem reação nenhuma.

- Que porra é essa, Cristiano? - perguntou ele, verificando se era mesmo o Buiú.

- Eu que te pergunto. Que porra é essa? Por que teu capanga tava tentando arrombar a minha porta logo depois que eu saí de casa? Pra matar o Danton? - perguntei e ele enrrugou a testa, confuso.

- O Danton ta na tua casa? - perguntou ele.

- Se faz de égua não, Júnio. - disse, rindo ironicamente. - Me fala por que tu quer o Danton morto?

- Eu não quero o Danton morto. Esse filho da puta não vale nada pra mim. Não me deve nada. - disse ele. - Se eu quisesse essa bicha morta eu mesmo matava e não mandava o Buiú, que era um incompetente do caralho.

Júnio parecia tá sendo sincero, mas eu não conseguia confiar 100% nele. Não mais. Eu não podia falhar na missão de proteger o meu pequenino. Eu comecei a andar pela sala de Júnio feito um louco. Eu passava a mão pelo rosto, tentava respirar fundo, mas me faltava ar.

- Mano,  nós é amigo a anos. - disse Júnio, chamando minha atenção. - Tu sabe que eu jamais ia arrombar tua casa pra matar um protegido teu, mesmo que ele me devesse a vida. Buiú não tava fazendo um corre pra mim não. Não é eu quem quer esse moleque morto.

Eu já não sabia mais no que acreditar. De fato Júnio não ia fazer essa loucura de arrombar minha casa e matar alguém que eu tava protegendo, mas tinha alguém que tava fazendo isso e eu não tava confiando em mais ninguém. Então, sem falar nada, eu sai da casa de Júnio e fui pra minha. Tinha colocado gente de minha confiança na porta de casa pra proteger Danton e assim que voltei dispensei os dois caras que tavam ali.

- Voltei. - disse, entrando em casa.

Já tava tarde e meu corpo pedia pra dormir e isso que eu ia fazer logo. Danton saiu do quarto um pouco hesitante e com a cara inchada de choro. Ele tava vestindo as roupas que eu tinha comprado pra ele mais cedo e tava lindo. Era uma bermuda vermelha e uma blusa branca, que tinha ficado apertada nele, o que me deixou com muito tesão naquele corpo. Mas tinha que respeitar o moleque. Ele não tava bem.

- O que aconteceu lá? - perguntou ele.

- Não tenho certeza que foi o Júnio. - disse, sentando no sofá e tirando o meu tênis e meia. Danton caminhou até mim e se sentou ao meu lado.

- O Júnio matou minha irmã e quer me matar. Vocês são amigos, mas tem que ver isso. - disse ele e eu o olhei com desacordo. - Se não é o Júnio é quem?

O Incrível Efeito de Uma Droga Chamada Danton  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora