Capítulo 24

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A língua da minha mãe está igual a esse almoço, parece que nunca tem fim. Já estou me sentindo mal por ter submetido a minha diabinha a esse encontro nada agradável, meu pai ao invés de assumir a postura de homem continua sendo o mesmo pau mandado de sempre.

A forma como a minha mãe fala com o garçom mostra o quanto ela está ainda mais arrogante do que antes. Posso imaginar como a Bárbara está por dentro, ela odeia esse tipo de coisa, para ela todos devem ser tratados da mesma maneira independente da classe social.

-Mas vocês estão morando juntos? -minha mãe indaga surpresa.

-Nós já morávamos juntos antes de começar o nosso relacionamento. -digo.

-Como assim vocês já moravam juntos? Isso é errado. -falou a moralista.

-Eu me hospedei na casa dela e do Lorenzo, o fato de estarmos morando juntos não é porque juntamos as escovas de dentes como marido e mulher, mas sim por estarmos debaixo do mesmo teto. -tento explicar.

-É bom que já vai fazendo o teste drive né filhão. -meu pai fala piscando o olho.

-Não pai, não estou fazendo nenhum tipo de teste, estamos juntos definitivamente.

Estou admirado com o controle que a Bárbara está mantendo sobre si mesma, eu já estou a ponto de mandar os dois de volta para o avião. Espero nunca mais ter que passar por essa situação, estou rezando internamente para eles tirarem mais uns 10 anos de férias, bem longe de mim.

-Então você divide uma casa com seu irmão? -minha mãe pergunta para a Bárbara, ela pensa um pouco antes de responder e solta.

-Não dividimos nada pois entre eu e o meu irmão não existe essa divisão, apenas compartilhamos o mesmo teto. A casa é enorme, com mais de 6 quartos, piscina, campo de futebol e até uma academia a nossa disposição, então não considero que isso seja uma divisão, moramos juntos porque nos amamos e não porque precisamos. -caralho estou batendo palmas internamente para a minha diabinha.

-Compreendo. -minha mãe diz totalmente sem graça.

Meu pai pela primeira vez na vida resolveu mudar de assunto e começou a falar sobre futebol, para a surpresa deles Bárbara também entrou no assunto. Essa mulher é igual aquele comercial do Bombril mil e uma utilidades, seja qual for o assunto ela consegue dominar com maestria.
Além de amar e admirar essa mulher, eu ainda tenho muito orgulho do seu caráter, ela possui dinheiro o suficiente para colocar a minha mãe no chinelo, mas ainda assim age com toda humildade, além de continuar trabalhando incansavelmente, mesmo sem precisar. Já minha mãe era pobre, casou com meu pai que é herdeiro de uma multinacional e hoje em dia vive como se fosse uma rainha.

Eu acho que meu pai sempre foi um safado, daqueles tipos que gosta de torrar a grana sem precisar trabalhar. Hoje em dia meu tio que administra a empresa e deposita um valor mensal bem alto para o meu pai, acho que ele faz isso apenas para não ter o desprazer em vê-lo na empresa, nem posso julgar ele por isso, acho que faria a mesma coisa.

Ela é tarja pretaOnde histórias criam vida. Descubra agora