Uma de suas mãos pressiona minha cintura com uma certa força para trás. Separo meus lábios dos seus e franzo minhas sobrancelhas, por que ele está me afastando?
-O que? - simplesmente pergunto, vendo-o pressionar seus lábios um contra o outro.
-Eu preciso ir no banheiro – ele responde. Respiro fundo antes de sair de cima de seu colo, voltando a me sentar no sofá vazio agora.
Ele se levanta sem dizer nada e caminha em direção a algum lugar que eu não sei bem aonde vai dar.
Eu não sei se ele realmente foi ao banheiro ou ele me largou aqui porque cansou. É claro que ele me largou aqui. É olhar para o rosto dele e é óbvio que ele jamais gastaria mais de três minutos com uma garota.
Me levanto, decida a sair dessa área vip de merda, e faço meu caminho até a entrada da área, onde há um lance de escadas em caracol, que não acho que seja seguro eu descer sozinha.
Olho para baixo e a escada parece girar a minha frente. Me amaldiçoo por ter bebido tanto.
Bufo e levo meus dedos até o corrimão. Piso no primeiro degrau e nada acontece. Piso no segundo e sinto meu peso desequilibrar meu corpo para o lado.
Inferno.Inferno.Inferno. Eu quero ir embora.
-Quer ajuda donzela? – a voz de minha colega soa pelos meus ouvidos como música. Katherine sorri divertida com a minha situação da ponta da escada.
-Acho melhor não, se você subir, nós duas não vamos conseguir descer. –rio
-Bobagem – ela diz e sobe os degraus tão rápido que me assusta. – Vamos – ela me ergue sua mão e eu a seguro.
XxX
-Como você me achou? – digo enquanto Katherine abre a porta do carro.
-Não achei, eu só estava olhando envolta e vi você – ela ri e me sento ao seu lado no banco de carona.
-E os seus amigos? – pergunto e ela dá de ombros
–Por aí. – ela responde
Depois que ela havia me ajudado a descer os degraus, Katherine me levou ao banheiro devido ao meu enjoo. E como previsto, eu vomitei acho que todo o álcool ingerido, me deixando um pouco mais sóbria, mas muito mais cansada.
-Você sabia que aquela área é somente para aquele pessoal que nós detestamos? – Katherine da partida no carro.
Apesar de sua voz ser calma e doce, sinto um pouco de ressentimento em suas palavras.
-Eles não são tão ruins assim – digo me lembrando de algumas pessoas – Mas alguns não muito bacanas mesmo – a silhueta loira de Rebecca vem à mente –Aquela ridícula demente – minhas palavras pulam de minha boca sem pedirem permissão.
Katherine e me olha como se eu fosse algum tipo de louca.
-De quem você está falando? – ela pergunta, virando em uma outra rua.
-Rebecca, a vadia – rio e Katherine me acompanha
O carro desacelera conforme chega perto da faixa de pedestres, com o sinal do semáforo vermelho.
A rua está vazia, e não passa nenhum carro a nossa frente.
-Não sei nem porque eu parei o carro. Neste horário é tudo deserto. – Ela diz mais para si mesma do que para mim.
Não retruco sua atitude, e vejo ela acelerar o carro ainda com a luz vermelha acessa no semáforo.
Katherine tira uma das mãos do volante e liga o som, deixando uma música alternativa tocando.
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De volta
Teen FictionBela, uma garota que sofre com a morte de sua mãe, volta para casa nos EUA. Seu pai, de casamento marcado com uma nova mulher lhe assusta, mas sua vida não muda até quando ela conhece seus novos colegas de escola, sentindo um choque pela diferença...