Dia 2

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  - Que lugar é esse? - perguntou Pietra.
  - Eu ia perguntar isso agora. - respondeu Phillip.

  Os gêmeos ficaram extremamente confusos com o estava acontecendo. Olhavam para os lados a procura de algo familiar: nome da rua, alguma loja que havia por ali, casas ou alguém conhecido, porém não acharam nada. O desespero tomou conta dos gêmeos. Até serem surpreendidos por gritos de um homem que estava andando em uma carruagem. Dizia-lhes para que saíssem do caminho, quase atropelando Pietra. Para evitar isso, seu irmão puxou-a pelo braço e jogando a gêmea em cima dele, fazendo com que ambos fossem ao chão.

  No momento da queda, o mesmo silêncio que pairou antes, reinara novamente. Quando sentiram o impacto, ouviram sons de buzinas, carros derrapando e gritos de pessoas os mandando sair da rua. Olharam em volta e viram que estavam na rua aonde ocorrera o assalto.
   
    - Voltamos???- gritou Pietra.
    - Acho que sim. - respondeu Phillip olhando para os lados.

  Após se recuperarem do susto, vão para casa. Chegando em casa, os gêmeos acordam que não falarão sobre para seus pais e nem seus amigos. Ao adentrar em sua residência, eles notam que algo diferente está acontecendo, porém não sabiam o que. Vão para seus quartos e olham para nos relógios. Está marcando o horário em que eles, geralmente, estão chegando da escola, porém a data é outra. Está marcando dia dois de janeiro. Isso os assusta de imediato.
  
   - No seu calendário está marcando dia dois também?- pergunta desesperadamente o irmão ao chegar no quarto.
   - Está sim. O que aconteceu? Ficamos um dia inteiro fora de casa? Cadê nossos pais? - pergunta a irmã já se ofegando e despero também.

  Ao ver que o desespero não iria ajudá-los em nada, Phillip resolve se sentar no chão, pegar um caderno que estava por perto, uma lápis e começa a escrever, em ordem, o que aconteceu com eles. Ao ver isso, Pietra se senta do lado dele e o ajudo. Eles começaram a ficar mais confusos do que estavam antes e começam e fazer mais e mais perguntas sobre o ocorrido. O que eles mais perguntavam era aonde seus pais estavam. Porém, essa pergunta foi respondia nos instantes seguintes pelos pais deles que chegaram em casa.

   - Crianças, já chegaram? - gritou Megie.
   - Desçam aqui, tenho algo para mostrar a vocês! - completou Cherlie.

  Os irmãos desceram a foram de encontro à seus pais. Ao chegarem na sala, se deparam com seu pai segurando um jornal. De início não entenderam o que estava acontecendo. Então seus pais leram o que estava escrito na manchete.
  
  "Estudante afirma que achou um diário de sua tataravó, no qual a mesma afirma ter visto dois jovens com roupas estranhas aparecerem no meio da rua, no dia 01/01/1905:  "Eles eram do futuro. Temos certeza"
  
  Charlie e Megie riram do que acabara de ser lido. Diferente de seus pais, eles não riram nem um pouco. Se olharam com os olhos arregalados, como se tivessem visto um fantasma Era capaz de ver o suor gélido que descia lentamente pelo rosto deles. O medo consumiu os gêmeos de imediato, a ponto de seus pais perceberem isso e perguntarem o que aconteceu.

  - Não aconteceu nada! - disse Phillip dando um riso sem graça.
   - Nós só nos surpreendemos com isso. Pois haviamos falado disso mais cedo. Agora vocês falaram também. Tivemos um "dejavi"- completou Pietra rindo, tentando completar o que o irmão falou, para disfarçar.
Seus pais "engoliram" a história que os gêmeos inventaram.

  Após aquilo, a família Martinez sentou-se à mesa para jantarem juntos, como faziam todos os dias. Outro custume que tinham era o de darem as mãos e agradecerem a Deus pela refeição. Era sempre da mesma forma: Charlie fazia os agradecimentos, em seguida todos diziam "amém". Porém, dessa vez foi diferente para os gêmeos. Pietra a Philip ficam sentados um ao lado do outro. Phillip segura uma das mãos de sua mãe; Pietra segura uma das mãos de seu pai.

  No instante em que fecham os olhos, os irmãos sentem que não estão mais à mesa. Tinham medo que aquilo havia acontecido novamente. Phillip pergunta se sua irmã também estava passando por aquilo também. Ela confirma e diz que já sentiu a mesma sensação mais cedo. Pietra se lembrou que sentiu isso no instante em que tocou Alice na escola mais cedo. A diferença era que seu irmão também sentira a mesma coisa. Enfim abrem os olhos. Olham para os lados para ver se não iriam ser atropelados por uns carroça novamente.

- Por que está olhando para os lados desse jeito, Phillip? - perguntou a gêmea com um tom de preocupação.
- Da última vez que algo desse tipo aconteceu, uma carroça quase nos atropelou, se lembra. Estou olhando na esperança de não ser um dinossauro dessa vez! - brincou Phillip, na tentativa de tranquilizar a situação.

  Eles riram e começaram a caminhar. Tudo o que eles viam para em qualquer direção era um completo nada. Não havia chão, paredes e nem o céu. Mais a frente, pararam de caminhar e decidiram fechar, na esperança de serem tirados daquele lugar estranho que os agoniava. Subitamente são surpreendidos com o som de algo caindo ao lado deles. Abrem o olhos e vêem que agora estão na praça da cidade em que moram. Pessoas começam a aparecer, ouvia-se risadas de crianças e cochottos latindo. Um suspiro de alívio é soltado por Phillip.

- Finalmente voltamos! - gritou o irmão - Dessa vez só fomos parar na praça - completo brincando.
- Sim! - respondeu sua irmã dando risadas de alívio.

  Em seguida olham para o lado à procura do que havia feito aquele som. Se deparam com um homem caído no chão a cerca de dez metros de distância deles. Ao vê-lo caído de costas para eles, Pietra sente que já o viu antes. As roupas eram familiares e  o porte físico também. Antes que pudessem chegsr até o homem, ele se levantou. Então ele fica de frente para os irmãos.

- PAI??? - gritaram os gêmeos.


Continua......

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