CAPÍTULO III - A FUGA, ANSEIO E O ENCONTRO

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- Filho? – Pergunta Helena

- O que foi mãe?

- Eu é que tenho que te perguntar isso.

- Como assim mãe?

- Você chegou antes do horário que disse que iria chegar, veio de moto, sem nos dar uma explicação, entra que nem um doido em casa e simplesmente se tranca aqui no seu quarto. - O que houve?

- Nada. Não aconteceu nada mãe.

- Vou fingir que acredito, até parece que não o conheço, filho. Fala para a mamãe, o que foi o que aconteceu.

- Já disse mãe, não foi nada, só quis vir embora antes do pessoal, vim sozinho.

- Uhum, sei. Então, tudo bem. Sei que tem algo acontecendo e você não quer me contar, vou respeitar seu espaço. – Helena acaba cedendo.

- Obrigado amor da minha vida.

- Me sinto tão bem quando você me chama assim, filho.

- Sua convencida.

- Seu bobo lindo. Te amo!

- Também te amo mãe.

Helena sabia que o filho escondia alguma coisa e ficou apreensiva, preocupada com o bem-estar de Miguel.

- Filho, a Denise já chegou a vi guardar o carro na garagem.

- Que bom para ela, pai.

- Esse menino definitivamente não está bem – pensou Helena – se fosse a outro momento, ele iria correr até lá e dar um abraço tão apertado que até eu fico com inveja – falou para Cesar.

- Querida, isso é coisa da sua cabeça.

- Cesar, acredito que não seja. Porque ele veio bem cedo e o restante da galera só vieram agora?

- Não sei. Pergunte você mesma a ele.

- Já tentei e não tive sucesso.

- Então pronto, deixe o menino em paz, ele deve ter os motivos dele.

- Tudo bem. Bom, vamos almoçar? Já passou da hora de comer e estou morrendo de fome.

O cheiro do jantar estava pela casa toda, um aroma tão gostoso que Cesar estava salivando sem parar, com água na boca e Miguel desceu para comer.

- Querida, que cheiro bom é esse? – Pergunta César

- Até parece que não conhece o cheiro de um strogonoff de frango. – Interrompe Miguel.

- Cesar, seu bobo. Vem, senta aqui filho, coma um pouco.

- Melhor a senhora e o papai pegarem logo a comida de vocês antes que fiquem sem, hoje estou com o espirito do Garfield e vou comer esse strogonoff todinho.

- Deixe de ser guloso menino. – Repreende César.

- Tenha modos Miguel! – Diz Helena sorrindo.

O almoço de Helena, como sempre, estava uma delícia e todos estavam saboreando aquele maravilhoso strogonoff de frango de lamber os dedos, quando a campainha toca duas vezes seguidas.

- Ora, mais quem será? - Pergunta Helena com curiosidade no olhar.

- Está esperando alguém, filho?

- Claro que não, pai. Não marquei nada com ninguém. Vou lá ver quem é.

Miguel vai até a porta, ao abri-la, dá de cara com Pedro, ainda ofegante, parado bem a sua frente.

Uma Vida Para Chamar de MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora