Esperando o Melhor de Deus pra Mim

Capítulo 5♡

Narrado por Jonatas

Simplesmente aconteceu. Desde que eu conheci Esther, eu sei que ela é a garota certa para mim. Eu aq conheci quando ela entrou na igreja. No início da nossa amizade, descobri que ela tocava violão e cantava de uma forma angelical, mas não gostava de cantar em público, pela timidez dela. Também sei que ela ama os evangelismos. Sempre me manti próximo a ela, mesmo que me visse como um amigo, mas já era um começo. Quando ela entrou em um relacionamento, a uns dois anos atrás, eu lhe disse que aquilo não era certo. Victor se dizia cristão, mas não era, de fato. Pelo que eu o conhecia, ele não queria saber de igreja, e ela era nova convertida, tinha acabado de aceitar a Jesus. E o que ela fez? Simplesmente ignorou meu conselho. E é óbvio que eu fiquei com raiva a princípio, depois fiquei chateado. Mas quando o Victor a magoou, eu direcionei minha raiva a ele e até hoje não nos damos bem. Depois de um tempo, ele foi embora para outra cidade, bem distante. Eu só queria poder protegê-la da maldade de pessoas como o Victor, que só vem para se aproveitar e depois que magoam vão embora, sem mais nem menos.

Ela ficou depressiva por um longo período de tempo, mas com a ajuda de Isadora, Rebeca, Alice, Calebe, e eu (que não poderia estar de fora) ela melhorou muito. Já não estava mais triste, se tornou uma pessoa bastante alegre e passou a buscar mais a presença do Senhor. Foi aí que eu tive certeza: ela era a minha escolhida. Porém, diante de todo o processo que ela passou ao lado de Victor, ela decidiu que seria celibatária. Tinha certeza que seria algo apenas do momento, mas até hoje ela ainda se encontra fechada para o amor. E eu continuo orando por ela, pois aprendi com a irmã Regina que devemos fazer do nosso tempo de espera o nosso maior aliado, e que devemos usar esse tempo para nós prepararmos, para quando o momento certo chegar, nós estajamos prontos para a chegada do amor.

Quando eu a convidei para irmos a sorveteria, eu estava apreensivo, confesso. Pensei que ela perguntaria novamente o porquê de eu estar emburrado na escola dominical, mas ela não perguntou. Ainda bem.
Eu não gostei nada do que vi lá. O primo do Calebe, um tal de Marcos, apareceu, e pelo que eu vi, ficou de olho em Esther. Parece que ela também notou a presença dele e de vez em quando olhava em sua direção. Eu estava com ciúmes, só não queria admitir. Não tenho o costume de ficar emciumado com qualquer garoto que se aproxime de Esther, apenas tenho um pé atrás quando se trata dos sentimentos dela. Ela não merece passar novamente pelo que já passou há um tempo.

Quando chegamos a sorveteria, nós desabafamos um com o outro, isso era um costume nosso. Eu a ouvia e lhe dava conselhos e ela fazia o mesmo. Quando contei a ela que o motivo de estar daquela forma era a irresponsabilidade do meu pai por estar bebendo novamente, ela se preocupou e como sempre, me deu um ótimo conselho. Meu pai sempre fazia isso, largava a bebida por um tempo, mas logo voltava ao vício. Ele passava dias e noites na porta do bar, sujo e por vezes, com as roupas rasgadas. Em diversos casos, eu precisei ir buscá-lo e ajudá-lo a tomar um banho. E o que acontecia em seguida? Por estar tão alterado, meu pai quebrava coisas da casa, queria bater na minha mãe, mas eu jamais deixei que as coisas chegassem a esse ponto. Eu ficava com tanta raiva, que socava a parede com os punhos. Não conhecia outro jeito de aliviar a raiva latente, que fervia em mim como um vulcão em erupção. Alice se trancava no quarto e chorava. Eu sabia disso porque, quando ia procurá-la, ela me mandava ir embora, com a voz de choro que a denunciava. Passei temporais turbulentos no meu lar. Minha mãe não é cristã, somente eu e Alice. É um dando força e apoio ao outro, sempre foi assim. Enquanto eu viver, protegerei minha irmã com unhas e dentes, se preciso for.

Mas não era somente isso que me preocupava. Eu também sabia do interesse de Marcos por ela, apenas pelo olhar direcionado a Esther. E, preciso confessar, não confio nele. Eu não tinha um sentimento possessivo quanto a ela, pois se era para ela permanecer ao lado de outra pessoa que não fosse eu, sendo assim da vontade de Deus, amém, eu aceitaria. Mesmo que doesse. Porque quem ama só quer ver o bem da outra pessoa, mesmo que não seja com esta.