Capítulo 4 - Red Night

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POV THALIA

Depois do jantar me arrumei como uma verdadeira filha de Zeus. Vestido longo decotado azul escuro cintilante que deixaria qualquer homem com olhos brilhando e o amiguinho animado.

Esperei todos irem dormir e desci descalço, na ponta dos pés para não fazer barulho.

Não que eu tivesse medo do meu pai ou da megera da Hera, mas explicações era algo que eu não queria dar esta noite.

Nos fundos, Luke me esperava visivelmente irritado e impaciente. Ele me analisou de cima a baixo umas três vezes.

- tem uma ruga bem ai no meio da sua testa. – digo sorrindo. – prefiro pensar que é porque você nunca me viu tão linda e não porque quer saber o porque de eu estar tão linda.

Em toda sua sinceridade Luke respondeu abrindo a porta de trás pra mim.

- os dois, eu acho.

Isso me deixou levemente surpresa, não respondi nada além do meu sorriso ao entrar no carro.

Luke entrou e nos conduziu para fora da mansão. Dei as coordenadas para ele que falou pouco, mas não parava de me olhar pelo retrovisor.

- Cristo! O que foi? – falo já de saco cheio.

- se eu perguntar você vai me dizer?

- bem... não.

- então vou continuar te olhando assim, já que me fez sair no meio da noite numa segunda feira com todo esse mistério irritante.

- você trabalha pro meu pai a vida toda, deveria estar acostumado a manter a boca fechada.

- eu só espero que você não esteja se metendo nos negócios do seu pai. – diz como um irmão mais velho. Viro o rosto para a janela. – você não está, está? – não respondo e quase posso ouvir seu trincar de dentes. – Thalia.

- Não! Ok? Não estou fazendo nada de errado. Só indo a um encontro escondida.

- e porque escondida?

Sorrio para ele, um sorriso de cobra como de Hera.

- porque é mais divertido?

Ele fecha ainda mais a cara.

- isso é perigoso. Você nem conhece o cara?

Fico impressionada como ele realmente parece preocupado.

- parcialmente. O vi uma vez em uma boate no centro, trocamos mensagens e aqui estamos. – digo simplista e é tudo verdade. – eu só quero algo diferente.

- você é inacreditável Thalia. Isso é perigoso. Seu pai tem muitos inimigos, alguns deles poderiam...

- ele não é um mafioso se quer saber. – solto já de saco cheio. – e você não precisa se preocupar comigo, sei me defender.

O olhar de Luke fica duro no meu pelo retrovisor. Entramos no estacionamento do Motel de beira de estrada, quase saindo da cidade, já deveria passar da meia noite.

- é, parece que você pode precisar dos seus dons de auto-defesa. – diz ele de mau gosto ao encarar o motel.

O ignorei. Ele parou em um canto afastado, no fim do lugar, longe dos postes de luz o que provavelmente era um ótimo disfarce. Luke sabia como essas coisas funcionavam.

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