Na parede escura,
no reflexo do espelho,
o tique-taque do relógio,
junto a melodia do
Tempo
que se esvai
sem eu pensar
que se passou tanto tempo.
O som que bate a janela,
persistente,
é o tempo
que vem me alertar,
que é escasso o tempo
que ainda o tenho.
As cortinas balançando
no balanço do
Vento
que varre sem pretensão:
as folhas do quintal lá fora,
os jornais deixados na rua,
a pipa que se prendeu num
limoeiro,a mão que se desprendeu da outra,
o destino preso no tempo.
Nada mais pertubante,
que o som e o tempo
me lembrando,
a cada vez que o ponteiro gira,
que não nos resta tanto tempo assim
para escolhermos
entre sermos infinitos
ou somente passageiros.
• Escrito por Gessica Souza.
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a poesia que existe em todos nós
PoetryUma coletânea dos mais puros poemas dos mais diversos autores. Este é um projeto para tentar dar visibilidade à outros poetas incríveis que andavam escondidos. Se você escreve e quer ter um poema seu aqui, leia a introdução. Caso você só leia, incen...