Springfield

Dia 3

Os irmãos se olharam inúmeras vezes para ter certeza de ambos olhavam para a mesma pessoa. Desacreditados com o que estava acontecendo, ficaram sem palavras. Phillip tinha um semblante de alguém que acabara de ver algo paranormal. Estava com a respiração pesada e ofegante. Ficou tão pálido e gélido, que parecia um defunto. Já sua irmã, ao ver que seu irmão estava prestes e ter um ataque do coração, decide parar para pensar um pouco no que estava acontecendo naquele momento e o que poderia fazer para acalmar seu irmão.

- Phillip, se acalma! - disse a menina, completando - Está tudo bem. Se não ficar calma, não conseguiremos sair dessa situação.
- Mas aquele é o cara que vi no meu sonho! O cara é o nosso pai!! - exclamou Phillip, enquanto coçava a cabeça desesperadamente.

Durante o ataque de pânico de seu irmão, Pietra se lembra do que acontecera com ela e Alice na escola. A sensação era a mesma. Tinha certeza de que o que estava acontecendo naquele momento já havia acontecido anteriormente com a gêmea. Então, ela pega na mão de seu irmão e diz para que se acalme e feche os olhos. Pietra começou a se preocupar, pois nada aconteceu. Ainda com os olhos fechados, os Martinez são surpreendidos com mais um som repentino,e então abrem os olhos para ver. Se deparam com o seu pai ajudando uma mulher a pegar algumas coisa no chão. O rosto dela é familiar, porém estavam tão desestabilizados com a situação, que não prestarão muita atenção de imediato. Até que a mulher falou algo.

- Essa voz é familiar..... - disse Phillip prestando atenção no que a mulher falara.
- Phillip, essa voz é a voz da mamãe! - gritou Pietra.

Eles olham para a mulher no exato momento em que chegam a essa conclusão. O desespero agora toma conta dos gêmeos. Ambos agora sabem que essa situação é a mesma do sonho que tiveram noite retrasada. Agora quem fica gélida e com o semblante de quem viu um poltergeist é Pietra. Os sonhos deles estavam acontecendo. Seu pais estavam da mesma forma em que os viram. Estão conversando como se fosse a primeira vez, assim como no sonho.

Que sonho foi esse?

Por que eles estão nequele lugar?

Como foram parar alí?

E que lugar é aquele?

Esses eram os questionamentos que os irmão estavam se fazendo naquele instante. Subitamente tudo a volta deles para. As crianças param de rir, os cachorros param de latir e seus pais, que estavam conversando, ficam parados sem fazer movimento algum. Os irmãos se olham e sentem que devem fechar os olhos. Com um aceno com a cabeça, eles concordam com o que devem fazer, sem dizer nenhuma palavra. Então fecham os olhos. Ao abrirem os olhos, vêem que estam na mesa de jantar, e seu pai continuava a agradecer pela refeição. Um misto de alívio e medo tomou conta das Martinez. Olharam em volta, para terem certeza de que estavam realmente em casa. Phillip ameaça sair da mesa para se sertificar que estavam de fato em casa, porém é impedido por sua mãe que o olha com uma das sobrancelhas levantada.

- Aonde você pensa que vai, mocinho? - sussurrou Megie.

Ele se assusta com a pergunta e desiste de se levantar. Pietra o olha e diz para ele ficar de olhos abertos. Temia que aquilo acontecesse novamente. Afinal, foi após o instante que os fecharam, foram parar naquele lugar. Após o jantar, Charlie diz que era a vez deles de tirarem a mesa. Assim foi feito. Os irmãos tiraram a mesa. A aquela altura, eles fariam qualquer coisas, pois estavam mais preocupados com o que ocorrera mais cedo. Após terminarem de retirar a mesa, foram lavar a louça. Acindetalmente Pietra deixa um dos pratos cair de sua mão e ir direto para o chão, e assim o quebrando. Com me do que sua irmã se cortasse pegando os cacos de porcelana do chão, Phillip rapidamente corre na frente e os pega com um pano que estava por perto. Após junta-los no pano, Phillip enrola o mesmo e o leva em direção a lixeira.

Antes de chegar na lixeira, ele nota que algo estava diferente no pano. Não sinta que haviam mais os cacos que colocou ali. Sinta que havia algo maior no pano. Intrigado com o que estava ocorrendo, decide desenrolar o pano. Ao abrir de assusta com o que vê. O prato estava inteiro novamente. Não havia nem mesmo rachaduras no mesmo. Parecia que tinha acabado de ser comprado. Nem mesmo os restos de comida que chujavam a porcelana se encontravam no mesmo. Quando viu aquilo, Phillip solto o prato, fazendo com que viesse a cair novamente. Ficou o olhando cair com os olhos arregalados. Mal havia de recuperado do que acontecera anteriormente, e agora aconteceu mais isso. Enquanto o olhava cair, Phillip percebeu que algo estava acontecendo com o prato. Tinha a impressão de que o mesmo caira com uma velocidade cada vez menor, até que, subitamente parou no ar como se estivesse preso à uma corda algo que o deixasse içado.

O coração do rapaz começou a bater tão forte, que era capaz de se ouvir mesmo estando longe. Seu rosto ficou ainda mais esquálido. Um suor gelado escorreu sobre o mesmo. Phillip não conseguia se mexer e, muito menos, falar algo. Por fora estava paralisado, porém, por dentro, o rapaz gritava de desespero. Queria com todas as suas forças que aquilo fosse um sonho, juntamente com toda a situação em que ela e sua irmã estavam passando.

Durante esse ataque de pânico "inverso", Phillip não percebeu que o prato voltara a se mexer, entretanto por o lado o oposto. Começou a subir e ganhar velocidade. Só conseguiu perceber isso quando o pano que antes enrolara o prato também começou a se mover. Agora ele começou a se enrolar novamente. Durante esses movimentos feitos pelos objetos, os mesmo estavam indo de encontro à mão de Phillip. Como um yoyo que se desenrola e volta para para o ponto de partida. A desespero foi tamanho, que as pernas do gêmeo começaram a tremer e falhar. Para ele aquilo parecia que durara horas, não obstante, desde o momento em que soltou o prato, não se passaram nem cinco segundos. O embrulho começou a ganhar velocidade. Subia com a mesma velocidade que teria de tivesse caído de fato. Sem saber o fazer, o rapaz só consegue as mãos para apanha-lo.

Após segurar o embrulho, Phillp consegue reagir àquilo e finalmente se move. Corre em direção a sua irmã para mostrar e contar o que aconteceu.

- Preciso te mostrar uma coisa!

Continua......