Crush

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Can’t live without your love inside me now, I’ll find a way to slip into your skin somehow.

- Muito bem, vou assinar a alta de vocês mas não pense que vão se livrar assim de mim, quero o Roger fazendo ressonância a cada 6 meses para ver essa questão crônica dele, ok?

Doutor Jones preenchia as últimas lacunas das altas de John e Roger, tinha se passado mais ou menos duas semanas desde que Roger tinha acordado.

- Tudo bem, vamos fazer tudo certinho.
Roger falou terminando de se arrumar junto com John.

- Onde os meninos estão?
Questionou Roger.

- Lá na saída eu acho, esperando pela gente.
Explicou John.

Os sons dos papéis sendo destacados ecoaram no quarto, e Jones passou a alta para os dois.

- Façam uma boa e segura viagem dessa vez.
Jones sorriu, e os meninos fizeram o mesmo.

- Obrigado.
Falaram os dois em uníssono.

De mãos dadas foram até a saída, não podiam estar mais felizes da vida.

- Até que nem demorou tanto assim.
Freddie falou.

- Já marcamos as passagens, só irmos para a estação.
Brian disse.

- Vamos então.

John e Roger carregavam suas malas até o trem, Freddie e Brian foram resolver os vistos das passagens, John sentou perto da janela e Roger sentou na sua frente.

- Quer ir morar comigo?
Perguntou Roger fazendo John lhe dar um olhar de espanto.

- Você aguentaria?
John sorri.

- A gente se aguentou todo esse tempo, por que não?
Roger deu de ombros. - E também tem a questão de não ficar só por causa das convulsões...
Roger parecia triste agora.

- Ei...
John roçou sua perna na de Roger. - Eu vou amar morar com você, estou honrado, de verdade.
John sorria para o loiro a sua frente.

Do nada Freddie e Brian chegaram se jogando nas poltronas do trem.

- Vamos para casa!
Freddie falou alto, chamando atenção no trem, e os outros três riram.

| 7 meses depois |

John já tinha se mudado para a casa de Roger, o que não foi nada fácil conciliar a vida nova e tudo novo.
Passaram por discussões mas tudo resolvido na base do diálogo, os dois preservavam muito isso.
John continuava na loja com Freddie e Roger voltou ao trabalho de professor de biologia, sempre se esforçando pelos seus alunos.

- Você não colocou as torradas nas compras de propósito não foi?
John fazia cosquinhas no Roger encima da cama, já estava noite e os dois estavam só de cueca, prontos para irem dormir.

- Pare senão eu vou fazer xixi na cama!
Roger já estava vermelho e John finalmente parou, fazendo o loiro sair da cama e ir tomar seu anticompulsivo.

-Muito bem, esse é meu bebê!
John falou da cama, encostado na parede.

Tomando o remédio, Roger voltou para a cama e se jogou de bruços na mesma.

- Não sei você mas eu estou morto!
Roger ficava de lado para John agora.
- Foram dias muito corridos.

Os dois estavam deitados de frente um pro outro.

- Não deu pra ficar entediado, com certeza.
John resenhou.

- Essa é nossa vida agora? O novo normal?
Questionou Roger.

- Já vi normais bem piores.
John deu um sorriso rápido.

- Você não liga para isso? Os remédios, as ressonâncias e tudo mais?

- Eu nunca imaginaria que isso iria acontecer, nos não tivemos escolhas sobre isso, mas eu escolhi estar com você acima disso tudo.

Roger abriu um sorriso.

- Mas pensando bem eu não tive escolha, quando aquele loirinho entrou na loja, e uma voz na minha cabeça disse: " Faça o que for preciso, mas fale com ele."

Os dois se olhavam sorrindo, e Roger deu um selinho em John, e o mesmo parecia meio nervoso.

- O que foi?
Roger perguntou se distanciando do selinho.

John se levantou e Roger fez o mesmo.

- É o seguinte...
John começou. - Todos nós precisamos aceitar os mesmo termos e condições, todo dia, coisas vão acontever com você algumas delas vão ser boas e outras vão ser ruins, não podemos escolher o que acontece, mas escolhemos como lidar com tudo.

John respirou fundo e saiu da cama indo para debaixo da mesma puxando uma caixa média.

- Tenho pensado muito em todas as coisas que aconteceu com nós dois nesses meses juntos, não vou mentir, algumas vezes é assustador, outras excitantes...
John se encaminhava para sentar na cama de novo.
- Tem sido enlouquecedor...esclarecedor...confuso... e sempre imprevisível. Porém acho que não houve nenhum dia em que não ouvi aquela voz na minha cabeça dizendo: " Faça o que for preciso, mas não deixe ele escapar."

Os olhos de Roger estavam cheios de lágrimas, os dois estavam sentados frente a frente na cama.

John respirou fundo e nervoso e abriu a caixa média de metal, tirando uma baixinha pequena preta de lá, Roger ao ver aquilo se espantou.
John abriu a caixinha e dentro tinha uma aliança, Roger ficou totalmente em choque.

- Roger Meddows Taylor, que casar comigo?
John olhava Roger fixamente, e o mesmo já chorando tinha sua boca em formato de "O" agora.
Roger tinha uma expressão de choque e ao mesmo tempo confuso.

- Meu deus...meu deus eu não acredito.
Roger falou em choque, sorrindo.

- O quê?
John fez uma cara de confuso.

Roger foi no criado mudo perto da cama e tirou uma caixinha preta de lá, e John ao ver aquilo entendeu tudo.

- John Richard Deacon, quer se casar comigo?
Agora era a vez da boca do John fazer um "O".

- Quero mais que tudo!
John estava radiante, sem nem acreditar naquilo.

Roger tirou a aliança da caixinha e colocou no dedo de John.

- E você?
John perguntou.

- Todos os dias da minha vida.
Roger chorava e sorria ao mesmo tempo.

John tirou a aliança da caixinha e colocou no dedo do Roger.
Os dois caíram na cama aos beijos e abraços apertados, cheios de amor.

𝘤𝘪𝘨𝘢𝘳𝘦𝘵𝘵𝘦𝘴 𝘢𝘧𝘵𝘦𝘳 𝘴𝘦𝘹 ─ dealor Onde histórias criam vida. Descubra agora