Capítulo - 5

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13/02/2018

- Isabelle! Isabelle! Você está me escutando?

- Oi... sim, sim!

- Parece que não! Aconteceu alguma coisa com você? Você está estranha, no mundo da lua. Não conseguiu dormir ontem à noite? - Susanna pergunta pela segunda vez.

- Não, eu estou bem. Só com um pouco de dor de cabeça. - Mexo no anel em meu dedo, desviando do olhar curioso de Susanna.

- Tudo bem... - Ela diz ainda desconfiada, mas não se atreve a fazer mais perguntas. - Enfim, hoje você tem um baile de caridade no Metropolitan Museum of Art. Você não se esqueceu?

- Claro que não! - Respondo evitando do seu olhar. - Até convidei a Débora para ir comigo.

- Fico feliz! O baile será um evento beneficente com a proposta esse ano arrecadar dinheiro suficiente para alimentar pessoas que vivem em situações precárias e dar elas uma chance de ter uma moradia. Por favor, Presidente! Gaste muito dinheiro.

- Você sabe que sempre participo! Faça uma contribuição de 100 mil dólares para a instituição, em nome do hospital. - Susanna sorrir muito contente. Ela agindo assim faz parecer que nunca participo ou gosto desses bailes beneficentes. Poxa, eu sempre estou doando dinheiro para instituição de caridade.

- Com o maior prazer! Já tem alguma roupa em mente?

- Sim, não se preocupe. Preciso que você contrate um motorista para me levar e buscar, nessa ocasião não vou conseguir dirigir.

- Okay, quando achar um motorista irei te informa. E trarei comigo um remédio para dor de cabeça. - Susanna pisca antes de sair da sala. Às vezes sinto que Susanna cuida melhor de mim do que eu mesma, sem ela estaria perdida.

Volto para meu trabalho, mas depois de dois minutos não consigo concentrar. Só consigo pensar na ameaça. Não foi a primeira vez que recebi ameaças. Mas sinto que dessa vez é diferente, as ameaça sempre é por e-mail, mensagem ou correio, nunca me ligaram. Sem falar que ele citou o nome da minha mãe, o que não faz sentido algum. Isso está me deixando angustiada, preciso tomar algum tipo de medida, assim irei conseguir dormir em paz.

Também para evitar que Harry comece a fazer perguntas sobre isso. Depois do homem rir como um maníaco desliguei o celular, e me levantei da cadeira tão rápido que acabou acordando Harry. Ele perguntou várias vezes o que aconteceu, falando por todo caminho que eu estava muito pálida e trêmula. Por que deixei aquele idiota deitar no meu ombro? Como ele bêbado conseguiu ver que eu estava nervosa?

Juntei todo mundo na mesma hora para ir embora. Como a vida tinha o prazer de me prejudicar, a casa da Débora tinha que ser a última. Fui obrigada ouvir suas perguntas várias vezes.

- Você está bem?

- Aconteceu alguma coisa?

- Por que você está tremendo?

Agora terei o idiota me viajando e fazendo perguntas toda hora que me ver. Decidida acabar com isso de uma vez pego meu celular e ligo para um antigo conhecido. O Sr. Park! Ele foi um antigo amigo da minha família, é dono de um grande jornal muito famoso em Nova York, ele sabe de tudo e de todos. Sem contar que ele é um ótimo hacker. Ele sempre tinha as primeiras notícias dos pacientes do hospital, em troca ele ajudou com alguns favores.

- Alô? A quanto tempo Sr. Park, sabe aquele favor que você está me devendo? Preciso que verifique um número de celular para mim.

Quando acabava de terminar meu pobre almoço no escritório, Débora entra correndo pelo mesmo chegando em minha mesa com a respiração rápida.

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