Capítulo 30

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Acordo no dia seguinte desorientada, com um peso no peito e uma imensa vontade de chorar. Aos poucos vou voltando a realidade e me lembro da noite anterior, sinto novamente daquelas mãos imundas do Adam me segurando com força e logo após o olhar perdido do Romeo.

-NÃO! -grito para afastar esses pensamentos mas acabo acordando o Romeo.

-Ei calma, eu estou aqui com você. -ele diz e me abraça forte.

Fico toda encolhida em seus braços, nunca senti tanto medo em minha vida, não sei explicar qual foi a pior sensação, só sei que não quero passar por nada do tipo novamente. Passam alguns minutos até eu me sentir melhor e finalmente consiguir sentar na cama.

-Está melhor? -Romeo pergunta todo preocupado, totalmente diferente de ontem.

-Sim.

-O que acha da gente ir para a casa de campo hoje?

-Não posso, tenho muito trabalho na agência.

-Bárbara você não vai trabalhar hoje, isso é inegociável. -ele afirma.

-Mas... -tento rebater mas ele me impede.

-Qual a parte do inegociável você não entendeu? Você não vai trabalhar hoje e ponto final. Eu também não irei e pretendo passar o dia inteiro com você, então sua única opção é decidir se quer ficar aqui ou ir para a casa de campo, o que você escolhe?

-Hoje é quinta, vamos trabalhar hoje e amanhã, aí depois do expediente podemos ir. Não vou conseguir relaxar e ficar tranquila sabendo que tem muito trabalho a ser feito. -digo mas nem sei se conseguirei trabalhar realmente.

-Aqui ou na casa de campo? -ele insiste e já vi que vai ser impossível convencê-lo do contrário.

-Aqui!

-Por que aqui? -ele pergunta confuso.

-Porque irei ligar para as meninas e pedir para me enviarem o máximo de coisas que dê para mim trabalhar daqui de casa, e amanhã a gente vê o que fazemos. -digo levantando.

Eu até queria realmente ir para a casa de campo e permanecer por lá até minha paz de espírito voltar, porém seria injusto com todo mundo que tem dado o sangue pela nova agência. Por isso vou trabalhar de casa no que der e amanhã com a mente menos pesada irei com ele para a casa de campo.

-Você deveria ser advogada. -ele diz levantando e indo até o banheiro.

Até cheguei a cogitar essa hipótese no passado, mas logo me dei conta que sou doida demais para representar alguém em um tribunal, sem dúvidas iria a falência. É muito mais fácil ser persuasiva do lado de fora de um tribunal, fora que decorar códigos penais deve ser um saco.

Ouço o barulho do chuveiro e rapidamente retiro minhas roupas e corro para entrar no banho junto com o meu ruivinho. Não quero fazer nada, apenas realmente tomar um banho e me livrar dessa sensação de estar suja, como se as mãos daquele idiota tivessem me marcado com algo imundo.

Ela é tarja pretaOnde histórias criam vida. Descubra agora