Toda ajuda é necessária (+14)

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- Pera! Explica isso direito! Essa tampinha ruiva, é a Circus Baby e também é a Lize!? - Perguntou Carlton, em choque.
- Exatamente! - Respondemos eu e Lize ao mesmo tempo, completamente calmos.
Enquanto a ficha caía para o Carlton, eu fazia um curativo no joelho da Lize.
- Como você conseguiu cair da cama e ralar o joelho? - Perguntei.
- É que...Eu tava pulando na cama e não olhei onde pulava! - Bradou ela, animada.
- Não me diga que se orgulha disso... - Falei em um tom meio irônico.
- Como vocês podem ficar tão calmos, quer dizer, isso é tão bizarro e foda! - Gritou Carlton, até meio assustado.
- No início, eu também me senti assim, mas depois de uma semana cuidando dela, já não é nada.
Tendo acabado o curativo, me sentei ao lado dela e no mesmo momento, ela já se acomodou em meu colo.
- Você não cuida de mim! Eu já sou grande! Tenho 15 anos! - Disse ela, irritadinha e fazendo um biquinho, super fofo.
- É, okay, não cuido. - Soltei uma risadinha, logo em seguida, direcionando minha mão para acariciar a cabeça dela.
- Cara, você roubou uma robô pra dar uns pegas!? - Perguntou Carlton.
Tenho certeza que estava corado como nunca.
- Dar uns pegas? - Disse Lize, em dúvida.
- Ó-óbvio que não foi pra isso! É que...Você sabe que eu sempre gostei da Lize e...Bem, ela correspondeu, então...- Estava morrendo de vergonha, completamente corado.
- Você tá namorando com um robô, cara. Só não digo que é coisa de doente porque a Lize também era minha amiga.
- Era? Não sou mais? - Perguntou ela, fofamente.
- Foi mal, Lize, é difícil assimilar que você tá viva. - Ele, com certeza não fazia ideia de que resposta dar.
- Na verdade, eu não estou bem..."Viva"- Pus as mãos na boca dela.
- Lize, não precisa dar todos os detalhes. Deixa o Carlton assimilar e aí, a gente explica com detalhes, outro dia, tá? - Ainda estava com minhas mãos em sua boca.
- Uhum. - Assentiu ela.
Suspirei, um tanto tenso, mesmo assim, tirei minhas mãos de sua boca.
- Olha Carlton, não importa o quão estranho você ache, só...Me prometa que não vai contar a ninguém que ela está aqui. - Pedi, temendo a reação de Carlton. Não queria que o mais próximo que eu tenho de um amigo, me olhasse com desgosto.
- Cara...C-claro que não vou contar pra ninguém! Tipo, aquele lugar era um inferno! Não vou deixar que a levem de volta! - Disse ele, sério, porém abriu um sorrisinho acolhedor, mesmo que fosse em seu jeito abobalhado.
- Valeu...Sempre posso contar com você...- Levantei meu punho, abrindo um sorriso. Carlton, já entendeu o recado e deu um soquinho.
Nos olhamos em silêncio por alguns segundos. Nossos sorrisos eram como palavras de entendimento mútuo. Me sentia em paz com o mundo. Me sentia feliz...Depois de tanto tempo me afastando de todos, simpatizar novamente com a humanidade que havia em meu ser, era...Doce, relaxante, não sei com que palavras poderia descrever, mas...Era uma boa sensação.
- Agora que tá tudo certo...Que bom te ver de novo, Carlton! - Disse Lize, quebrando o silêncio, um tanto envergonhada.
- Sabe, é ótimo te ver também...Ficou mais bonita ruiva. Combina com você. - Disse ele, com seu sorrisinho, enquanto piscava.
Lize, sorriu corada, enquanto passava a mão em seus belos cabelos ruivos.
- E-eu...Também gosto de ser assim...- Disse a mesma, olhando para baixo, talvez para esconder de Carlton, sua fofa face corada.
Ficamos mais algum tempo ali, conversando sobre coisas aleatórias. Me senti como quando criança, aquela fora uma das conversas mais gostosas que já tivera em anos. Okay que, Carlton disse umas coisas para Lize que...Bem, vou ter que matar ele, depois...Ele não entendeu a parte de "Ela sabe tudo que uma menina de 7 anos sabe" Afinal, perguntar de sexo foi muito indelicado..."Vocês já transaram, né?" Que indelicado, puta que pariu. Ele foi embora, umas duas horas depois, prometando que voltaria sempre para visitar a Lize...Ele é mesmo um ótimo amigo. Tirando isso, foi uma noite comum...Eu e Lize jantamos, ela viu uns desenhos até dizer que estava com sono. Não adiantava eu ir dormir no sofá...Quando acordava, ela estava ao meu lado, então me rendi e decidi que dormiria ao lado dela em minha cama.
Já deitados, prontos para dormir...Lize começou a me encarar, com as bochechas cheia de ar, ela parecia querer perguntar algo. Encarando melhor, tive a certeza, era sua fofa carinha de dúvida.
