P.o.v. Bruna
Parece que a vida quer me pregar uma peça, não aguento mais isso, já estou exausta de andar meus pés estão me matando, os biscoitos acabaram ontem meu estomago ronca a cada segundo.
Mais a pior coisa foi passar a noite em claro com medo de cada barulho, a rua não é nada fácil, já passa das dez da manhã e eu estou caindo de sono, paro em um murro onde tem umas latas de lixo e do lado um terreno baldio e me encosto fechando os olhos.
Bruna -só um pouquinho!
Falo pra mim mesma e escorrego para o chão, dormir pode me ajudar a não lembrar da forme, da sede e do medo.Abro os olhos sentindo os pingos de chuva no meu rosto sento, passo a mão no rosto e fico ali sentindo a agua de da chuva em mim, o vapor que sobe do asfalto me sufoca um pouco mais não tenho a menor vontade de levantar e sair, abraço meus joelhos quando o frio começa a tomar meu corpo.
Bruna - ótimo agora vou morrer de pneumonia.
A chuva não da trégua nenhum segundo e eu estou completamente molhada, com frio, fome, sede não mais porque eu tomei a agua da chuva vou morrer mesmo mais pelo menos não morro com sede.
A noite a chuva para, a escuridão no lugar é total, não da pra ver nada além de poucos pontos de luz mais a frente, amanhã eu tento ir mais a frente e procuro um lugar pra ficar que tenha luz e quem sabe comida pelo menos restos, quem sabe um restaurante que posa me da algo pra comer, no mesmo instante um sorriso se abre em meu rosto, só de imaginar algo pra comer eu já sinto alguma esperança.
Mais um dia, acordo com o corpo todo dolorido, minha cabeça parece que vai explodir, o sol hoje esta forte, minha roupa grudada em mim toda molhada ainda, mesmo o sol brilhando eu sinto frio, estou parecendo uma menina de rua, a que ponto eu cheguei não falta mais nada agora.
Xx - ei – puta que pariu, morri.
Meus pensamentos foram cedo demais.
Bruna - hum. – calma bruna não demostre que esta com medo.
Xx -ta fazendo o que aqui.
Bruna - se você presta atenção vai ver que estou sentada.
Xx2 - toma lt. – eu conheço essa voz, levanto o rosto e vejo o filhote do capeta que roubou minha bolsa.
Bruna - ah seu filho da puta, eu vou arrebentar a tua cara, cadê minha bolsa? – o bonitão que falou primeiro me segura mais me debato pra pula em cima daquele cabelo de ovo.
Xx2 - ta doido guria, quer morrer?
Bruna - quem é o filho da puta que vai me matar? – a raiva deixa a pessoa bem louca.
Xx2 - eu. – fala mostrando a arma que ele segura.
Bruna - se você pensa que isso me assusta ta muito enganado, agora porque você não vira homem e larga isso e me mata com suas mão mesmo? Ta com medo. - eu to me cagando mais ele não precisa saber disso, e se eu morrer não vou fazer falta pra ninguém mesmo.
Xx - chega os dois, ninguém vai mata ninguém aqui, agora tu pode ir. - o bonitão que eu ouvi o nome mais esqueci manda o filho da puta ir embora.
Xx2- o chefe mandou eu fecha contigo.
Xx - vai agora depois eu me resolvo com ele.
Xx2- tu que manda.
Bruna - ei volta aqui, eu quero minha bolsa, seu desgraçado. Me larga. – o boy ainda fica me segurando, to com vontade de dar na cara dele.
Xx - fica quieta cara, ta doida.
Bruna - me solta tu deixou o moleque ir, eu quero a minha bolsa.
Xx - depois eu te ajudo a conseguir a bolsa, agora se acalma e me fala o que tá fazendo aqui e como veio?
Bruna - Vim andando e to em pé, falando com um babaca que deixou outro babaca ir sem me devolver minha bolsa.
