Hell Girl 2

Capítulo 16

"A gente vai brigar, claro que vai. Vou até dizer que te odeio, que você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Até falarei que não quero mais você; vou embora dizendo que acabou, que jamais irei voltar. Mas, você sabe, mais do que ninguém que eu sempre acabo voltando. Porque, por mais que a gente brigue, por mais que a gente se odeie, em primeiro lugar, nos amamos." —Because I love you.

27 de Julho
Toronto, Canada
Mansão Morgan

P.O.V Angel Marie Morgan
Ainda estava deitada junto com a América deis da tarde de ontem, tivemos uma ótima noite mas já tinha amanhecido a muito tempo e eu tinha planos que precisam que eu saísse logo da cama. Me virei pra porta do banheiro vendo América escovando os dentes em cima de uma escadinha, que eu já sabia que era obra do Ryan o que me fez rir.
- Vamos tomar café mamãe. -América falou parando perto da cama e colocando a mão na cintura, igual minha mãe fazia o que me fez rir mais um pouco.
- Vai descendo meu amor, eu já estou indo mas por favor toma cuidado com a escada. -falei levantando da cama e vendo ela sair correndo do quarto e ignorando totalmente o que eu havia pedido pra ela.
Tomei um banho rápido e vesti uma roupa confortável pra poder ir ao galpão e pela primeira vez poder conversar com a Caitlin. E como estava no closet fiquei ali parada olhando os seguranças pela grande janela, até ver o Chan vindo em direção a casa e foi quando eu percebi que tinha que terminar de pegar as minhas coisas e descer.
Passei rápido pela cozinha, só pegando uma maçã em cima da bancada e dando um beijo de despedida na América.
Não avisei aos meninos onde estava indo ou quando voltaria pois ainda era um total segredo sobre a localização mas a Pattie ao me ver saindo sem informar, já sabia qual era o meu destino. O caminho até o galpão estava sendo bem rápido e como eu não estava dirigindo parecia ainda mais, porem eu sentia que alguma coisa estava incomodando o Channing.
- Pode perguntar Chan. - falei tendo toda sua atenção voltada pra mim.
- Ontem, quando eu te levei pro quarto do hospital eu vi algumas marcas roxas na sua coxa. Foi o Bieber? -ele perguntou mas parecia meio receoso em saber a verdade resposta.
- A alguns dias atrás, antes de acontecer o que aconteceu com a América eu sofri um atentado de morte e se não fosse pelo Justin eu poderia não estar mais aqui. -Eu tentei explicar tudo com calma pra ele, que pareceu se tranquilizar.

Como aquele galpão do meu pai não era longe, logo chegamos e a primeira coisa que eu lembrei assim que avistei a entrada foi do momento que eu trouxe o Jason pra cá junto do Ryan, do tempo que eu ainda trabalhava escondido do Justin e de alguns dos meninos. Assim que destravei a grande porta de entrada encontrei as mesmas salas com as luzes verdes e vermelhas acesas, me fazendo lembrar que tinha uma pessoa responsável pra cuidar de quem estava preso.
- Chan eu preciso que você procure todas as informações dos prisioneiros desse e de todos os setores. -falei enquanto ia até a sala maior que havia sido preparada para receber a nossa ilustre convidada.
Abri a sela e encontrei a mesma presa em uma cadeira no meio dela observando tudo ao seu redor com um sorriso debochado no rosto; mas eu sabia que aquele sorriso não iria durar tanto.
- Já estivemos aqui, você se lembra? Mas era diferente, você havia tentado fugir e era você quem estava sentada nessa cadeira sendo torturada. -Caitlin falou sorrindo me fazendo lembrar daquele semana em que passei aprisionada naquela sela.
- Isso é a prova viva de que o mundo DA VOLTAS! -gritei descontando toda a minha raiva, e cravando uma faca em sua joelho esquerdo.
O seu grito de dor, veio junto com o grito de liberdade da minha alma. Era pra isso que eu havia voltado.
- Você tentou tirar o que eu tenho de mais importante, nada que você fale vai ser capaz de apaziguar a raiva que eu sinto de você por isso. -falei pegando outra faca e agora cravando em sua coxa direita.
E então outro grito foi ouvido por toda a sela, e agora o barulho de choro também podia ser escutado.
- EU SÓ QUERIA ME VINGAR DE VOCÊ!
- VOCÊ DEVERIA ENTÃO TER IDO ATRÁS DE MIM, E NÃO DA MINHA FILHA! -gritei dando um soco em seu rosto e logo vendo o seu nariz começar a sangrar, mas isso não me importava.
- EU QUERIA TIRAR TUDO QUE VOCÊ TINHA, ESSA VIDA ERA PRA SER MINHA! EU QUERIA UM PAI QUE ME AMASSE, UMA MÃE QUE MORRESSE POR MIM, UM NOIVO MARAVILHOSO, UMA FILHA QUE ME AMASSE MAIS QUE TUDO, eu queria amigos verdadeiros, um irmão que depois de tudo que eu fiz continuasse do meu lado. -ela gritou pra mim e então eu pude compreender tudo o porque de tudo, ela tinha inveja de uma vida que pra mim não era perfeita.
- Você poderia ter tido tudo isso. -falei saindo dali e enquanto esperava o Channing no carro ele trancava a sela.

Assim que cheguei na mansão dei de cara com a sala cheia e no meio de todas aquelas pessoas, pude ver o Jeremy abraçado com a Tia Pattie.
- Quanto tempo não nós vemos, ainda mais nessa casa né Angel? -ele falou derramando um pouco do seu veneno assim que me notou passando pela sala.
- Tenho certeza que realmente faz muito tempo. -falei não me importando com ele, e seguindo o meu caminho até o escritório.

[...]

Passei todo o resto do meu dia no escritório trabalhando com a companhia do Chan que me ajudava a ler alguns arquivos e da América que estava sentado no tapete do escritório usando a mesa de centro para desenhar.
Eu me sentia confortável trabalhando ali no mesmo lugar que om meu pai havia construído o meu império mas a conversa com a caitlin ainda passava pela minha cabeça a todo momento.
- Chan eu quero que você mande um dos seguranças dar um recado pros meninos, eles devem estar na quadra de basquete nesse horário, fala pra eles que eu vou pra uma boate essa noite e eles são livres pra me acompanhar. -falei terminando de assinar um acordo e já separando ele pra guardar no cofre junto com os outros.
Vi o Chan falando alguma coisa no radio mas não importei, assim que virei para olhar pra América encontrei ela um pouco mais pálida que o normal me fazendo lembrar das recomendações do medico; de que ela teria que descansar durante a tarde.
Me levantei da minha cadeira e fui até ela pagando a mesma no colo, e com cuidado fui levando ela até o quarto em que eu estava dormindo. Deitei ela na cama e rapidamente fui buscar o inalador que estava na poltrona perto da minha bolsa, e liguei do lado dela.
Aos poucos com a ajuda do inalador ela voltou a sua cor normal, mas aí mesmo tempo foi ficando mais cansada do que estava por causa da medicação; deixei ela ali dormindo na cama e fui organizar o inalador pra caso acontecer algum imprevisto como hoje e depois fui procurar uma roupa pra ir na boate. Assim que terminei encontrei o Justin parado encostado na porta do quarto me olhando.
- Tá aqui a muito tempo? -perguntei abrindo a porta da varando e saindo por ela com ele vindo atrás.
Ficamos algum tempo em silêncio mas eu sentia ele me olhando, mas diferente daquele dia da nossa briga; hoje era o mesmo olhar do dia que ele me pediu em casamento.
- Estou só o tempo suficiente para me apaixonar de novo, por você. -ele respondeu pegando uma mecha do meu cabelo e colocando pra trás da orelha me fazendo tremer por sentir que ele estava tão perto de mim depois de tudo que aconteceu.
Me virei pra ele ficando frente à frente, e pude encarar aqueles lindos olhos mel me encarando do jeito que eu amava; aos poucos fui me aproximando e quando notei nossos lábios se tocavam em um beijo apaixonado e com carinho.
- Eu sinto sua falta. -ele sussurrou assim que nós separamos.
- Eu também senti a sua.

[...]

Já estava pronta para ir à festa, vestia um vestido preto e curto, bem colado ao corpo deixando todas as minhas curvas ressaltadas; peguei a minha bolsa e saí do quarto, indo até o quarto do lado encontrando a América já dormindo do mesmo jeito que eu havia deixado a uma hora atrás.
Saí dali encostando a porta e apagando a luz; assim que comecei a descer as escadas as já pude escutar a animação dos meninos sobre ir pra uma boate Canadense.
- Eu espero que a animação de vocês durem a noite toda, porque essa noite promete. -falei pra eles assim que cheguei no final da escada fazendo eles se levantarem e baterem palmas.

Já fazia muitas horas que estávamos na boate e tudo que os meninos faziam era beber, mas eu me mantive sóbria para poder levar os mesmos de volta para casa; fui arrastando o Justin até a pista de dança onde comecei a dançar com o corpo colado ao dele.
Nosso ritmo era sincronizado, eu rebolava em seu membro fazendo ele soltar leves gemidos em meu ouvido me deixando ainda mas excitada e necessitada de matar a minha saudade de passar a noite junto dele aumentar.
- Eu quero ser sua mais uma vez essa noite. -sussurrei em seu ouvido assim que me virei pra ele, fazendo ele arrepiar e me agarrar de maneira possessiva.
- Você vai ser minha, pra todo o sempre. -respondeu sorrindo e colocando novamente seus lábios no meu.