Ten

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Tédio. Era isso que Deidara sentia ao observar Itachi lendo a sua frente. Estavam em aula vaga, pois o professor de havia contraído algum tipo de virose, mas ao invés de mandá-los para casa o diretor resolveu que seria melhor deixá-los vegetando pela escola e isso era um saco.

— Itachi, eu estou entediado, então será que você pode pelo menos conversar comigo?

— Eu estou na melhor parte da história, Deidara

— Nossa, quanta consideração pelo seu amigo.

— Sem drama.

— Fala sério, por que não vamos para o ginásio? Os garotos da turma "C" estão jogando vôlei e vamos poder observar eles sem camisa depois. — Disse fazendo Itachi o encarar incrédulo — O que? Eles são gostosos.

— Eu realmente prefiro ficar aqui.

— Sei que está mal humorado pelo que aconteceu com o seu primo, mas não dá para desenfiar a cara desse livro e tentar viver no mundo real?

— Não — respondeu prontamente, virando uma página.

— Por que de todos os meus amigos, você é o único que faz parte da minha turma de história?! — pensou alto, deitando-se sobre a mesa em que estavam.

— Não sou eu que faço os horários — respondeu simples.

— Não me diga?! — ironizou virando os olhos, e levantando-se logo em seguida — Bom, eu vou ao banheiro e se por acaso eu não voltar é porque eu encontrei algo melhor para fazer pelos corredores.

Itachi apenas acenou positivamente, e Deidara revirou os olhos mais uma vez antes de se dirigir para dentro da escola. Andou calmamente pelos corredores vazios, observando a movimentação dentro das salas e decidiu usar o banheiro do terceiro andar da escola, que mesmo sendo um pouco mais longe que o do térreo não demorou até que chegasse lá.

Antes que abrisse a porta, Deidara sentiu alguém se chocar contra si, o fazendo cair no corredor, mas assim que se deu conta de quem se tratava desistiu de recitar um pedido de desculpas.

— Tsc, olhe por onde anda, bichinha — disse Hidan com desprezo.

— Olhe você por onde anda! — resmungou irritado ao se levantar.

— Está querendo me irritar, loirinho? — perguntou levantando uma das sobrancelhas.

— Por que você não volta a cheirar a sua cocaína de merda ao invés de encher o meu saco, Hidan?

Deidara passou pelo platinado e esbarrou propositalmente em seu ombro, mas antes que pudesse entrar no banheiro ele o segurou pelo colarinho.

— O que disse? — rosnou.

— Eu acho que falei alto o suficiente, por acaso você ficou surdo? — disse ao encará-lo por cima do ombro.

O platinado rangeu os dentes claramente irritado e um sorriso debochado brotou nos lábios do Namikaze.

— Algum problema, rapazes? — soou a voz atrás de ambos.

Hidan olhou com desdém para o homem que já passava de seus sessenta anos e soltou o colarinho do loiro e logo se pôs a responder a pergunta que ele havia feito.

— Claro que não, senhor Hiruzen, estávamos só conversando.

— Compreendo... — disse olhando de um para o outro, desconfiado. — Entretanto, ainda estamos em horário de aula, então tratem de voltar para suas devidas salas.

— Minha turma é a que está no pátio diretor, eu só vim usar o banheiro e acabei encontrando o Hidan. — sorriu falsamente.

— Então volte para lá o mais rápido possível, não deve ficar perambulando pelos corredores do colégio.

The Love is VintageOnde histórias criam vida. Descubra agora