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 Jughead on

Eu sabia que isso ia acontecer, ela ia descobrir e... e ia beber, ela sempre bebe, ela sabe que não pode, que faz mal pra ela, eu sempre à digo isso, o jeito como ela estava, o jeito como quem bebia para esquecer, aquele olhar mostrava a exaustão mental, o esforço falho em que ela se encontrava, mas se ela precisa de tempo, eu posso dar tempo a ela.

No começo, eu não queria nem saber, queria ser o primeiro do time a foder ela, mas aí eu à conheci de verdade, sem lentes nem muros, então comecei a me importar, com ela e como ela estava, comecei a ter ciúme, e comecei a admirar o jeito dela, parece um filme ruim onde ela me muda, mas ela veio aqui, e eu deveria ajudar ela a ser uma pessoa melhor, não o contrário, eu sempre tive tudo, tudo que alguém da minha idade podia querer, eu era bom aluno, era bom em esportes, tinha muitos amigos, um cabelo legal e olhos azuis-acinzentados, até que a minha mãe e minha irmã morreram, eu fui diagnosticado com aquela coisa de culpa de sobrevivente, mas não fazia sentido porque eu não estava no carro, mas minha alma estava, e eu a perdi quando perdi elas, comecei a beber, e eu tinha uns 15 anos, eu não ia mais para a escola e quando ia fugia ou dormia nas aulas, me distanciei de muita gente, e fui expulso do time pelas minhas notas, e quase repeti de ano.

uma vez eu peguei o carro do meu pai emprestado e sai igual um louco dirigindo eu nem tinha idade suficiente, eu desisti e quase me joguei da ponte com o carro, mas aí eu vi uma mãe com uma menininha loira, igual à minha mãe com minha irmã, e só aí que eu percebi que eu precisava mudar, não ia tão bem porque o ensino médio é difícil, mas voltei a ser amigo do arch, voltei a estudar e jogar futebol, mas ainda existia um vazio dento de mim e quando ela chegou, simplesmente mudou minha vida, no começo não queria aceita-la achando que ela substituiria a J.B ou minha mãe mas aí a conheci e me apaixonei intensamente, neguei e então assumi amar ela.

Agora, eu consigo ver ela desistindo de mim, e eu estou deixando ela ir, se desfazer aos poucos, ela vai para a faculdade, mas não antes de falar comigo.

Olho no relógio do criado mudo do Arch e me levanto do sofá onde dormi, coloco uma calça de moletom que ela adora, porque pende em meus quadris, olho através da cortina e vejo uma sombra dela, sentada na cama, olho para Arch, ainda dormindo e desço as escadas sem fazer barulho algum, coloco o celular no bolso, e saio pela porta da frente.

Bato na porta e espero um comando para que eu possa entrar, ela assente em voz baixa e eu entro rapidamente antes que ela mude de ideia

- será que nós podemos conversar? – pergunto ao sentar na beira da cama

- depende, você vai ser rápido

- vou ser objetivo – respiro e hesito antes de continuar – eu te amo mais do que a mim mesmo eu nunca te trairia, a Cheryl mentiu, e eu sei que uma parte de você sabia

- jughead.... tudo isso foi uma mentira, você não me amava no começo

- isso foi antes – digo com desespero nos olhos

- não importa, nós vamos ter que seguir em frente, e não pense que eu não te amo porque eu te amo muito mas eu não posso continuar

- eu te amo e você me ama, são motivos o suficiente, nós somos fortes juntos, betty, eu não consigo....

- jughead, vai ser melhor assim, você sabe que nós vamos para estados diferentes, não vai dar – ela diz chorando – dez anos é tempo demais, eu nunca vou esquecer você, nos podemos tentar algo, eu nunca vou deixar de te amar, porque eu nem sei se consigo, eu vou sentir sua falta mais que tudo, e um de nos ia ter que fazer isso, eu odeio ser essa pessoa mas.... não consigo nem olhar para você, eu vou ter que ir viver a minha própria vida, e você a sua

- e porque elas não podem ser juntas? – seguro sua mão mas ela recua

- por favor para de resistir

- você não pode me afastar de você desse jeito, não pode ir embora e levar consigo tudo, não pode..... – meus olhos marejam

- sim, eu posso, eu tenho um voo daqui algumas horas – ela diz limpando as lágrimas que escorreram por seu rosto – eu te amo para sempre, Jughead Jones, nunca se esqueça que você tem uma parte do meu coração – ela diz com um sorriso triste – eu não queria ter que fazer isso – ela diz em voz baixa

- então não faz

- não me coloque nessa posição, jug

- então isso é um adeus? – pergunto com dor no peito

- não, é um até logo

- Elizabeth, eu te amo – digo em sussurros

- Jughead Jones, eu te amo 




                                                                                                    ><

oi meus amores, segundo capitulo aqui, espero que vocês estejam gostando, eu tô adorando escrever essa segunda parte, a partir do próximo capítulo (provavelmente vai sair na terça) vocês vão ter uma intro da vida de adulto deles, se prepara que vai tá bom isso, beijos, votem e comentem se gostaram 

FALLING APART [concluída] - livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora