Capítulo 10

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- O que você está querendo dizer com eu ficar aqui? - Ele só podia estar louco, meu braço já estava enfaixado onde o corte foi feito e o resto das lesões já estavam medicados.

- Eu só estou dizendo que suas costelas não estão bem, e se você ficar na sua casa você pode fazer alguma coisa que só piore a situação. - Lucca disse depois de fazer um pequeno exame ao passar as mãos pelas minhas costelas "Nada quebrado" ele disse, "Mas definitivamente não está totalmente bem", e agora ele quer que eu viva com ele esse mês em que elas (as costelas) ficarão de repouso, ele só pode estar com alguns parafusos a menos.

- Lucca, você trabalha e eu também. - Tentei colocar um pouco de juízo na sua cabeça então ele abaixou o suficiente para que seus olhos estivessem diretamente na frente dos meus, eu odiava/amava aquela diferença de altura nossa.

- Não seria mais fácil você ficar aqui esses poucos dias, do que eu ter que viver indo no seu apartamento para te ajudar nas tarefas mais simples? - Ele tinha um ponto, isso não posso negar, mas meu coração batendo mais forte toda vez que ele se aproximava não era realmente o melhor para as minhas costelas também.

Decidi não brigar por hora, no momento que a discussão acabou o seu celular tocou com o alarme, eu não sabia que estava assim tão tarde, ou cedo....

- Me desculpa, eu realmente preciso ir agora, mas não faça nada que prejudique seus machucados. - Revirei os olhos com sua preocupação exagerada, mas sorri pelo mesmo motivo. - Não vá ao seu apartamento, use alguma roupa minha até eu chegar, tudo bem? Quando voltar eu te ajudo a trazer algumas coisas.. - Ele dizia ao mesmo tempo que terminava de se arrumar e assim que o fez ele depositou outro beijo na minha testa. - Se cuida.

E então ele saiu, com o seu terno e gravata, pela primeira vez notei que nunca soube no que ele trabalhava, anotei essa pergunta na cabeça para fazê-la assim que ele chegasse, e antes mesmo de perceber eu já estava o esperando.

**

Lucca

Departamento de polícia de NY - 07: 34

- Finalmente na hora. - Carter disse entrando ao meu lado e me dando um copo de café, agradeci e fomos juntos as nossas mesas para começar mais um dia de trabalho.

O caso da Imperatriz estava parado, e o meu contato não respondia minhas mensagens a tempo o bastante para eu acreditar que ele não cumpriria com a parte dele do acordo. A manhã passou relativamente rápido e na hora do almoço eu e Carter decidimos ir para um restaurante ali perto.

- Está esperando a ligação de quem? - Sem eu perceber já tinha pegado meu celular mais vezes do que o normal. Charlotte não me ligou uma vez sequer e não que eu estivesse preocupado, mas gostaria de saber o que ela estava fazendo.

- Ninguém. - Disse, mas um sorriso brincou nos meus lábios o suficiente para Carter ver.

- Namoradinha nova? - Eu não respondi, apenas tomei mais um gole do suco e voltamos a comer, minha amizade com o Carter era bastante longa, nos conhecíamos desde a época da academia de polícia e desde então ficamos juntos, então nós entendíamos muito um ao outro, por isso que quando não o respondi ele apenas me mandou um sorriso cúmplice, ele provavelmente percebeu que aquilo estava longe de ser apenas um caso de uma noite.

Assim que meu expediente acabou fui mais rápido do que esperava para casa, normalmente sempre pegava o metrô mas dessa vez peguei o ônibus para a viagem ser um pouco mais curta. Enquanto subia as escadas meus pensamentos voavam, eu realmente não sabia por que estava tão ansioso com toda a situação. Charlotte era linda, seus cabelos avermelhados, corpo curvilíneo, lábios cheios e olhos numa cor de verde âmbar única.

A ImperatrizOnde histórias criam vida. Descubra agora