Capítulo 51

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Misericórdia que absurdo mais gostoso da vida, estou comendo goiabada com vinagre com uma vontade que não é de Deus

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Misericórdia que absurdo mais gostoso da vida, estou comendo goiabada com vinagre com uma vontade que não é de Deus. Depois de rodarmos por quase toda a Itália atrás dessa deliciosa goiabada, eu finalmente me sinto realizada, esse negócio de desejo é real mesmo, juro que achei que era apenas historinhas de mulheres prenhas.

O Romeo coitado já estava enlouquecendo comigo gritando dentro do carro, mas eu juro que o desejo de comer era mais forte que eu. Jamais que eu iria agir da forma que estava agindo se estivesse no meu juízo perfeito (se bem que faz tempo que não tenho isso). Mas o que importa é que agora estou calminha enchendo meu bucho.

-Já não chega de comer isso? Pode fazer mau para o bebê. -Romeo pergunta todo preocupado, ele consegue ficar ainda mais lindo no modo pai.

-Só mais um pouquinho. -digo com a boca cheia e os olhos brilhando.

São quase quatro da manhã e estamos sentados na calçada, eu que não iria esperar chegar em casa para comer. Sentei no chão mesmo, não estou nem aí se vão me ver nesse meu momento nada bonito, quero é comer e matar esse desejo absurdo e descontrolado, mas nem tudo é flores, após eu comer quase tudo o que aconteceu? Eu vomitei a porra toda.

Horas de gritaria, correria e desespero para acabar assim, agora só me resta chorar. Estou inconformada que coloquei tudo para fora, eu demorei tanto para conseguir comer e agora tudo se foi. Choro mesmo, estou triste, cansada e puta pra caralho, por que isso tinha que acontecer?

-Bárbara acho melhor irmos em algum hospital, essa mistura doida pode ter feito mau para você. -Romeo continua preocupado, enquanto eu só sei chorar.

-Eu quero a minha casa e a minha cama. Nosso bebê não me ama, eu dei o que ele queria e olha o que ele fez, estou magoada com ele. -digo me levantando em soluço.

-Meu amor isso não é culpa dele.

-Ah não? Então é minha? Me leva para casa por favor.

-Vamos para o hospital, eu não vou ter paz enquanto não ter certeza de que está tudo bem com vocês.

E lá fomos nós para o hospital, Romeo fez um estardalhaço a toa, a médica que estava de plantão disse que isso é super normal. Pelo que entendi desejo é realmente isso, a gente come até não dar mais e depois coloca tudo para fora, odiei esse negócio de desejo, não quero mais sentir isso.

Enfim depois de todo esse sofrimento chegamos em casa já de manhã, disposição para ir trabalhar está passando bem longe de mim nesse momento. Tudo que eu queria era tomar banho e me jogar na minha cama, mas apesar de ter nascido rica e linda (modesta parte) existem pessoas que dependem de mim, e se tem algo que prezo nessa vida é honrar com os meus compromissos.

-Eu jurava que vocês iriam chegar hoje com um sorriso de orelha a orelha, o que houve que vocês estão com essas caras de mortos e com roupas de dormir? -Sophia pergunta assim que nós vê entrando em casa.

Ela é tarja pretaOnde histórias criam vida. Descubra agora