Fourteen

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Itachi desceu um pouco apressado as escadas e pegou uma das chaves sobre a mesinha antes de andar calmamente até a sala. Havia acabado de falar com Shisui, que estava de folga como prometido. Mikoto estava sentada no sofá lendo uma revista feminina e, assim que viu o filho parado na porta da sala, adiantou-se em lhe lançar um sorriso amoroso.

— Vai sair querido? — perguntou ao perceber o primogênito mais arrumado que o comum.

— Vou passar a tarde na casa do Shisui, tudo bem?

A ideia inicial era que saíssem para algum lugar, mas Itachi acabou convencendo Shisui de que era melhor ficar em casa sem fazer nada, afinal, tinha tempo que não se falavam direito.

— Contanto que volte antes do jantar. — Itachi acenou em concordância. — Fico feliz que você e o seu primo estejam bem de novo.

— Então percebeu?

— É claro que sim, sou a sua mãe e presto muita atenção nas coisas. Mas o que aconteceu entre vocês? Eu não quis me intrometer antes, mas admito que, se durasse um pouco mais de tempo, eu iria intervir. Kagami também estava preocupado.

— Não foi nada demais, nós só brigamos por causa de um mal entendido...

— Entendo, querido... — Mikoto não quis pressionar o filho por uma resposta mais concreta, sabia como os dramas da adolescência às vezes não cabiam aos pais e estava disposta a respeitar isso. Tudo que importava era que Itachi parecia feliz agora. — E já que vai passar a tarde lá, convide Shisui e Kagami para jantarem conosco. Sasuke vai gostar da surpresa.

— Claro, mãe — disse indo até a matriarca e dando-lhe um beijo na bochecha. — Eu estou indo agora.

— Até mais, querido.


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— Se continuar andando de um lado para o outro, vai acabar fazendo um buraco no chão — disse Kagami ao descer as escadas, chamando a atenção de Shisui que parecia impaciente. — O que está fazendo?

— Esperando Itachi, ele vai passar a tarde aqui.

— Não vai trabalhar? — questionou se sentando em uma das poltronas, enquanto Shisui se sentava no sofá.

— Não, pedi uma folga... Fazia tempo que não ficava livre.

— Você estava trabalhando muito. Se não tivesse largado um dos turnos, eu iria obrigá-lo a isso. Recebi ligações e advertências da escola dizendo que você estava sem foco e dormindo nas aulas, isso certamente era por causa do excesso de trabalho. Você e Itachi também estavam com problemas, não é? Está tudo bem?

— Sim, pai, está tudo perfeitamente bem, e trabalhar dois turnos realmente não foi uma boa ideia.

— Certo, mas não durma mais nas aulas e preste atenção. É o seu último ano, e você precisa se esforçar para conseguir bolsa em uma boa universidade. Também se lembre de que sou o seu pai e seu amigo. Se estiver com algum problema e precisar de mim, eu sempre vou estar aqui para você.

— Eu sei, pai, obrigado.

A campainha tocou, e Shisui quase correu até a porta, sorrindo de forma radiante ao abri-la para o primo.

— Oi — disse Itachi assim que entraram, mas Shisui apenas continuou sorrindo de forma boba para ele. — Não vai me convidar para entrar?

Sem responder, Shisui agarrou o primo pela mão e começou a arrastá-lo para o andar de cima. Kagami os seguia com o olhar e, vendo que o filho não pretendia parar, pigarreou, chamando a atenção dos dois adolescentes que pararam no meio da escada.

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