Capítulo 12♡

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— E isso foi tudo o que aconteceu. — finalizei meu relato para Rebeca, que me ouvia atenta, sobre minha recente conversa com Victor — Graças a Cristo, sinto que tudo finalmente se resolveu. — sentia um grande peso sendo retirado das costas, me levando a questionar como tinha sido tão imprudente carregar todo aquele fardo sozinha, por tanto tempo. Me recordei das palavras de Jesus, quando disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

— Deus é fiel! — expressou minha amiga, com um um sorriso tênue nos labios — finalmente, tudo está se ajustando agora. — ela se jogou na minha cama e fechou os olhos.

— Quase tudo... — falei vagamente.

— E o que falta? — ela abriu os olhos, me encarando com uma expressão de dúvida.

— Eu tenho me preocupado com o orfanato. Além dos ajustes necessários, descobrimos uma pendência nos pagamentos de contas, Beca. O local tem uma alta dívida que precisa ser paga com urgência. — deixei minha mente vagar até o lugar em que os órfãos estavam. Sem os pais e sem qualquer parente que desse um apoio financeiro e emocional. Eles se sentiam sozinhos, e ainda estavam morando numa casa desapropriada para abrigar tanta gente. Era um estado péssimo! Algo precisava ser feito, o mais rápido possível.

— Alguém já pensou em alguma providência que possa ser requisitada? — Beca questionou, igualmente preocupada.

— Ainda não. — me senti incapacitada para ajudar de qualquer forma. A própria igreja tentou levantar recursos para auxiliar, mas a quantia não era suficiente para tal propósito.

Meu celular tocou em cima da pequena cômoda que havia no meu quarto. Estiquei o braço a fim de pegar o aparelho e atender a ligação. Observei o visor e verifiquei que era Jonatas que estava ligando.

— Alô?

— Oi, Esther. Já ficou sabendo de reunião de hoje na igreja? — ele perguntou, estranhamente animado, mais do que o normal para ele.

— Não. Será em que horário? — Rebeca me olhava de forma curiosa, querendo saber de quem se tratava.

— Às sete horas. Vou passar aí, certo?

— Tudo bem. Do que se trata a reunião? — franzi as sobrancelhas, mesmo sabendo que ele não veria.

— Você é muito curiosa, Estherzinha — ele riu, e me peguei imaginando seu largo sorriso. Balancei a cabeça, na tentativa de retirar aquele pensamento.

— Se eu não for, quem será? — perguntei retoricamente, com um sorriso no rosto.

— Certamente podem tentar, mas ninguém chegará ao pés da sua imensa curiosidade. — ouvi o som da risada dele, suave.

— Estarei esperando. Rebeca está aqui comigo, tudo bem? — perguntei para o caso dele dar uma carona para ela também.

— Claro, sem problemas. Isadora também está com vocês?

— Está com Alice, devem ter saído.

— Certo. Logo passo aí. — depois de confirmar, eu encerrei a ligação.

— Era Jonatas. Ele falou de uma reunião na igreja às sete horas. — esclareci para Rebeca, que só com um olhar, me pedia explicações.

— Então, vamos esperá-lo na porta, já que está quase no horário e sua mãe não gostará se souber para onde iremos. — minha amiga alertou e eu assenti.

Saímos para aguardar a chegada de Jonatas, e enquanto ele não chegava, conversávamos amenidades e eu brincava com o cabelo encaracolado da Beca. Ficamos assim por pouco tempo, já que não demorou mais que quinze minutos para chegar no carro de cor grafite.

Esperando o Melhor de Deus pra MimOnde histórias criam vida. Descubra agora