Capítulo 5

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Tempo. Uma palavra tão simples, com apenas cinco letras, e que tem a imensa responsabilidade de cicatrizar feridas, ou pelo menos é isto que os corações acidentados esperam dela. ~Pedricovick.

18 de Julho
Mansão Bieber
Atlanta, Georgia

P.O.V Angel Marie Morgan
Acordei bem cedo, mesmo tendo chegado tarde e ido dormir ainda mais tarde; a conversa que eu tive com o Justin na boate ficou rondando na minha cabeça toda a noite me impossibilitando de fazer qualquer sem ser ficar rodando de um lado pro outro na cama, ou ficar olhando a lua ir embora e o sol começar a nascer pela janela.
Depois de finalmente desistir de dormir comecei a me arrumar pra sair pra correr; só passei na cozinha tomando um pouco de água e sai pra fora chamando alguns seguranças para me acompanharem de carro. Comecei a correr assim que sai da propriedade, e mesmo não vendo ou escutando eu sabia que eles me seguiam.
A musica no fone estava bem alta me fazendo ficar totalmente focada só nisso, e me fazer esquecer todo o resto que vinha acontecendo comigo.

Eu corri, corri e corri e só parei quando os seguranças pararam ao meu lado e chamaram minha atenção indicando que eu já havia ido longe o suficiente e que se eu fosse mais poderia me machucar; então parei de correr e entrei no carro fazendo todo o caminho de volta rapidamente.
Entrei pela porta da frente, sentindo todo o meu corpo cansado e o toda a minha roupa grudada no corpo por causa do suor, carregava o fone em uma mão enquanto que com a outra eu desgrudava o cabelo que estava grudado na minha testa e pescoço. Subi sem pressa as escadas e quando passava pelo corredor escutei gritos vindo de um quarto e pela voz eu sabia que era a Caitlin e o Justin que discutiam, mas não dei nenhuma importância e terminei o meu caminho até o meu quarto.
Já de banho tomado e cabelo seco, conferi se tudo que eu precisava estava na minha bolsa e se minha arma estava carregada e pronta caso alguma necessidade; passei novamente pelo corredor mas agora tudo se encontrava silencioso, então segui até a cozinha só parando na sala para deixar minha bolsa sobre um dos sofás, fiz o mesmo percurso que de manhã mas dessa vez sem toda aquela agitação.
A mesa de café da manhã ainda estava posta, mas restava apenas um lugar lá ainda o que significava que somente eu ainda não tinha me alimentado; me dei o trabalho de sentar na mesa e com calma servi um pouco de suco de laranja em uma das taças que estavam ali e me concentrei em ler alguns projetos que meu pai havia deixado em aberto.
Pelo canto do olho pude ver o Justin entrar na cozinha e se encostar no batente da porta mas nem ao menos dei importância pra ele; o mesmo parecia bem concentrado em ficar me encarando de todas as maneiras possíveis.
- Acho que você esta gostosa de mais pra quem vai ficar o dia todo em casa. E sim eu tenho certeza que você vai ficar em casa, porque eu sei o que você fez hoje de manhã e isso me deixou bem preocupado, você poderia ter passado mal ou qualquer coisa desse tipo. -ele falou se aproximando e parando na minha frente mas do outro lado da mesa.
- Eu agradeço pela sua preocupação mas eu estou muito bem, não aconteceu nada e eu tenho muitas coisas pra resolver hoje.
- Já que tem tanta coisa para fazer e resolver hoje, pode deixar que eu te acompanho. -ela falou sorrindo e me fazendo bufar mas no fim soltar um leve sorriso.

P.O.V Justin Bieber
Estava encostado no carro esperando a Angel aparecer para levar ela até sei lá onde ela iria, eu vi ela sair da mansão e ir até o pequeno jardim onde estava o Ryan com a América no colo brincando; ela se aproximou dos dois falando alguma coisa pra eles e logo em seguida dando um beijo na testa da América e um na bochecha do Ry, me causando um grande ciumes mesmo sabendo que não era nada.
Entrei dentro do carro com ela vindo caminhando até mim, daquela maneira que tanto mexia com o meu coração; assim que ela entrou no carro avancei com o mesmo e rapidamente já estava na rua avançando em direção para a cidade.
- Vai primeiro no Centro Medico infantil. -ela falou encostando a cabeça na janela do carro, sentia corpo tenso, como se não tivesse dormido durante a noite.
- Tudo bem, mas porque você não deixa eu te distrair, me conta o que tem entre você e o Ryan, foi por causa dele que você não me quis? -eu perguntei tentando me manter tranquilo por estar nesse assunto.
- O Ryan e eu não temos nada tirando a América, e em nenhum momento eu falei que não te quis, o que eu falei foi que você ainda não sabe o que sente, aquela historia foi linda mas só posso me entregar quando você estiver realmente pronto. -ela respondeu me encarando e logo depois voltando o seu olhar pro caminho.

