Ode à poesia morta.

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por onde andas aquela poesia

declamada nas esquinas

que fazia flor

nascer no meio da rua?

por onde andas aquela poesia?

por onde andas aquela poesia

que o jovem rapaz

faz sem

medo das críticas,

dos aborrecimentos daqueles

que nela não sentem paz?

por andas aquela poesia?

por andas aquela poesia

que o senhor fez para sua amada

nos tempos da mocidade

e não sente vergonha

de mostrar para a molecada?

por onde andas aquela poesia?

por onde andas aquela poesia

que batia no peito

entrava na alma

e levava direto

a um encontro comigo mesmo?

por onde andas aquela poesia?

por onde andas aquela poesia

que era estudada durante séculos

jamais esquecida

pelos avós

e passada para os netos?

por onde andas aquela poesia?

por onde andas

que não ouço

sendo declamada nos bares

nas formaturas

nas festas tradicionais?

por onde andas?

por onde andas

aqueles que com coragem

batem no peito

e levantam sua bandeira

sem medo do que vão dizer?

por onde andas?

por onde andas

aquela poesia simples

mas com grande toque

de sensibilidade,

que fala de quem lê

mais do que de quem escreve,

aquela feita pelo poeta,

mas feita para o leitor?

por onde andas?

por andas aquela poesia?
 
 
Escrito por PoetryTekis.
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