Dul não disse nada, deixou ele resolver.
Ucker: Bom, quando eu morava aqui, estava no ensino médio e tinha uma vida "perfeita". Era popular, tinha todas as meninas aos meus pés, era muito galinha, fumei, bebi... Enfim, fiz todas essas coisas. E comecei a praticar bullying com uma menina da minha sala. Eu odiava ela, não sabia nem porque direito, só sei que ela me irritava. E eu xingava ela, sabe, fazia varias coisas com ela. Aí um dia ela cansou e veio tirar satisfações comigo, e eu fui falar grosso com ela, gritar, e ela me deu um tapa, e eu revidei com um soco na cara dela e outro no estomago. Não sei o que me deu naquela hora, mas se não fosse meus amigos eu teria matado ela, eu só queria bater nela. Eu tava cego de raiva, nem vi o que aconteceu com ela, depois que me contaram que ela desmaiou e a levaram pro hospital, ela teve um quadro grave mas melhorou. Na época eu não tava nem ai, achava que tinha sido bem feito pra ela. Mas hoje me arrependo muito. - Suspirou. Estava chorando muito, tanto que às vezes mal conseguia falar. Dulce estava estática, assustada. Não dava pra acreditar que esse Ucker romântico um dia foi um monstro assim - depois disso eu fui expulso do colégio, obvio, e minha mãe me mandou pro interior, pra casa do meu pai pra ver se eu tomava jeito. Fui pra lá, levei uma bronca do meu pai lógico, e ele e minha mãe disseram muitas coisas que eu nunca mais esqueci, e que naquele momento eu comecei a me tocar do jeito que eu tava vivendo. La comecei a parar de fumar, de beber, e comecei a ter mais respeito com as pessoas. Entrei em grupos que ajudam as pessoas carentes, grupos contra bullying, etc. Aí, um ano depois já estava bem melhor, e conheci a Marina, que me ajudou muito também, ela foi um anjo na minha vida - sorriu entre lagrimas - ela nunca me viu como esse monstro que eu era, sempre me viu como uma pessoa boa, me ajudou a parar de vez com toda essa maldade, tirar essa maldade de dentro de mim, como ela dizia. Aos poucos fui me apaixonando por ela... Fiz uma declaração linda pra ela, a pedi em namoro, pedi permissão aos pais dela, o que eu nunca tinha feito com nenhuma menina. E estávamos muito bem, felizes, nos amávamos muito. Até que um ano depois, ela engravidou. Na hora foi um choque, mas aos poucos fomos nos acostumando e estávamos muito felizes, animados. Ficávamos olhando coisinhas de bebe na internet, mesmo antes de sabermos o sexo. Quando descobrimos foi alegria total também, mas os pais dela desde o inicio não aceitaram a gravidez, e a expulsaram de casa. Sorte que meu pai aceitou, ate bem demais, achei que a reação dele seria diferente - riu - aí ela foi morar na casa do meu pai comigo. Ela estava super mal, não acreditava que os pais dela tinham feito isso. Ela ficou dias e dias chorando, mal conseguindo se alimentar, mas aí eu lembrava ela da nossa filha e ela sorria e ficávamos escolhendo nomes, etc. Não tínhamos escolhido ainda, resolvemos que íamos escolher quando ela nascesse. Aos poucos ela foi se ocupando com o quartinho da nossa princesa e esquecendo isso. Chegando aos 7 meses de gestação ela começou a ter problemas. Ela estava com anemia que se juntou com o emocional pelos pais terem a expulsado de casa, e ela passava muito mal. Até que faltando um mês pra Vivi nascer, a medica resolveu interná-la, antes que fosse pior e ela e a criança morressem. - Suspirou - No dia do nascimento da nossa bebe, ela foi forte, sempre quis que fosse parto normal, e conseguiu. Mas depois do parto ela teve uma hemorragia, eu fiquei desesperado, eles me tiraram da sala, depois de um tempo conseguiram conter e me chamaram porque ela queria falar comigo. - Chorou mais - Ela... Ela disse...
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Uma Surpresa do Destino! - Vondy
Romance"Quando a gente menos espera, o destino nos surpreende colocando aquela pessoa especial em nosso caminho. Talvez sempre esperamos por tal coisa, mas as vezes, mesmo sem esperar, simplesmente acontece, como uma simples surpresa do destino, e depois d...