"Me ajuda a ser alguém, porque eu ainda sou ninguém." ~Pessoas e as cidades.
21 de Julho
Hospital Particular
Atlanta, GeorgeP.O.V Angel Morgan
Eu andava de um lado pro outro no corredor enquanto aguardava qualquer informação que fosse sobre a América; Ryan e Justin estavam sentados em bancos ali perto com os rostos baixos tentando me fazer parar de chorar.
Já fazia algum tempo que a América estava naquela sala e tudo tinha corrido bem rápido até aquele momento; assim que eu tinha me aproximado dela quando ela ainda estava na casa, Ryan já estava ligando pro medico enquanto eu a pegava no colo e trazíamos de carro mesmo ela pro hospital.
Pela janela eu conseguia ver o quanto já estava escuro, e o tempo ruim que estava se formando, nuvens escuras e pesadas cobriam o céu estrela de Atlanta e raios cortavam o céu mostrando o quanto eram poderosos. Tia Pattie se aproximou de mim me entregando a minha arma que eu havia pedido para irem buscar, e me abraçou como se soubesse o que eu estava sentindo, e tu por conhecer o Justin imaginava pelo que ela já tinha passado e me senti tão mais tranquila em saber que ela estava comigo.[...]
Estava sentada com o Ryan e a Tia quando o medico apareceu depois de muito tempo nos trazendo noticias.
- O estado dela é grave, ela foi envenenada mas o nosso centro de pesquisa não cuida desses casos. -o medico falou com calma, tentando explicar tudo com clareza.
- Mas então o que podemos fazer? -Ryan falou assumindo a frente.
- Ela está em coma pelo efeito do veneno, então ela tem que ser transferida o mais rápido possível para outro hospital que trate dessa especialização; o hospital vai disponibilizar uma medica para acompanhar ela durante todo o trajeto e depois se vocês quiserem ela continua com o acompanhamento em casa. -ele falou nos levando até um quarto e mostrando a América entubada na cama e uma mulher com mais ou menos a idade dos meninos ruiva com um lindo corpo, ela parecia concentrada em monitorar os aparelhos que nem ao menos notou a nossa presença.
- Vamos transferir ela o mais rápido que vocês conseguirem pro Canada, tem um grande hospital infantil lá que lida com esses casos, eu vou dar um jeito do avião que transporta feridos ficar pronto em 40 minutos e enquanto isso vou preparar para que ela seja recebida no hospital. -falei pra eles enquanto encarava ela deitada naquela cama, o medico assentiu e saio para cuidar da transferência junto com a Tia me deixando sozinha com o Ryan.
- Vai dar tudo certo. Eu vou ligar pra Barbie quer que ela prepare a mesma casa em que ficamos da outra vez? -Ryan falou ao meu lado me chamando minha atenção.
- Não, pede pra ela preparar os seguranças e mandar eles pra casa do meu pai mas para manter tudo do jeito que está. E também quero que você mande a governanta do Justin arrumar as minhas coisas para a viagem, não tenha previsão de volta então vou precisar de muitas coisas. -falei ainda olhando a América mas pelo canto do olho pude ver o Ryan me encarar e depois sair para cuidar de tudo que eu pedi.
Ficar encarando minha filha que na verdade também é minha irmã naquela cama de hospital me trouxe tantas lembranças, da minha infância antes de tudo isso de trafico começar, dos meus treinamentos e o quanto eu sentia falta de ter uma vida normal, das vezes em que o Joseph voltava a ser meu pai de quando minha mãe se sacrificou por mim e me deixou fugir, da primeira vez que eu vi a América naquele parque, da minha insegurança achando que ela não iria gostar de mim mas principalmente da minha conversa com o Ryan sobre como seria a vida dela nesse mundo.
Em nenhum momento eu me arrependo de ter levado ela pra casa, jamais pensaria isso; talvez só me arrependesse ter demonstrado pouco o quanto amo ela, de não ter dado tanta atenção, de ter me mantido nesse mundo. Ela é só uma criança de 5 anos, eu me arrependia de ter perdido o primeiro aniversario dela em casa, de ter deixado uma vingança boba me fazer perder uma coisa tão importante, eram tantos coisas que perturbavam minha mente momentaneamente.22 de Julho
Hospital Universitário Infantil
Toronto, CanadaP.O.V Angel Morgan
Já havia virado o dia quando chegamos em Toronto, antes de sair para ir ao aeroporto passei com rapidez na mansão tomando um banho e trocando de roupa pra só então ir pra lá; o trajeto demorou um pouco mais do que eu esperava mais foi bem tranquilo para o bem de todos, a tempestade que todos esperava ainda não havia caído quando pousamos o quanto facilitou o transporte da América pro hospital com o acompanhamento do Ryan.
A tia Pattie resolveu ficar em Atlanta no comando das buscas pela Caitlin, enquanto eu e os meninos que por causa da invasão na mansão não puderam fica lá, vieram junto, íamos até a mansão que agora me pertencia realmente; a fachada da casa estava exatamente do mesmo jeito até mesmo pelo grande portão de ferro com a letra M entalhado nele. Assim que desci do carro e os seguranças bateram continências para mim da mesma maneira que faziam com o meu pai quando eu era menor, eu me senti verdadeiramente em casa.
A casa foi abandonada depois que eu à invadi, então ela permanecia da mesma maneira que naquela noite com diversas marcas de sangue pelo jardim, armas jogadas por ali e cartuchos vazios no chão, já não havia mais corpos. Fui andando pelo jardim até chegar em um ponto especifico, o mesmo lugar onde segurei minha mãe morta em meus braços. o mesmo lugar onde escutei ela falando as ultimas palavras de amor pra mim, o mesmo lugar que ela morreu para me salvar, o mesmo lugar em que ela me pediu desculpas e jurou o seu amor pelas suas filhas. "Eu amei você até meu ultimo suspiro de vida, e ainda assim não foi o suficiente".
Me ajoelhei ali vendo que não havia mais sangue naquele lugar, e sim uma roseira de flores brancas as favoritas da minha mãe. Fiquei parada um momento ali com os meninos me observando e os seguranças já começando a limpeza do jardim.Depois de quase 10 minutos ajoelhada ali, me levantei e com calma fui caminhando em direção a entrada da casa vendo que porta coberta de teias e de sujeira; abri a porta vendo todos os moveis cobertos por panos brancos a luz já estava acesa o que deveria ser coisa da Barbie; ali também não havia sangue nenhum o que indicava que a casa foi limpa antes de ser abandonada.
Olhei a sala de uma maneira geral e fui até o canto dela com os meninos parados no meio dela observando tudo a sua volta em silencio e esperando alguma instrução.
- O segundo andar tem diversos quarto, todos os que tiverem destrancados vocês podem pegar para vocês os demais se mantenham longe e essa regra funciona para o terceiro andar e para o escritório. -falei firme fazendo todos concordarem o subirem ficando apenas o Justin ali.
Tirei o pano de cima do piano e me sentei ali com ele ainda me encarando; e como eu não fazia a muito tempo comecei a tocar uma musica que o meu pai e eu cantávamos e tocávamos sempre quando tudo isso começou, toda vez que a gente sentava nesse piano era como se somente a gente estivesse nesse mundo, era o nosso mundinho."Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Mas é a única coisa que eu sei
Quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil às vezes
É a única coisa que nos mantém vivosNós mantemos este amor numa fotografia
Nós fizemos estas memórias para nós mesmos
Onde nossos olhos nunca fecham
Nossos corações nunca estiveram partidos
E o tempo está congelado para sempre" ~Photograph, Ed Sheeran
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Hell Girl 2
FanfictionJuntos, eles eram como o resultado de uma complexa equação, separados, eram nada mais do que números sem significados. "Toda vez que eu fecho meus olhos É como um paraíso escuro Ninguém se compara a você Temo que você Não esteja esperando do ou...