- James Carter? Quem é você? De onde você veio? Como entrou na minha casa? Como sabe das coisas que estão acontecendo? - perguntou a gêmea tentando não gaguejar de medo.
- Fique tranquila, não sou nenhum criminoso, moça. Sou um velho amigo do seu pai. Trabalhamos juntos por muito tempo! - respondeu dando uma risada.A resposta do homem a deixou mais confusa, do que amedronta naquele momento. Seu pai sempre diz que trabalha no seu primeiro emprego. Charlie trabalha na metalúrgica de Springfield como operador de máquinas desde sempre. O que a deixou confusa foi o fato de que ele jamais falara desse tal James Carter.
- Na metalúrgica? - indagou para o homem
- Metalúrgica? - diz o homem enquanto levava um das mãos ao queixo, mostrando que estava tentando lembrar da metalúrgica - Nunca trabalhei em um lugar assim com ele. Seu pai já trabalhou na mesma empresa que eu. Éramos como unha e carne. Fazíamos todos os trabalhos juntos.
- Que empresa? Meu pai diz que sempre trabalhou na metalúrgica. Até minha mãe confirma isso. Quando se conheceram, ele já diziam que era um operador de máquinas! - conseguiu levantar-se e se sentar na cama.
- Seu pai diz isso porque não se lembra de nada do que aconteceu antes de vir para Springfield. - Fez um gesto de aspas ao dizer "vir". - Seu pai trabalhava comigo na Orlando, mas não é a casa do ratinho de luvas! - completou dando uma gargalhada.Orlando?
Mas que merda é essa?Antes de que ela perguntasse que empresa era aquela, James a cortou.
- Tudo será esclarecido na hora certa, Pietra. Fique tranquila. Estou aqui porque nossa diretora nos informou que os filhos do agente 56 já haviam despertado seus dons. E eu, mais do que imediatamente, me candidatei para vir pessoalmente falar com você. Era para ter chegado mais cedo, porém, no multiverso o tempo é diferente daqui. Pense que era 17:00. - deu um tapa na testa.
Orlando é uma "empresa" cuja as atividades envolviam corrigir erros no espaço tempo, para que não hajam rupturas no tecido da realidade. Porém tal informação ainda não havia sido dita à gêmea. Isso a fez ficar com mais dúvidas do que antes. Durante toda a conversa, a moça só conseguia olhar para a pasta que ele carregara. Parecia ser comprado recentemente. Não haviam marcas ou arranhões na mesma, exceto por uma única marca que Pietra conseguiu ver. Mesmo estando longe, ela foi capaz que ver que haviam duas letras que pareciam ser iniciais de um nome: JM. Qualquer um que prestasse atenção nos fatos diria que significa "James Carter", porém Pietra na era qualquer uma. Ela reparou na forma em a que fora escrita. A caligrafia assemelhava-se à de seu pai. Sua memória fotográfica não falhou. A moça se recordou de um bilhete que Charlie havia deixado na porta da geladeira. A grafia era a mesma. Isso fez com que sua confusão se tornasse medo.
Quem empresa é essa?
Quem é esse homem?
Por que a letra do meu pai está nesta marca?A capacidade cognitiva e de raciocínio dos irmãos é impressionante. Enquanto o homem falava, Pietra conseguia pensar naquela marca, lembra-se da grafia da marca em menos de dois segundos, sem se perder no que James falara.
- Pietra, vocês estão se perguntando o que está acontecendo, não é? E explicação é simples: vocês tem poderes. Porém não são quaisquer poderes, eles estão ligados ao tempo. Vocês são jumpers. - disse James com um tom de seriedade que não havia usado até agora.
- Jumpers? O que é isso - nesse momento, Pietra parou de pensar naquela marca.
- É assim que são chamados os indivíduos que possuem habilidades que envolvem o tempo. Nós, funcionários da Orlando, somos jumpers. Todos nós viajamos no tempo ou fazemos algo que o envolvam. - explicou.Então foi isso o que aconteceu no dia do assalto. Viajamos no tempo.
Mas como fizemos isso?
Como "ligamos ou desligamos" isso?

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Springfield
Ficção Científica[Capítulos novos todas as quartas-feiras] Caro(a) leitor, Se você está pensando que está história é mais uma de inúmeras da fábrica da família amarela mais famosa do mundo, está muito enganado(a). Está história não tem nada haver com a criada por M...