Capítulo 3 - Plot

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POV ANNABEH

Estranho. O cara novo, era estranho.

Desde o momento em que olhei para ele e seus olhos verdes brilharam para mim eu sabia que era encrenca.

Ele era errado. E agora eu sabia porquê.

Perseu Jackson, filho de Poseidon e meu tio de sei la quantos graus.

Um arrepio me passou pela espinha enquanto o fitava reencontrar Thalia e Luke.

Não havia como eu reconhece-lo, já que nunca o conheci. Quando voltamos para cá ele já havia ido embora com o pai, deixando a pobre mãe nas mãos daquele crápula.

Não fiz questão nenhuma de me aproximar dele, ou qualquer outra pessoa daquela família. Thalia e Luke já era o suficiente, e ninguém considerava Luke daquela família mesmo.

Graças a Deus!

Mas, que droga, ele continuava terrivelmente bonito e quando sorriu ao ver Percy fez todos meus ossos parecerem gelatina. Eu me odiava por sentir isso.

Luke e eu tivemos nosso momento no passado, mas... bom, não deu certo. Ainda éramos amigos, mas era complicado.

- você ainda gosta dele, né? – Thalia diz me trazendo de volta a nossa refeição.

Nem havia percebido que estava encarando o sedan preto pela janela a distância.

- não sei se "gostar" define. – digo em um suspiro que soa triste até para mim mesma.

Thalia aperta os lábios.

- você deveria falar pra ele. – indica.

- não temos mais nada a falar sobre isso.

- se estão assim, significa que ainda não estão resolvidos, o que também significa que vocês têm que conversar e resolver.

Thalia poderia ser filha de quem era, mas ainda era minha melhor amiga.

Respiro fundo.

- não acho que ele tenha problema algum.

- mas você claramente tem.

- não deveria ser um problema, não é? – solto o garfo um pouco irritada demais.

Thalia amolece o olhar em mim.

- Luke é um desgraçado irritante pra mim, mas com você... ele entende Annie. Converse com ele.

Fico a olhando e pensando como é que ela conseguia ter tantas personalidades.

- além disso, vi ele hoje de manhã sem camisa. E com todo respeito amiga, eu quase achei elegostoso. Mas ai vi o rosto e lembrei de quem era. – ela força um arrepio de nojo me fazendo rir.

- você é terrível. – balanço a cabeça.

- é o que dizem. – ela da nos ombros indiferente.

Thalia era uma pessoa diferente, mas não necessariamente ruim. Ela me fazia acreditar parcialmentena família.

Assim que sentei na minha mesa forçando indiferença, aqueles olhos verdes se voltaram para mim, na verdade acho que estavam em mim desde que entrei na delegacia.

Demorou até demais para ele perguntar:

- então você é amiga da Thalia Grace?

Bufo girando a caneta na mesa.

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