Alana
Se passaram quase dois meses desde que eu havia desmaiado. Eles me liberam para eu poder resolver tudo, e assim fiz. Hesitei em voltar para o hospital, mas por mais que eu fosse totalmente sozinha, estou com um tumor cerebral raro para minha idade, um câncer maligno e que tem poucas chances de algo dá certo. Então voltei e comecei a fazer o tratamento intensivo.
— Boa tarde, Alana. Como você se sente? -disse o doutor Seokjin entrando no quarto onde eu estava.
— Cansada.
— Eu também. - ele senta do lado da minha cama.
Todos os dias Jin -como os amigos dele o chama - ia ao meu quarto perguntar como eu estava. Era uma rotina e com isso percebi que ele não era um homem que ria ou não demonstra felicidade com a vida.
— Por que você é sempre fechado? Nunca ri?- pergunto curiosa.
— Não sinto vontade. -ele cruza as pernas.
— Como você não sente vontade de rir trabalhando com o Lucas? É impossível! Aquele homem faz meu dia feliz. - dou um riso.
— Entendi. -disse me olhando sério.
— Jin, vou te chamar de "Jin". -digo como se eu não precisasse de aprovação dele e ele franze o cenho. — Não quero te dar sermão ou comparar minha vida com a sua, na verdade, quero que você reflita. Eu nunca tive uma família e nem amigos, mas todos os dias da minha vida eu tento ser feliz, sabe? Eu acredito que você tenha uma ótima vida financeira e é um homem com saúde e muito bonito.
Jin me olha de um jeito estranho e vejo ele dar um sorriso. Meu Deus! O que foi esse sorriso?
— Acho que você reclama demais e se acha muito triste para quem tem uma longa e boa vida pela frente. Tente olhar a vida pelo lado bom, nada acontece sem um propósito. Eu te falo uma coisa, ou você começa a ser feliz ou eu vou te expor falando que só vem no meu quarto descansar.
— Mas eu venho trabalhar, Alana.
— Não minta para mim.- dou risada e ele me acompanha. — Você fica melhor sorrindo.
Antes que ele pudesse responder, Lucas, o enfermeiro, entra na sala e olha para Jin como se perguntasse o porque ele estava sentado.
— Ele descobriu? -disse Lucas.
— Vocês dois fazem meu quarto de lugar de descanso. Vão trabalhar. -dou risada e Jin sai da sala dando um sorriso discreto.
— Ele sorriu? - se aproxima de mim.
— Você acredita?
— O mundo não é mais o mesmo, Alana. -disse rindo
— Lucas, queria que você me ajudasse.
— Em que?
***
Jin
— Lucas, vem almoçar comigo?
— Só vou guardar meu jaleco.
Depois de alguns minutos, ele volta. Fomos em um restaurante que ficava a dez minutos do hospital e fazemos nossos pedidos.
— Olha, você tem uma admiradora secreta no hospital. - falou tomando um pouco de água e eu arqueio as sobrancelhas. — Aqui.
Ele tira o papel do bolso e me entrega. Quando abro, começo a gargalhar e Lucas me acompanha.
" oi " - era o que estava escrito.
— Não sei porque você está rindo, mas sua risada é incrível. -disse.
— Foi você que escreveu isso? Quem escreve "oi" em um papel? -mostro para ele. — Geralmente escrevem um monte de coisa declarando o amor.
— Eu não escrevi. Foi alguém do hospital.
— E quem foi? - observo o garçom vindo com nossos pedidos.
— Qual a graça de falar quem é sua admiradora secreta?
— Não sei. - o garçom nos serve e começamos a comer.
— Responde sua admiradora secreta.
— Parece coisa de criança.
— Cala boca, Jin. Você sempre foi um crianção, agora parece velho. -revira os olhos. — Eu duvido você responder
— Cade a droga da caneta? - digo irritado e magicamente, Lucas tira uma caneta do bolso da sua jaqueta e me entrega.— Por que acho que você já estava planejando que eu respondesse?
— Porque eu estava.
Encaro o papel e começo a escrever.
" oi "
— Quase um poeta. - disse com cara de tédio.
— Você quer que eu escreva o que?
— Algo assim. - ele limpa a garganta e engrossa a voz. — Oi, minha nova amada. A pessoa que deu ânimo na minha vida.
— Eu ia pagar seu almoço, mas agora não vou mais.- balanço a cabeça em um sinal de negação.
— BRINCADEIRA, JIN. VOCÊ É UM POETA! PRÍNCIPE DE ARMADURA BRANCA.
Começo a rir e lembro o que Alana havia me dito mais cedo. Como eu não dava risada trabalhando com o Lucas? Eu preciso rever como estou vivendo.
Lembre-se sempre que: Plágio é crime: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Batendo Novamente
FanfictionSeokJin é médico, mas totalmente infeliz. Até que um dia ele se depara com duas surpresas em uma: Uma paciente que tem um sério tumor cerebral e que pode ser sua admiradora secreta. Alana é uma pessoa que tem um enorme amor a vida, mas e agora? Será...