Xx - mané bolsa, esquece essa porra e me fala logo por que ta aqui, eu sou muito paciente se fosse outro já tinha estourado tua cabeça, manda o papo logo.
Bruna - então me larga. – meu braço já ta doendo de tanto que ele segura, mesmo eu gostando de ta aqui perto dele, o boy é lindo, um gato, e cheira muito bem.
Xx - não, fala logo. – assim eu me desconcentro, ele fez uma cara de mau que deixou ele bem gostoso, eu sei que sou novinha mais não sou cega né.
Bruna - eu sai de casa por motivos que não são do seu interesse, não tenho família e depois do assalto que o seu amiguinho fez eu perdi tudo que me restava e agora to aqui, satisfeito?
Xx - não muito.
Bruna - tu quer o que de mim? Eu já expliquei agora me deixa ir.
Xx - me dar um motivo concreto pra eu não te matar.
Bruna - você não quer fazer isso. - falo o mais confiante possível mesmo tremendo por dentro.
Xx - não.
Nossos olhos se prendem um no outro como imãs minha respiração acelera e por um segundo eu penso que ele vai me beijar mais ele apenas me solta e se afasta.
Xx - se quiser a bolsa e ajuda vem comigo.
Atordoada pelo que aconteceu, ou ia acontecendo eu saio correndo atrás dele. O cara chega sem nem avisar e já quer mandar em mim, mesmo com a revolta interna segui atrás dele porque eu preciso das minhas coisas.
Bruna - vai devagar. – reclamo quando apreso meu passo atrás dele faltando pouco para correr.
Xx - tu reclama demais garota.
Bruna - então ande devagar que eu não reclamo.
Xx - satisfeita? – ele pergunta quando diminui o passo.
Bruna - não.
Parece que nunca chega nesse lugar, eu sei que é exagero meu mais eu to morrendo de cansada e essa droga de homem não para de andar nunca, na frente vejo alguns pivetes com armas grandes e por algum motivo desconhecido por mim me aproximo do boy como se ele fosse um tipo de segurança, o que me deixa confusa é que ele nem falou o nome pra mim ainda e nem perguntou o meu, como ele quer me ajudar se não quer saber nem meu nome? Ai Bruna cala a boca, ou melhor, os pensamentos, se ele não te matar já ta bom, fica todo mundo olhando pra gente e eu me esforço pra não baixar a cabeça com medo daquelas armas, o boy ta com uma bem grande mais por algum motivo eu confio nele, pelo menos ele parece ser confiável.
Xx - vou pega a moto neguin.
O tal neguin só acena com a cabeça e o meu boy, meu nada ta doida Bruna. Ele sobe na moto.
Bruna - pra onde você vai? – me aproximo mais dele com medo dele me deixa aqui.
Xx - sobe.
Bruna - eu não vou subi nisso.
Xx - neguin ajuda a guria aqui.
Bruna - guria é meu...- paro de falar quando o neguin segura meu braço.- Não encosta em mim, eu sei ir sozinha.
Xx - na próxima vai de uma vez e não fica de cu doce.
Bruna -cala a boca.
Xx - porra tu é muito folgada.
Bruna - nunca, sou é apertadinha. – sai sem eu pensar direito.
Ele acelera e só falta me derrubar daquilo que ele diz que é uma moto. Por impulso seguro na cintura dele e que homem meu deus além de lindo tem um cheiro tão bom e um tanquinho que... a moto para e eu desço meio desnorteada.
Bruna - aonde a gente ta?
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Oie meninas e meninos, espero que vocês gostem, curtam e comentem quero saber o que vocês estão achando.
Beijos da juuh
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Minha salvação está no morro. ( Pausada )
Fiksi Remajahistória para maiores de 18 anos. Bruna cresceu sendo maltratada e ignorada pela mãe, depois da morte da única pessoa que lhe amava, seu pai, Bruna fica sozinha e mesmo assim continua sendo forte nunca desiste, as coisas começam mudar quando ela es...