Capítulo 11 - O Reino Do Norte

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Ao se aproximarem às quatro da tarde os quatro chegaram aos portões do reino do norte, encostaram nas muralhas e esperaram até a meia noite, havia escurecido há um tempo e decoraram as trocas de guardas de uma em uma hora, estavam cansados e com fome, mas Kerman mandou mensagem para Thomas, Rachel e Adam dizendo que estava tudo bem. Mandou junto uma foto dela e dos soldados para demonstrar que tudo correu perfeitamente, mas Thomas ficou preocupado por ainda estarem na rua a esta hora.

O relógio bateu meia noite e foram uma, duas, três badaladas e pronto! Era a hora da ação! Saíram das esferas e escalaram os muros do reino, haviam três soldados do serpente negra guardando este lado, mas para não levantar suspeitas, apenas passaram e os cumprimentaram, mas que sorte os soldados do serpente negra cumprimentarem primeiro, poupou quatro prisões instantâneas por falta de reverência.
-Louvado seja o ser maior! - um dos soldados do Serpent falou.
-Louvado seja! - os quatro responderam em coro torcendo para que esta fosse a resposta.
As capas que cobriam seus rostos também os impedia de enxergar direito o caminho.
-Esperem aí! - um dos soldados gritou e eles pararam. - Virem se! Aonde estão indo?
-Temos ordens expressas para não revelar nossa primeira ordem que foi fazer o que estamos indo fazer agora. - Kerman respondeu no susto por não saber o que dizer.
-Então podem ir, mas saibam que procurarei saber do destruidor por que há quatro a mais na patrulha desta noite.
-Espero apenas que ele não lhe puna por isso! Adeus! - Kerman falou, depois se virou e saiu. Os três soldados do oeste a seguiram até que ela entrasse no castelo.

-Escuta, tem uma coisa aqui que vai me garantir saída imediata do castelo, não se preocupem, agora vão e não procurem problemas na saída, ou virão atrás de mim. - Kerman cochichou.

Os três soldados se viraram e dois deles saíram, mas um terceiro parou e voltou até onde Kerman estava dizendo:
-Você é quem esperávamos?
-Eu sou quem está aqui, vocês esperando ou não.
-Quero saber se é a a salvadora? Se é...
-Não! Eu não sou o Messias!
-Não se trata de um Messias. O rei Thomas guarda aquela esfera há anos e só pode ser dirigida se ativada por comando de voz, durante anos muitos se ofereceram para tentar, mas aparece você, uma garota simples, impresária, mais velha do que o que esperávamos e ativa a esfera.
-Louvado seja o ser maior! - passou um guarda falando.
-Louvado seja! - os dois responderam.
-Soldado! Nós tivemos horas de viajem para ter esta conversa, não pode apenas voltar ao oeste agora?
-Se eu perguntasse, poria em dúvida os outros dois, talvez se eles não confiassem em você lá fora e tentassem alguma coisa estivéssemos todos mortos agora, eu não podia arriscar a missão.

-Eu não conheço sua lenda! Não sei se sou quem esperava! Satisfeito?
-Se for você! Te acompanharei até o fim do mundo e até morrerei por você. Você pode ter ativado a esfera por ser de outro planeta, mas morreria mesmo assim!
-E se morrer pela pessoa errada?
-É aí que entra a fé não é? Acreditar no que ninguém acredita quando ninguém acredita e acreditar tanto que acaba se tornando real.
-Ou você apenas ignora os fatos para que o que você acredita seja real, nem que apenas para os seus olhos. Tenho que continuar a missão, a cada segundo que passamos aqui temos um segundo a menos para estar aqui.
-Deixe-me ir com você! Deixe-me honrar a minha família!
-OK, vamos!
-Sério que deixou?
-Quer ir ou...
-Claro, vamos, vamos.

Os dois saíram rapidamente do local, mas não correram para não desconfiarem de sua real missão. Chegaram à frente do quarto da Solária, o que era indicado pelo sol dourado na porta e pelas trancas restritamente seguras.
-Consegue abrir? - Kerman perguntou ao garoto soldado.
-Antes de virar soldado eu era ladrão, coisa de criança! - o soldado pegou uma faca pequena e enfiou em uma das fechaduras - fui pego pelos soldados do rei Thomas roubando uma banca de frutas, foi a única vez que eu fui pego. - ele girou um pouco e destrancou a primeira fechadura, em seguida ele partiu para um cadeado - Me levaram até o rei, ele exigiu me ver e ele me perguntou por que eu roubava e eu respondi que por hobby - ele destrancou a segunda fechadura. - ele me ofereceu uma chance de entrar pro exército se eu parasse de roubar.
-E ele te apresentou como um dos soldados mais confiáveis a mim.
-E você me acha confiável?
-Todos me deixaram, mas você ficou.
-A última tranca... - o garoto falou sorrindo - é por digital. Só um mago entraria sem ativar o alarme. E caso entre, tem um comando de voz e um visual. Sem contar que deve haver lasers no quarto.
-Achei que minha imaginação fosse fértil, o que sugere para conseguirmos entrar?
-Invadir por outra área do castelo, tipo ventilação ou esgoto, ou até uma janela.
-Não! Uma janela seria muito visível. - Kerman entrega o celular ao soldado - qual seu nome?
-Me chamam de 001, por ser o primeiro ladrão a entrar na guarda real - ele responde pegando o celular aberto no mapa do castelo - mas meu verdadeiro nome é Doug. - ele disse fazendo uma pose e guardou o celular no bolso.

STAR - de onde surgem as estrelas - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora