— E isso foi tudo o que aconteceu. — finalizei meu relato para Rebeca, que me ouvia atenta, sobre minha recente conversa com Victor — Graças a Cristo, sinto que tudo finalmente se resolveu. — sentia um grande peso sendo retirado das costas, me levando a questionar como tinha sido tão imprudente carregar todo aquele fardo sozinha, por tanto tempo. Me recordei das palavras de Jesus, quando disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
— Deus é fiel! — expressou minha amiga, com um um sorriso tênue nos labios — finalmente, tudo está se ajustando agora. — ela se jogou na minha cama e fechou os olhos.
— Quase tudo... — falei vagamente.
— E o que falta? — ela abriu os olhos, me encarando com uma expressão de dúvida.
— Eu tenho me preocupado com o orfanato. Além dos ajustes necessários, descobrimos uma pendência nos pagamentos de contas, Beca. O local tem uma alta dívida que precisa ser paga com urgência. — deixei minha mente vagar até o lugar em que os órfãos estavam. Sem os pais e sem qualquer parente que desse um apoio financeiro e emocional. Eles se sentiam sozinhos, e ainda estavam morando numa casa desapropriada para abrigar tanta gente. Era um estado péssimo! Algo precisava ser feito, o mais rápido possível.
— Alguém já pensou em alguma providência que possa ser requisitada? — Beca questionou, igualmente preocupada.
— Ainda não. — me senti incapacitada para ajudar de qualquer forma. A própria igreja tentou levantar recursos para auxiliar, mas a quantia não era suficiente para tal propósito.
Meu celular tocou em cima da pequena cômoda que havia no meu quarto. Estiquei o braço a fim de pegar o aparelho e atender a ligação. Observei o visor e verifiquei que era Jonatas que estava ligando.
— Alô?
— Oi, Esther. Já ficou sabendo de reunião de hoje na igreja? — ele perguntou, estranhamente animado, mais do que o normal para ele.
— Não. Será em que horário? — Rebeca me olhava de forma curiosa, querendo saber de quem se tratava.
— Às sete horas. Vou passar aí, certo?
— Tudo bem. Do que se trata a reunião? — franzi as sobrancelhas, mesmo sabendo que ele não veria.
— Você é muito curiosa, Estherzinha — ele riu, e me peguei imaginando seu largo sorriso. Balancei a cabeça, na tentativa de retirar aquele pensamento.
— Se eu não for, quem será? — perguntei retoricamente, com um sorriso no rosto.
— Certamente podem tentar, mas ninguém chegará ao pés da sua imensa curiosidade. — ouvi o som da risada dele, suave.
— Estarei esperando. Rebeca está aqui comigo, tudo bem? — perguntei para o caso dele dar uma carona para ela também.
— Claro, sem problemas. Isadora também está com vocês?
— Está com Alice, devem ter saído.
— Certo. Logo passo aí. — depois de confirmar, eu encerrei a ligação.
— Era Jonatas. Ele falou de uma reunião na igreja às sete horas. — esclareci para Rebeca, que só com um olhar, me pedia explicações.
— Então, vamos esperá-lo na porta, já que está quase no horário e sua mãe não gostará se souber para onde iremos. — minha amiga alertou e eu assenti.
Saímos para aguardar a chegada de Jonatas, e enquanto ele não chegava, conversávamos amenidades e eu brincava com o cabelo encaracolado da Beca. Ficamos assim por pouco tempo, já que não demorou mais que quinze minutos para chegar no carro de cor grafite.
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Esperando o Melhor de Deus pra Mim
SpiritualEsther é uma jovem cristã comprometida com Deus que sempre está envolvida nos trabalhos da igreja onde congrega, procura ajudar as pessoas necessitadas de sua cidade, sendo muito admirada por demonstrar ser uma jovem diferente das outras, que é feli...