Capítulo 8

145 22 4
                                    

Plágio é crime: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.


Capítulo sujeito a revisão.


Alana


Algum tempo atrás...


— EU QUERO VOCÊ FORA DESTA CASA!

— Pai, por favor... -digo chorando.

— SAIA AGORA! VOCÊ NÃO PASSA DE UMA VAGABUNDA QUE TERÁ UM FRUTO DA PROSTITUIÇÃO. -olha com desdém para minha barriga que ainda não tinha sinal de gravidez.

— Mamãe, por favor... Me ajuda. Eu não tenho para aonde ir e é noite. - minha mãe desvia o olhar de mim.

— Até nunca mais, Alana.

Ele bate a porta na minha cara e eu fico paralisada. Caio no chão chorando e grito para que eles me perdoassem, mas foi em vão. Chamaram a polícia alegando que eu estava fazendo escândalo em uma casa que não era minha. Tive que entrar na viatura com o resto das minhas coisas e com os vizinhos me olhando com desgosto.

— Por que você estava gritando em uma casa que não era sua?

— Era minha casa, mas me expulsaram e possivelmente não sou mais filha deles. -falo tentando segurar o choro.

Depois de alguns minutos, o policial me libera. Para onde eu iria? Eu não tenho casa, nem amigos e meu namorado quando soube que eu engravidei sumiu, assim como a família dele. Eu estava sozinha, só eu e meu filho.

Depois de muito pensar, decidi ir em um hostel que era o mais econômico para mim.

— Gostaria de saber se ainda tem vaga para o quarto coletivo feminino?

— Uma. Vai querer?

Depois de pagar uma única noite, a moça me guia até um quarto que havia 4 mulheres. Arrumo minhas coisas em um canto e me deito.

— Hey. -falou uma das mulheres e eu apenas olho. — O que aconteceu com você?

— Por que? -pergunto.

— Você está um olhar abatido e parece que chorou muito. -disse uma senhora.

— Fui expulsa de casa porque estou grávida.

Todas ficam em silêncio e a senhora volta a falar.

— Eu também fui quando eu era jovem. Me chamo Angelina. Aquela se chama Meg - aponta para a mulher que puxou assunto comigo. — Sophia e Gabriele.

— Eu sou Alana. - me sento na cama.

— Sabe, Alana, ninguém merece ser tratada como você foi pelos pais. -disse Angelina. — Meus pais me chamavam de aberração e nunca mais os vi, mas me tornei essa senhora gostosa. - todo mundo riu.

— Você vai ficar bem. -falou Gabriele que aparentava ter seus vinte e cinco anos.

— Eu vou tentar.

— Me diga, Alana. Você tem lugar para ficar? - disse Angelina.

— Não.

— Vem morar comigo, eu moro sozinha. Ter uma jovem vai ser legal!

— Não posso aceitar, você não me conhece e eu também não te conheço.

— Ninguém aqui se conhece. - disse rindo. — Mas eu consigo ver sua boa alma e sua história é igual a minha.

Depois de muito conversar com aquelas mulheres, eu acabo aceitando o convite da senhora. Ela seria a única pessoa que poderia me ajudar.


***


Dois anos se passaram desde que fui expulsa de casa e Angelina me acolheu. Ela me criou como uma mãe, me alimentou e me ajudou a arrumar um emprego mais digno. Muitas coisas boas aconteceram. Angelina me levou para praia pela primeira vez, a levei para uma balada e ela fez muito sucesso e a melhor parte dos meus dias era o final de noite, nós duas tomando chá e comentando sobre a novela.

Angelina me ajudou a superar a perda do meu filho, foi o momento mais difícil e só consegui superar porque eu estava com ela. Ela me dizia "Filha, a vida é maldosa, mas só às vezes. Tudo acontece por um propósito. Você acredita nisso? Se sim, viva feliz. Seja feliz e veja a vida com outros olhos por mais que seja difícil."

Angelina morreu há cinco meses atrás e me deixou a casa como herança, ela não tinha filhos, pois também perdeu e nem marido. Angelina me criou e me amou profundamente,  ela penteou meus cabelos cacheados e elogiava a cor da minha pele. Eu amava Angelina de um modo puro e genuíno. Suas últimas palavras foram: "A vida é linda, então siga em frente e mostre para você mesmo que você é útil e especial. Eu te amo, Alana"

Eu te amo, Angelina. Obrigada por tudo.


***


Jin se tornou muito para mim em pouco tempo. Não sabia que era possível amar tão rápido. Quando eu disse que o amava e ele me correspondeu, foi como se tudo se eu tivesse vivido tivesse valido a pena. Acredito que Angelina olharia para ele e iria assobiar e dizer "Que peixão foi esse que você pegou? Meu colírio".

Comecei a ver a vida como Angelina me falava, e ela é muito boa. Viver é incrível! Poder dormir, sonhar com algo bom, acordar e comer algo. As coisas simples fazem valer a pena. Nunca tive amizades que eu pudesse falar "É para sempre", nunca tive um romance que pudesse durar mais que três meses. Me perguntava o por quê daquilo e se o problema era comigo, depois de algum tempo pude ver que eu era o suficiente, eu não precisava de muitas pessoas, não precisava de alguém, porque eu comecei a me amar.

Quando cheguei no hospital pude ver o que era amizade, amizade com o enfermeiros, nutricionistas, doutores e etc. Eles são uma família para mim. Eu amo cada um deles. Eu amo Jin por ter visto algo bom em mim e me sinto realizada por ter pessoas do meu lado.



Oi, lindossss! O capítulo de hoje foi curtinho. Quinta é o capítulo final (BEM GRANDE) e sexta vou postar um capítulo bônus. Prepara o coração que quinta feira vai ser de sair gritando. 

Beijosssss <3

Batendo NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora