q u i n z e

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Pov Daniel

Eu e meu vizinho irritante estamos nos agarrando dentro do elevador.

Elídio estava me provocando e eu não aguentava mais aquelas provocações. Quando ele passou seus lábios pelos meus, bem lentamente, fingindo que iria me beijar, foi praticamente uma tortura, uma deliciosa tortura.

E após todas aquelas provocações, me deu um selinho. Quando se afastou, nos encaramos por alguns segundos... E num momento de pura insanidade, sem raciocinar direito, apenas me deixei levar, não pensando em mais nada. Apenas fiz o que queria fazer: grudei nossas bocas, beijando-o. E ele retribuiu na mesma hora, com a mesma intensidade, compartilhando do mesmo desejo. Segurei firme sua cintura, deixando nossos corpos colados.

Nós estamos na mesma sintonia. Na mesma loucura. No mesmo desejo um pelo outro.

Não sabia quanto tempo tinha passado, há quanto tempo estávamos nessa pegação descontrolada e insana. Nesses beijos quentes e molhados, parando vez ou outra apenas parar tomar fôlego. A única coisa que sabia é que eu queria mais. Muito mais.

Devagar, soltei sua cintura, descendo minhas mãos para sua bunda, apertando-a forte, fazendo Elídio parar o beijo e gemer baixo contra minha boca. Ouvir esse som aumentou meu tesão e me fez sorrir.

Com minhas mãos na sua bunda, passei minha boca pelo seu pescoço, deixando alguns beijos e mordidas pelo local, ouvindo Elídio suspirar baixo, perto do meu ouvido. Não aguentando mais, voltei a sua boca. Sentia meu corpo inteiro em chamas; nossas línguas estavam em uma perfeita sincronia.

Continuávamos juntos a agarrados, até que senti uma movimentação, indicando que o elevador voltou a funcionar. Elídio se afastou rapidamente e foi para o lado, encostando na parede. O elevador só não estava em silêncio porque nós tentávamos nos acalmar. Disfarçadamente olhei para ele, percebendo seu pescoço com algumas marcas e sua boca completamente vermelha.

Elídio notou que eu o encarava, então virou-se para o espelho e quando viu seu reflexo, pareceu ter levado um pequeno susto. Ele passou seus dedos pelo pescoço e olhou na minha direção. Apenas sorri sem graça e ele retribuiu.

Em poucos segundos, chegamos no nosso andar. As portas abriram. Nós nos entreolhamos e eu saí primeiro. Estava andando em direção ao meu apartamento, porém antes de chegar nele, olhei para trás, encontrando Elídio me olhando.

Nosso olhar se conectou de um jeito que senti um arrepio atravessar o meu corpo. Por um segundo, desviei meus olhos para sua boca. Eu quero mais. Eu preciso de mais. Devagar, andei em direção a ele e Elídio fez o mesmo, andando na minha direção. Novamente, estávamos muito perto um do outro.

Nós nos olhávamos e nesse momento, acredito que pensávamos na mesma coisa: se você quiser, eu quero.

Sem pensar mais, novamente me deixando levar pelo agora, num momento de desejo e insanidade, agarrei Elídio, beijando-o, este que correspondeu no mesmo instante, me prensando contra a parede do corredor.

Com nossos corpos praticamente colados, sentia Elídio mexendo sua cintura lentamente, se esfregando em mim. Desci minhas mãos para sua bunda, apertando-a. Ele interrompeu o beijo, puxando com força meu lábio inferior. Vi Elídio sorrir malicioso quando percebeu o efeito que estava me causando.

Ainda me prensando na parede, ele levou sua boca direto para meu pescoço, deixando beijos por ali. Isso fez meu corpo se arrepiar completamente. Deixei um gemido baixo escapar quando senti Elídio deixar um chupão entre os beijos que dava. Sua barba grande passeava pela minha pele, me excitando ainda mais; E na parte de baixo, voltou a mexer seus quadris, me deixando a beira da loucura, aumentando consideravelmente meu tesão.

Não aguentando mais, deixei um forte tapa na sua bunda, fazendo ele gemer baixo e abafado perto do meu ouvido. Elídio deixou um último beijo no meu pescoço e voltou a dar atenção a minha boca. Enquanto nos perdíamos nos lábios um do outro, sentia sua mão descendo pelo meu corpo e parando na minha calça. Ele apertou levemente minha ereção, me fazendo gemer entre o beijo e com nossas bocas praticamente grudadas.

Elídio colocou a mão no zíper da minha calça, porém num breve momento de lucidez, impedi de abaixá-lo. Olhei para ele, que claramente estava confuso e com a respiração exaltada.

─ Você não quer?! – perguntou, visivelmente indignado.

─ Eu quero. – falei firme. – Mas não no corredor.

Ficamos alguns segundos nos encarando como se disséssemos "na minha casa ou na sua?" Estava prestes a responder que podíamos ir na minha, porém Elídio me roubou um beijo intenso.

Ele nos separou bruscamente, e quase sem fôlego e sem falar nada, o mesmo me puxou em direção ao seu apartamento.

Assim que abriu a porta e entramos, agarrei-o, voltando a beijá-lo com vontade. Só ouvi o barulho da porta sendo batida com força. Sem desgrudar nossas bocas, Elídio nos levou até seu quarto. Quando percebi que estávamos no cômodo, finalizei o beijo com um selinho e o empurrei na cama, fazendo o mesmo cair deitado com as costas no colchão.

Rapidamente tirei minha jaqueta e sapatos, deixando-os em qualquer canto e deitei por cima dele, dessa vez dando atenção ao seu pescoço, deixando beijos intensos por ali enquanto esfregava meu corpo no dele, fazendo nossas ereções se tocarem por cima de nossas roupas. Elídio gemia baixo próximo do meu ouvido e cruzou suas pernas na minha cintura, me prendendo. Ele puxou meu cabelo com certa força, fazendo nossos olhos se encontrarem e colou sua boca na minha.

Vizinho IrritanteOnde histórias criam vida. Descubra agora