🎀 Almoçar, Na Sua Casa?

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Callie Torres
Seattle - Washington, D.C

Junho, Ano de 2018

A vida segue acontecendo nos detalhes, nos desvios, nas surpresas e nas alterações de rota que não são determinadas por você.

🌼

Callie encontrava-se impaciência naquela manhã, não sabia o motivo. Não entendia o porque seu coração estava apertado. Olhava várias vezes para filha de sua amada conversando com uma garota negra super sorridente. Viu quando a menina de cabelos negros fez uma trança nas madeixas douradas de Bárbara. Sorriu, a menina era tão gentil quanto a mãe, sempre tratando os amiguinhos com respeito, e muito receptiva.

A morena saiu de seus devaneios quando escutou o sinal indicando o final da aula.

Caminhava despreocupada pelo corredor até a sala dos professores, quando sentiu um corpo pequeno bater ao seu lado.

— oh... Professora, me desculpe, não vi a senhora – falou Bárbara sorrindo e ofegante por ter corrido

— Tudo bem querida. – automaticamente e por puro extinto materno, colocou uma mexa do cabelo da menina atrás da orelha

— Professora... – a menina colocou a mão no queixou pensativa

Callie sorriu

"Ela tem todos os trejeitos da mãe"

— fale!

A menina balançou a cabeça de um lado para o outro como se tivesse com dúvida.

— fale querida!

— a senhora quer almoçar amanhã na minha casa? – a menina balançava o corpo pra frente e para trás esperando a resposta da professora

— almoçar... na sua casa? – Callie quase se engasgou com as palavras

— Sim.

Quando morava na Rússia, Bárbara tinha costume de convidar algum professor que gostava muito para almoçar na sua casa, era algo normal para jovem, e as mães também compartilhavam da mesma idéia.

— suas mães sabem? – a morena perguntou incerta.

— Sim – mentiu por uma boa causa. A menina sabia que era errado mentir, mais sabia que se falasse a verdade a professora não aceitaria – então... A senhora vai?

— Eu não sei, não quero atrapalhar

— vai nada, minhas mães vão adorar falar com senhora – a menina sorriu mostrando as covinhas

"aí senhor"

Callie tinha dúvidas em aceitar, aparecer do nada na casa de Arizona, e se ela não gostasse? E Amélia?

Eram muitas dúvidas pairando em sua cabeça, mais também era impossível resistir ao poder de persuasão da menina, que com certeza herdou da mãe.

— vamos tia, aceita – a morena sorriu ao ser chamada de tia, mais ficou estranhamente incomodada. – por farvozinho – juntou as mãos em súplica com olhos azuis brilhando

— Antes de aceitar, quero fazer uma pergunta

— qual?

— porquê quer tanto minha presença

A menina colocou a mão no queixo pensando

— bem... A senhora é muito legal, divertida, sorridente e é minha professora mais bonita. Acho que a senhora vai se dar bem com as minhas mães.

DESTINO - [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora