Capítulo 7

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Uma de suas mãos pressiona minha cintura com uma certa força para trás. Separo meus lábios dos seus e franzo minhas sobrancelhas, por que ele está me afastando?

-O que?  - simplesmente pergunto, vendo-o pressionar seus lábios um contra o outro.

-Eu preciso ir no banheiro – ele responde. Respiro fundo antes de sair de cima de seu colo, voltando a me sentar no sofá vazio agora.

Ele se levanta sem dizer nada e caminha em direção a algum lugar que eu não sei bem aonde vai dar.

Eu não sei se ele realmente foi ao banheiro ou ele me largou aqui porque cansou. É claro que ele me largou aqui. É olhar para o rosto dele e é óbvio que ele jamais gastaria mais de três minutos com uma garota.

Me levanto, decida a sair dessa área vip de merda, e faço meu caminho até a entrada da área, onde há um lance de escadas em caracol, que não acho que seja seguro eu descer sozinha.

Olho para baixo e a escada parece girar a minha frente. Me amaldiçoo por ter bebido tanto.

Bufo e levo meus dedos até o corrimão. Piso no primeiro degrau e nada acontece. Piso no segundo e sinto meu peso desequilibrar meu corpo para o lado.

Inferno.Inferno.Inferno. Eu quero ir embora.

-Quer ajuda donzela? – a voz de minha colega soa pelos meus ouvidos como música. Katherine sorri divertida com a minha situação da ponta da escada.

-Acho melhor não, se você subir, nós duas não vamos conseguir descer. –rio

-Bobagem – ela diz e sobe os degraus tão rápido que me assusta.  – Vamos – ela me ergue sua mão e eu a seguro.

XxX

-Como você me achou? – digo enquanto Katherine abre a porta do carro.

-Não achei, eu só estava olhando envolta e vi você – ela ri e me sento ao seu lado no banco de carona.

-E os seus amigos? – pergunto e ela dá de ombros

–Por aí. – ela responde

Depois que ela havia me ajudado a descer os degraus, Katherine me levou ao banheiro devido ao meu enjoo. E como previsto, eu vomitei acho que todo o álcool ingerido, me deixando um pouco mais sóbria, mas muito mais cansada.

-Você sabia que aquela área é somente para aquele pessoal que nós detestamos? – Katherine da partida no carro.

Apesar de sua voz ser calma e doce, sinto um pouco de ressentimento em suas palavras.

-Eles não são tão ruins assim – digo me lembrando de algumas pessoas – Mas alguns não muito bacanas mesmo – a silhueta loira de Rebecca vem à mente –Aquela ridícula demente – minhas palavras pulam de minha boca sem pedirem permissão.

Katherine e me olha como se eu fosse algum tipo de louca.

-De quem você está falando? – ela pergunta, virando em uma outra rua.

-Rebecca, a vadia – rio e Katherine me acompanha

O carro desacelera conforme chega perto da faixa de pedestres, com o sinal do semáforo vermelho.

 A rua está vazia, e não passa nenhum carro a nossa frente.

-Não sei nem porque eu parei o carro. Neste horário é tudo deserto. – Ela diz mais para si mesma do que para mim.

Não retruco sua atitude, e vejo ela acelerar o carro ainda com a luz vermelha acessa no semáforo.

Katherine tira uma das mãos do volante e liga o som, deixando uma música alternativa tocando.

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