- É...? Lize? O que que tá te incomodando, hein? - Perguntei, calmamente, fazendo carinho em seu rostinho.
- Hm...Eu queria fazer uma pergunta estranha...- Disse ela, vermelha, aparentemente hesitante em continuar a conversa.
- Hm? Que tipo de pergunta? - Tentei fazer com que ela me olhasse bem, mas a mesma, desviava seu olhar.
- É-é que...O Carlton falou daquilo...- Disse ela, finalmente me encarando.
- A-ah...É-é...Ele falou...- Tenho certeza que bati o recorde mundial de quem corava mais rápido. "Carlton, eu te mato" pensei com ódio.
- E-eu q-queria tentar...- Disse ela, em sua voz, demonstrava sua sinceridade e inocência.
- V-você quer o que!? - Surpreso, não sabia dizer se deveria ficar feliz ou asustado.
- Hum...- Ela apenas assentiu obstinada.
- Olha...Quando você achar que está pronta, eu vou estar aqui com você e- Fui cortado, pelo doce gosto dos lábios dela sobre os meus.
Mesmo não sabendo como beijar, ela se forçava a tentar. Pus meus braços ao seu redor, enquanto intensificava o beijo, algo como "Vou mostrar como se faz". Meu corpo se movimentou sozinho, a agarrando mais forte com uma mão, enquanto tirava sua blusa com a outra. Talvez, estivesse passando dos limites, mas Lize não fez nenhuma objeção, me deixando livre para continuar. Me movimentei, posicionando meu corpo sobre o dela. Pude olha-la por alguns segundos, parecia tremer e suas bochechas coradas como nunca.
- Você...Tem certeza que quer isso? - Perguntei, mesmo ansiando por continuar, afinal não queria forçá-la.
- Uhum...Quero...Que seja você que vai...Me transformar em adulta...- Disse ela, envergonhada, muito corada e com seu corpo tremendo desesperadamente.
A olhando naquele estado, decidi parar, porém, Lize sorriu para mim, como se consentisse que eu continuasse. Meu coração acelerou, meu corpo se pôs em alerta e não pude me segurar. Nos primeiros momentos, ela parecia sentir dor, porém após alguns minutos, pude ouvi-la soltar alguns gemidos, porém a mesma se silenciava. Me sentia vivo como nunca. Em todo momento, segurava suas mãos, para que ela não tivesse medo ou se sentisse sozinha...Em alguns momentos, suas mãos afrouxavam, em outros, apertavam bem forte. O gosto de seus lábios eram mais proveitosos, me deixando ainda mais doido. A única certeza que tive naquele momento, era que, naquele quarto, naquele madrugada de segunda, a assumi como minha para sempre e assim, era responsável por proteger aquela que amo, até o fim de minha vida. Após aquilo acontecer, passamos longos segundos nos encarando, sorrindo...Era algo novo para ambos, algo que, pelo menos eu, nunca achei que experimentaria com a dona do meu coração.
- Eu te amo...- Disse ela, com seus olhos brilhantes, lacrimejando.
- Eu também te amo, Elizabeth...- A abracei. Queria continuar sentindo seu calor em meu corpo. Senti suas mãos me abraçando de volta.
Ela desatou a chorar, em meu peito. Ela chorava, encharcando os lençóis e meu peito.
- Lize...?
- Eu...Tô muito feliz...Muito mesmo...Obrigada...Obrigada por nunca me abandonar! - Brandava, Lize entre lágrimas.
- Eu...também...Obrigado, obrigado por ainda me amar...Obrigado por me esperar por tantos anos...Obrigado por ter ficado nesse mundo sujo e horroroso...- Não segurei, comecei a liberar as lágrimas, enquanto a agarrava mais forte, como se tentasse protegê-la de algo que não existe.
Ela chorou por um longo tempo, até apagar em meus braços...Fiquei a noite toda acordado...Fazia carinho em seu cabelo e costas, como se ainda precisasse acalmá-la. Seu rosto, muito vermelho, devido ao choro...Seu corpo, colado ao meu, me fazia lembrar das cenas de poucas horas atrás...Como essa pessoa, que nem viva está, podia causar toda essa alegria em mim? A resposta, não sabia, talvez, seja apenas amor...Afinal, dizem que amor, é você querer ver esse alguém que ama, feliz...Quando ela sorri, sorrio também...Quando ela chora, desato a chorar junto...Isso, deve ser o tão sonhado amor que tanto falam.  Não sei dizer, afinal, Lize é e sempre será o meu primeiro amor e é com ela, que quero aprender a amar. Depois de muito tempo, meus olhos começaram a ficar pesados, sem se importar com a luz do dia que estava começando, fechei meus olhos, pronto para descansar, mesmo que fossem algumas poucas horas.

Five Nights At Freddy's: I am alive. (Livro Descontinuado, Leia Por Sua Conta)Onde histórias criam vida. Descubra agora