Callie Torres
Paris - FrançaJulho, Ano de 2018
O amor é forte como a morte. O ciúme é cruel como o túmulo.
(Salomão)(...)
— Não! – respondeu a loira. Ela tentou lutar contra todos os sentimentos existentes dentro de si. Como poderia ir contra um amor que nunca lhe deixou? Como tentar esquecer algo tão forte que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar? Como arrancar do coração algo enterrado nas profundezas da sua alma e marcada na camada subcutânea da sua pele? Era impossível!
Não
Não
Não
Era a primeira vez na vida que uma palavra negativa, era tão positiva ao mesmo tempo. Vendo fora de todo o contexto que aquela palavra abrangia, com certeza seria uma coisa ruim. Seria... Mais não era.
Era difícil acreditar no que seus ouvidos acabaram de escutar, realmente Callie não estava acreditando.
— Você pode repetir! – pediu a morena não contendo o sorriso
— Não! Não é tarde demais – respondeu.
Na verdade, nunca foi tarde.
Callie passou os braços envolta da outra e a trouxe para perto. Adentrou os cabelos macios e cheirosos e fechou os olhos querendo eternizar o momento. Mais uma vez, depois de muito tempo, tinha o anjo nos braços.
— Meu Anjo – Arizona fechou os olhos e relembrou as inúmeras vezes que escutou aquelas palavras vindas da morena. Passou os braços pela cintura da mesmo e afundou o rosto em seu peito, agarrando-lhe o corpo como se fosse seu último dia na terra. Ou todas as respostas para suas perguntas. – quero te levar a um lugar. – falou Callie depois de um tempo.
— Onde? – perguntou a loira curiosa
— Vem – pegou na mão da loira e às duas saíram de fininho para os amigos não perceberem
Como da primeira vez que estiveram ali, Callie levou a loira até a Pont des Arts. O lugar não era muito longe de onde se encontravam. Em poucos minutos estavam sobre a ponte e diante do lago.
— Se lembra que você me falou que queria voltar aqui com a pessoa que amava? – perguntou Callie
— Sim – a loira colocou as mãos sobre a grade de ferro e mirou o lago profundo e escuro pela noite.
— eu sei que essa volta a Paris não foi do jeito que você planejou, e eu sou culpada por isso. Mas, queria dizer que.... Apesar das circunstâncias, e com tudo diferente. Não vou desistir de você.
A loira sorriu e Callie lhe beijou a testa.
— Agora vamos ao parque – Callie pegou na mão de Arizona e seguiram até o campo verde, mais antes passaram em uma barraca e a morena comprou uma maçã do amor – para você
— Não vai querer?
— Não – sorriu
Como se tivesse refazendo os passos de anos atrás, Callie levou Arizona exatamente ao primeiro parque que conheceram.
— você parece uma menina – falou Callie, olhando e admirando a loira degustar a maçã. Às duas estavam sentadas debaixo de uma árvore, como duas crianças se protegendo da chuva.
— eu não sou uma menina, Callie. Sou uma mulher – a loira falou como se fosse óbvio
— Eu sei, oras – riram – Sei que você é uma mulher, é impossível não notar. O que quero dizer é que, ainda tem aquele jeito de menina. Os anos podem passar, mais você sempre vai ser aquela menina. Olha como você come essa maçã, parece uma criança – Callie falou rindo ao notar as laterais dos lábios da loira lambuzados com a calda vermelha.
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DESTINO - [EM REVISÃO]
RomantikO que acontece quando você encontra o amor da sua vida no colegial? Calliope sempre foi uma garota agitada, se metendo em encrencas, junto com seus amigos, Meredith, Mark e Addison. Sempre gostaram de farras e muito festa. Com 19 anos, e no último a...