🎀 Ninguém Vai Nos Atrapalhar

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Arizona Robbins
Seattle - Washington, D.C

Dezembro, Ano de 2005

Posso passar muitos dias sem te ver, muitos dias sem te abraçar, mas isso nunca me fará parar de te amar

🌼

Emma subia as escadas quando escutou um choro, contido, mais cheio de dor, vindo do quarto de sua neta. A mulher rapidamente entrou, encontrando a menina jogada na cama e forma estática, olhando para o nada.

A mulher se sentou na cama e passou a mão nos cabelos da menina

— Ei meu amor, o que foi? – Emma tirou os sapatos e se deitou na cama, puxando a jovem para seus braços – fale para vovó o que tá acontecendo, meu bem

— ela enfiou uma faca no meu peito, vovó – a menina chorava tanto, que em poucos minutos a camisa de Emma se encharcou com suas lágrimas – Dói bem aqui ó... – a jovem menina levou a mão ao peito mostrando para a avó sua dor – Dói muito

Emma suspirou.

— vai ficar tudo bem, minha vida – a mulher falava baixo e com toda calma e paciência do mundo

Não podia fazer nada naquele momento, não podia tirar a dor de sua neta, infelizmente a vida era assim. Tudo na vida é um aprendizado, mais a dores do coração, esses sim, deixavam marcas.

A mulher que usava um vestido, tirou, ficando de lingerie. Se acomodou melhor na cama e puxou a menina de modo que ficassem de conchinha. Sentindo o calor do corpo da avó, Arizona se aninhou mais e fechou os olhos sentido-a acariciar seus cabelos, algo que gostava muito, e se sentia mais perto de sua mãe, pois a mesma fazia cafuné na jovem quando era mais nova.

Naquela noite, as coisas não foram fáceis. Depois de muito tempo, Arizona voltou a ter pesadelos, acordou várias vezes durante a noite. Emma não pregou o olho um segundo naquela madrugada.

...

Uma Semana Depois...

Durante os dias seguintes, as coisas pioraram. A dor de cólica aumentou, e a loira se perguntava de onde saia tanto sangue. Por três dias a jovem menina de olhos azuis teve febre emocional, muito preocupada, Emma ficou tentada a procurar Callie, era a única solução para o mau da neta, mais a jovem não deixou, não deixaria Callie entrar em sua vida novamente.

Emma com cara de aflição sempre repetia para si: Há males que vêm para o bem. Tentava se confortar, e saber que aquilo era passageiro.

Tempo.

Tempo, era o remédio.

Ao cair da noite Arizona resolveu sair sozinha, ficar só consigo mesma. Entrou em um bar e pediu tequila com alguns petiscos. Queria esquecer tudo, sua vida, suas dores... tudo. Se possível, poder até a memória.

Já sentada na mesa, virou uma dose de tequila e ficou olhando para o copo vazio

— está só querida? – Lauren se aproximou da jovem

— Sim... – Arizona se virou e deu de cara com a professora

— posso ficar com você?

— sentir-se professora – a loira riu

— Me chame de lauren, Arizona. Ser chamada de professora fora da escola por uma jovem atraente como você, não é legal.

— a senhora sempre faz gracinhas com tudo né pro-fe-sso-ra – a jovem falou estralando a língua nos lábios

DESTINO - [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora