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Niall não me deixou cozinhar nem sair do quarto, só podia ir à casa de banho. Oiço os metais das panelas a tilintarem uns nos outros, mas não consigo descobrir o que vai fazer. Como ele vai demorar, pego nos meus livros e dou uma revisão na matéria que avançámos.

"Violet?" Niall grita da sala.

Arrumo os livros e tudo o que tirei do sítio, ajeito a cama e saio do quarto. Um cheiro a lasanha acabadinha de fazer invade todas as divisões do apartamento, conquistou-me por completo. Caminho até à sala e vejo a mesa devidamente posta, uma garrafa de vinho tinto dentro de uma bandeja e um tabuleiro médio com queijo ainda a formar bolhas de tão quente que está.

Sento-me na mesa e Niall senta-se à minha frente depois de me puxar a cadeira. Trinco o lábio involuntariamente, ele fez tudo de forna cuidadosa.

"Niall, não podes fazer esforços!" Eu repreendo-o ao olhar para o tabuleiro que deve estar pesado.

"Não estou inválido." A sua perna roça na minha e eu afasto-a. "Vinho?"

Assinto e estendo o meu copo alto para que Niall possa enchê-lo de vinho tinto. Os meus pais tinham um ataque de coração se me vissem a beber vinho, normalmente queixo-me do cheiro, mas hoje não tenho vontade de o fazer.

"Pára de trincar o lábio." Niall pede com os seus olhos a escurecerem gradualmente. "Tenho vontade de te foder sempre que o trincas."

"Ohh." Murmuro.

Começamos a jantar num silêncio confortável, mas mesmo assim as palavras de Niall não me saem da cabeça. Nunca pensei em algo do género, mas a verdade é que tenho uma vontade enorme que ele me puxe para o quarto e faça o que quiser comigo.

É a quinta vez que o meu copo se enche e eu já estou alegre, Niall continua sóbrio. Relembro o episódio do bar em que ele pediu quatro Vodkas e mesmo assim continuava bem, é preciso muito para ele se embebedar, em comparação comigo.

"Se o teu objetivo é embebedar-me, estás a conseguir." Eu rio e ele olha-me.

"Não vais beber mais." Ele ri também e tira a garrafa da minha frente.

Levanto-me do meu lugar após várias tentativas de retirar a garrafa de tinto a Niall, sento-me no seu colo e agarro a garrafa. Que se lixe a garrafa, pouso-a novamente no chão e beijo-o. A sua língua luta com a minha por liderança, mas eu não cedo.

Puxo a sua camisola preta para cima e passo os meus dedos indicadores pelos seus abdominais. Retiro cuidadosamente a camisola para não o magoar no ombro e beijo-o. Os nossos narizes roçam um no outro e os nossos olhos fecham-se automaticamente.

"Tu estás bêbeda." Niall diz com os seus lábios nos meus.

"Tecnicamente, eu não estou bêbeda." Digo séria. "Estou só um bocadinho alegre."

Eu sei que não estou totalmente bêbeda, não bebi assim tanto para o estar, mas o excesso de vinho que tenho dentro de mim faz-me ter pensamentos impróprios em relação a Niall.

Levanto-me e puxo-o, junto o seu corpo ao meu e as suas mãos viajam pelo meu corpo, apertando as minhas coxas. Solto um suspiro longo e ele sorri enquanto viaja a sua língua pelo meu pescoço.

As minhas costas embatem contra a parede e Niall pressiona o seu corpo contra o meu. Enfio as minhas mãos nos bolsos de trás das suas calças e tiro de lá algo. Olho para o pequeno pacote prateado que agora está nas minhas mãos e ele sorri para mim.

"Sempre preparado." Eu ironizo.

"Nunca se sabe se podia acontecer no carro." Ele volta a beijar-me.

Ice Bullet |Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora