Capítulo 17

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"Amar é destruir. Então por Deus, espero que você não me ame, não suportaria ser destruída por você." ~Do fundo de mim, pra você.

28 de Julho
Toronto, Canada
Mansão Morgan

P.O.V Angel Marie Morgan
Me soltei dos braços do Justin mesmo ainda sendo muito cedo e eu ainda estando com sono e saio do seu quarto, indo com pressa até o meu quarto mas antes passando pelo escritório e dando um toque no telefone do Channing que já sabia o que significava.
Subi correndo até o meu, e do mesmo jeito apressado que subi as escadas eu passei pelo corredor mas tomando cuidado pra não acordar a América que dormia em um quarto de hóspedes ao lado do meu. Deixei as coisas que eu carregava comigo de qualquer jeito em cima da cama e fui tomar o meu banho para tirar aquele cheiro de sexo misturado com o perfume do Justin que estava em mim.
Vesti uma roupa confortável e de forma rápida, só lembrando de pegar a minha arma e a bolsa antes de voltar a correr pelos corredores da enorme casa. Channing já me esperava pronto dentro do carro, no lugar do motorista e eu agradeci mentalmente por isso. Durante o caminho até o galpão fiquei pensando em como seria o casamento, as coisas que eu queria, os convidados que eu teria que chamar, o meu vestido e a roupa do noivo, onde seria a celebração, e mais um milhão de coisas para pensar e só de pensar tudo isso me dava uma grande dor de cabeça.
Desci do carro e hoje diferente de ontem tinha mais um carro parado ali na frente, entrei pela porta encontrando um segurança, o mesmo que cuidava dos presos. Segui o meu caminho até a sela da Caitlin enquanto o Channing ficava pra trás falando com o outro.
Entrei na sela encontrando a Caitlin desacordada e uma possa de sangue em volta da cadeira, peguei um balde de álcool e sal que já estava ali preparado e joguei em cima dela de uma vez, vendo ela despertar gritando por conta da dor em suas feridas.
- Espero que você tenha dormido bem, porque eu sim e tive até um sonho; você deve se lembrar daquela tortura que fez em mim nessa mesma sala a alguns anos. -falei começando a andar em volta da cadeira e parando atrás dela.
- Você não seria capaz de fazer nada comigo, você nunca foi. -ela falou de maneira sofrida e baixa, como se tentasse se convencer.
- Parece que você me conhece realmente. -Eu falei pegando a arma em minha cintura e apertando o local onde ela havia levado o tiro na boate.
O seu grito de dor era o que eu mais queria ontem, mas hoje quando eu acordei e vi que tinha tudo o que eu queria já não me parecia mais uma coisa tão importante.
Em minha mente naquele momento passava o mesmo sonho daquele dia, anos atrás; aquele foi um dos piores dias pra mim. Depois de passar quatro dias sendo torturada, eu entrei em coma e só acordei dez dias depois. E eu não queria aquela vida pra América, eu só pensava no que ela iria achar de mim se me visse daquele jeito.
- Por que não me mata de uma vez? -ela perguntou abaixando a cabeça e encarando o próprio sangue no chão.
- Porque eu já não sei se quero você morta. -falei com sinceridade guardando minha arma e começando a desamarrar as cordas que prendiam ela.
Fiquei frente a frente com ela e tomando cuidado pra não sujar minha roupa de sangue tirei as facas que estavam em suas pernas fazendo ela soltar outro grito; Channing que já havia voltado entendeu o que eu estava fazendo e pegou ela no colo levando pra cama de solteiro que ficava no quanto o espaço, fui até o armário que ficava no corredor e peguei o kit de primeiros socorros e junto duas bolsas de soro.
Assim que cheguei perto dela rasguei a sua calça revelando os dois furos causados pelas facas; com cuidado fui limpando os dois pra depois poder dar pontos nele enquanto o Channing preparava o soro com alguns medicamentos pra dor, febre, pra evitar infecções e pra fazer dormir. Quando terminei de limpar os machucados da perna ela já estava dormindo pelo efeito do remédio, e foi quando eu passei pra pior parte que era o ferimento a bala em sua cintura. Eu sabia que não havia perfurado nada pela quantidade de sangue no lugar mas mesmo assim me bateu uma tristeza por pensar no que a gente havia se tornado.
Fazer o curativo da cintura demorou mais tempo do que eu esperava, então quanto terminei a Caitlin já estava acordando. Coloquei a mão em sua testa conferindo sua temperatura, e vendo que estava tudo bem.
- Por que você está fazendo isso comigo? -ela perguntou fraca né impedindo de sair de perto dela.
- Porque isso que a gente se tornou não é nem certo, e nem é a gente; quando mais novas nós tratávamos como irmãs. E jamais seria capaz de matar minha irmã. Agora você precisa descansar. -falei dando uma olhada rápido no horário no celular vendo que já estava quase na hora do jantar e quando há estava prestes a né levantar da ponta da cama, sinto sua mão segurando a minha.
- Fica comigo até eu dormir? -ela falou chorando do mesmo jeito que fazia quando era bem mais nova e tinha acabado de chegar na mansão.
Apenas concordei com cabeça e comecei a fazer carinhos em sua cabelo castanho quase loiro; não demorou nem dez minutos pra ela dormir e eu sair da sela sem fazer barulho, somente cobrindo ela e fechando a porta.

Ao entrar no carro o choro foi inevitável, e mesmo que durante todo o caminho eu tentasse parar, eu não conseguia. Senti o carro parando mas não consegui me mover e continuei ali encolhida no banco, até que braços me envolveram e levaram em direção do que deveria ser a mansão.
Mas me dar conta senti o meu corpo sendo passado pra outro colo, e eu reconhecia aquele perfume em qualquer lugar; passei meus braços pelo seu pescoço sentindo um beijo no topo da minha cabeça e então meu corpo começando a relaxar.

Já fazia uma hora que eu estava deitada na minha cama com o Justin, e quase vinte minutos que já havia parado de chorar.
- Amor, você já sabe quem vão ser as suas madrinhas? -o Justin perguntou começando um assunto que me trazia paz.
- Até ontem, eu não sabia nada sobre isso mas agora eu já tenho certeza sobre as minhas duas madrinhas. -falei enquanto imaginava as meninas com vestidos iguais.
- Já temos que começar a pensar nessas coisas o mais rapido possível, quero transformar você em uma Bieber antes do final do ano. -ele falou me fazendo rir enquanto me dava um beijo no pescoço.
- No momento eu só quero pensar em outra coisa. -falei sentando em cima de sua cintura e tirando a minha camiseta, beijei seus lábios enquanto tirava sua calça e sentia suas mãos com carinho fazendo círculos imaginários em minha cintura.
Desci meus beijos para seu pescoço enquanto ele invertia as posições e tirava a sua cueca mas tomando cuidado comigo em baixo dele. Aquela era a primeira vez em quando fazíamos tudo sem pressa, sem o desespero de possuir o corpo do outro.
Justin se afastou de mim se sentando encostado na cabeceira da cama me admirando enquanto eu tirava minha calcinha e com carinho me sentava em seu colo. Nossas intimidades se tocaram fazendo a gente gemer em sintonia.
Meu lábio voltou a se chocar com o seu, e o beijo continuava lento da mesma maneira mas transbordando todo o desejo e amor que sentíamos; senti seu membro me penetrando aos poucos sentindo o meu prazer aumentar ainda mais. Separei nossos lábios e desci os beijos pelo seu queixo e pescoço, e começando devagar a me movimentar.

AUTORA ON
O movimento dos dois corpos era ritmado e com conexão; na verdade nem chegava a ser apenas dois corpos, eles estavam ligados através da alma.
Se o céu e o inferno realmente existirem, eles estariam nesse momento em silêncio admirando um amor tão verdade mesmo com tão pouco tempo juntos.
O amor pode ser como pular de um precipício sem para - quedas, ou então suas asas para o céu.

Hell Girl 2Onde histórias criam vida. Descubra agora