Capítulo 2

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Alana


Se passaram quase dois meses desde que eu havia desmaiado. Eles me liberam para eu poder resolver tudo, e assim fiz. Hesitei em voltar para o hospital, mas por mais que eu fosse totalmente sozinha, estou com um tumor cerebral raro para minha idade, um câncer maligno e que tem poucas chances de algo dá certo. Então voltei e comecei a fazer o tratamento intensivo.

— Boa tarde, Alana. Como você se sente? -disse o doutor Seokjin entrando no quarto onde eu estava.

— Cansada.

— Eu também. - ele senta do lado da minha cama.

Todos os dias Jin -como os amigos dele o chama - ia ao meu quarto perguntar como eu estava. Era uma rotina e com isso percebi que ele não era um homem que ria ou não demonstra felicidade com a vida.

— Por que você é sempre fechado? Nunca ri?- pergunto curiosa.

— Não sinto vontade. -ele cruza as pernas.

— Como você não sente vontade de rir trabalhando com o Lucas? É impossível! Aquele homem faz meu dia feliz. - dou um riso.

— Entendi. -disse me olhando sério.

— Jin, vou te chamar de "Jin". -digo como se eu não precisasse de aprovação dele e ele franze o cenho. — Não quero te dar sermão ou comparar minha vida com a sua,  na verdade, quero que você reflita. Eu nunca tive uma família e nem amigos, mas todos os dias da minha vida eu tento ser feliz, sabe? Eu acredito que você tenha uma ótima vida financeira e é um homem com saúde e muito bonito.  

Jin me olha de um jeito estranho e vejo ele dar um sorriso. Meu Deus! O que foi esse sorriso? 

— Acho que você reclama demais e se acha muito triste para quem tem uma longa e boa vida pela frente. Tente olhar a vida pelo lado bom, nada acontece sem um propósito. Eu te falo uma coisa, ou você começa a ser feliz ou eu vou te expor falando que só vem no meu quarto descansar.

— Mas eu venho trabalhar, Alana.

— Não minta para mim.- dou risada e ele me acompanha. — Você fica melhor sorrindo.

Antes que ele pudesse responder, Lucas, o enfermeiro, entra na sala e olha para Jin como se perguntasse o porque ele estava sentado.

— Ele descobriu? -disse Lucas.

— Vocês dois fazem meu quarto de lugar de descanso. Vão trabalhar. -dou risada e Jin sai da sala dando um sorriso discreto.

— Ele sorriu? - se aproxima de mim.

— Você acredita?

— O mundo não é mais o mesmo, Alana. -disse rindo

— Lucas, queria que você me ajudasse.

— Em que?


***


Jin

— Lucas, vem almoçar comigo? 

— Só vou guardar meu jaleco.

Depois de alguns minutos, ele volta. Fomos em um restaurante que ficava a dez minutos do hospital e fazemos nossos pedidos.

— Olha, você tem uma admiradora secreta no hospital. - falou tomando um pouco de água e eu arqueio as sobrancelhas. — Aqui. 

Ele tira o papel do bolso e me entrega. Quando abro, começo a gargalhar e Lucas me acompanha.

" oi " - era o que estava escrito. 

— Não sei porque você está rindo, mas sua risada é incrível. -disse.

— Foi você que escreveu isso? Quem escreve "oi" em um papel? -mostro para ele. — Geralmente escrevem um monte de coisa declarando o amor.

— Eu não escrevi. Foi alguém do hospital.

— E quem foi? - observo o garçom vindo com nossos pedidos.

— Qual a graça de falar quem é sua admiradora secreta?

— Não sei. - o garçom nos serve e começamos a comer.

— Responde sua admiradora secreta.

— Parece coisa de criança.

— Cala boca, Jin. Você sempre foi um crianção, agora parece velho. -revira os olhos. — Eu duvido você responder

 — Cade a droga da caneta? - digo irritado e magicamente, Lucas tira uma caneta do bolso da sua jaqueta e me entrega.— Por que acho que você já estava planejando que eu respondesse?

— Porque eu estava. 

Encaro o papel e começo a escrever.

" oi "

— Quase um poeta. - disse com cara de tédio.

— Você quer que eu escreva o que?

— Algo assim. - ele limpa a garganta e engrossa a voz. — Oi, minha nova amada. A pessoa que deu ânimo na minha vida. 

— Eu ia pagar seu almoço, mas agora não vou mais.- balanço a cabeça em um sinal de negação.

— BRINCADEIRA, JIN. VOCÊ É UM POETA! PRÍNCIPE DE ARMADURA BRANCA.

Começo a rir e lembro o que Alana havia me dito mais cedo. Como eu não dava risada trabalhando com o Lucas? Eu preciso rever como estou vivendo.



Lembre-se sempre que: Plágio é crime: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

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