[...]

Segundo a Angel, já estávamos na ultima parada do dia e eu agradeceria afinal já era noite, tudo a nossa volta estava escuro e para ajudar depois da nossa conversa pela manhã passamos o resto do dia em silencio.
Parei o carro duas casas antes da indicada e antes que a Angel pudesse descer do carro segurei em sua mão a impedindo.
- FALE COMIGO CARALHO EU NÃO AGUENTO ESSE SILENCIO. -gritei com ela fazendo a mesma se assustar um pouco por ser repentino.
- Você pediu esse meu silencio quando fez aquilo comigo ontem. -ela falou baixo parecia não querer brigar.
- QUANDO EU FIZ O QUE COM VOCÊ? QUANDO EU FALEI QUE ESTAVA PERDIDAMENTE APAIXONADO POR VOCÊ? -gritei jogando tudo na cara dela vendo a mesma que estava pronta para ir para sair do carro, decidir ficar e resolver esse problema comigo.
- EXATAMENTE, VOCÊ NÃO PODIA FAZER ISSO COMIGO, VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE CHEGAR E FAZER AQUILO COMIGO, VOCÊ ACHA QUE EU SOU COMO TODAS? SE A RESPOSTA É SIM, VOCÊ TA MUITO ENGANADO! -ela gritou de volta pra mim mas me permitiu ver seus olhos vermelhos de lagrimas.
- DEIS DE QUANDO TER SENTIMENTOS É ERRADO? VOCÊ NÃO PODE ME NEGAR FAZER ISSO! VOCÊ NÃO PODE ME DIZER O QUE SENTIR POR VOCÊ.
- EU POSSO! E EU QUERO QUE VOCÊ PARE! Eu não posso suportar passar por isso. -ela falou finalmente chorando e saindo do carro batendo a porta, desci do carro indo atras da Angel, impedindo que ela continuasse a andar para longe de mim e para perto da casa.
- EU NÃO CONSIGO PARAR DE TE AMAR CARALHO! QUANDO É QUE VOCÊ VAI ENTENDER ISSO?
- Você tem que parar, o amor é ruim, ele destrói a gente, ele nos machuca, ele acaba com os nossos sonhos; o amor não é pra gente, o amor só tem lados ruins! -ela falou começando a chorar de maneira desesperada, me fazendo me sentir um lixo por ter começado esse assunto e ter feito ela chorar.
Passei a ponta dos meus dedos em sua bochecha secando as lagrimas que caim de maneira delicada vendo ela fechar os olhos e inclinar a cabeça como se precisasse daquele carinho.
- Ta tudo bem Ange mas se você quer saber, amar você não tem lado ruim.
Mas antes que ela pudesse responder qualquer coisa escutei um barulho de explosão vindo da casa onde a Angel deveria estar, a primeira coisa que fiz foi jogar ela no chão junto comigo e me colocar entre ela e a explosão como um escudo.
Depois de um tempo não escutando mais nada, me concentrei apenas em olhar para a Angel, encontrando a mesma desacordada e parecia ser por causa da pancada de quando eu a joguei no chão. Me levantei pegando ela no colo, e a levando até o carro e partindo em direção a mansão.
Assim que cheguei na casa subi direto até o meu quarto deitando a mesma na minha cama e me jogando ao seu lado, de maneira que eu pudesse olhar para ela e velar o seu sono. Mandei uma mensagem rápida para o Ryan pedindo para ele cuidar da explosão da casa e ligar para um medico vir imediatamente examinar a Angel.

[...]

Já fazia algumas horas que a Angel estava apagada, e alguns minutos que o medico havia saído e confirmado de que ela estava bem mas que se algo acontecesse eu deveria levar ela imediatamente pro hospital. Sai do banho e me troquei ali no banheiro mesmo, e logo em seguida já indo para cama e me deitando ao seu lado, conseguindo finalmente dormir.

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